MRA adapta-se à crise e baixa preços dos serviços

A Miguel Reis & Associados – Sociedade de Advogados (MRA) começou ontem a implementar um plano para enfrentar a crise financeira global, começando por reduzir os valores da sua tabela de honorários em 20%.

Nas situações de crise, as pessoas e as empresas têm a tentação de reduzir as despesas de consultoria, correndo o risco de tomar decisões desastrosas. Tomando em consideração essa tendência e tendo uma perspectiva muito precisa das dificuldades, a MRA tomou a iniciativa de ser ela própria a reduzir as despesas dos seus clientes, baixando as suas tarifas horárias.
É uma resposta directa ao mercado em que nos inserimos e em que as condições de concorrência vão ser especialmente difíceis. Não basta ter um bom nome e uma boa qualidade nas prestações; é preciso também ter preços. E é importante ter a noção de que o tempo das vacas gordas acabou.

A MRA considera que, embora a crise aconselhe uma redução dos preços dos serviços e exija uma melhoria da competitividade e da eficácia, isso não bastará para garantir a sobrevivência. É indispensável proceder a alterações muito rápidas nas equipas e formar os profissionais forenses para responder com prontidão e rigor aos novos problemas que a realidade suscita.

A sociedade de advogados vai reduzir a sua disponibilidade na área do direito civil, especialmente do contencioso geral e do contencioso de família e abrir novas áreas de consultoria, nomeadamente na assistência à renegociação de créditos com instituições financeiras, na recuperação de créditos e no direito falimentar.

Uma área nova a que a sociedade dará uma especial atenção é a da responsabilidade civil emergente da prestação ou difusão de informações, da auditoria e do rating, em associação com sociedades de advogados de diversos países, também empenhadas em assistir os seus clientes na responsabilização de quem os induziu a fazer negócios de bolsa ruinosos.

O plano vai desenvolver-se de forma muito rápida mas faseada e prevê uma reestruturação da equipa da MRA e a formação dos advogados para dar uma resposta mais eficaz aos novos problemas suscitados pela crise.

A primeira medida, que Miguel Reis considerou uma «provocação para que todos tenhamos uma noção mais rigorosa da realidade» consistiu numa redução de 20% introduzida na tabela horária de honorários e numa maior exigência aos clientes no sentido do pagamento pontual dos serviços prestados. Respondemos às dificuldades que têm sido manifestadas pelos nossos clientes, oferecendo-lhes uma redução substancial do valor horário dos serviços, mas exigindo-lhes que sejam mais rigorosos no cumprimento dos prazos de pagamento. Pequenas contas e contas menores afectam menos as tesourarias. Se todos fizermos um esforço no sentido de uma melhor gestão dos serviços jurídicos, ganham as empresas e ganham os advogados.

Para além dessa redução nos valores da tabela horária de honorários ( que fez baixar o valor médio de 152,00 € para 123,00 €) a MRA adoptou várias medidas visando uma melhoria da produtividade e uma redução de custos por via de poupanças de consumíveis e de comunicações.

Os advogados da MRA trabalham, desde Setembro de 2003, em ambiente Web, o que lhes permite aceder ao escritório e responder às solicitações dos clientes a partir de qualquer lugar. Mas essa vantagem não é, por si só, suficiente para enfrentar uma crise com a dimensão da que enfrentamos.

Com a redução dos valores horários das nossas prestações queremos dizer aos nossos clientes que estamos solidários com eles neste momento difícil. Mas, ao mesmo tempo, queremos dizer a nós próprios que, se quisermos ganhar o mesmo temos que trabalhar mais e, sobretudo, que ser mais criativos e mais eficazes. Com isso ganharemos todos e todos sofreremos menos.

A crise, que agora parece querer tomar a velocidade de cruzeiro, exige-nos, a todos, mudanças profundas na própria organização da prestação de serviços e no relacionamento com os clientes. Ela não se compadece, na maioria das situações para que os particulares e as empresas vão apelar, com a morosidade dos procedimentos judiciais, exigindo intervenções imediatas e a adopção de meios alternativos a contencioso tradicional. Por isso mesmo, a crise vai exigir uma simultânea educação do advogado e do cliente para as novas realidades.

Não significa que o contencioso acabe. Ele será o campo natural de discussão, pelo menos, das questões relacionadas com a responsabilização dos fautores da crise.

Mais informações em info@lawrei.com

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