MNE omite e oculta grandes comunidades no estrangeiro

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal oculta, no seu sítio oficial, a existência de grandes comunidades de portugueses e de luso-descendentes, especialmente no Brasil e nos demais paises de expressão portuguesa, no Canadá, na Austrália e na África do Sul.
Diz-se no referido sítio:
«Portugal tem hoje uma grande parte dos seus nacionais ou descendentes espalhada pelo mundo. Apesar da dificuldade em obter totais precisos, o número mais citado aponta para cerca de 5 milhões de portugueses ou luso-descendentes que vivem fora das nossas fronteiras geográficas, seja em França, na Bélgica, na Holanda, no Luxemburgo, nos Estados Unidos da América, em Macau ou na Alemanha.»
O artigo prossegue nos seguintes termos:
«Uma política de afirmação de Portugal no Mundo, em ligação com as suas Comunidades, passa pela aposta na divulgação da língua e dos valores históricos, pelo reforço da participação cívica e política dos portugueses da Diáspora, pelo acompanhamento da sua integração social, pela valorização dos casos de sucesso nos mais variados domínios e pela melhoria dos instrumentos de ligação política e administrativa com as nossas Comunidades.»
Simplesmente piroso e patético, para além de cínico.
Enquanto os governos do Japão ou da Itália procuram valorizar as suas comunidades – que são de menor dimensão que a portuguesa, por exemplo no Brasil – Portugal mantém uma política para-colonial, agora agravada com essa falsidade de que deixamos de ser um país de emigrantes para ser um país de imigrantes.
Mas até nisso são infelizes e – especialmente – pindéricos, pugnando contra a efectiva integração dos imigrantes, apenas para sustentar um ror de gente que vive por conta, invocando um trabalho e uma «necessidade» social que só existe na imaginação de uns e no oportunismo de outros.
Tudo questões de «necessidades»… E não será por acaso que o palácio tem esse nome.
MR
PS – Fica registado o link, para que tenham a decência de o mudar.

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