As repartições dos registos e do notariado são, por natureza, aquelas em que poderia ter mais brilho e maior sucesso uma acção de modernização consentânea com o nosso tempo.
Lastimavelmente são, em Portugal, um excelente exemplo de retrocesso…
Na generalidade, os impressos da DGRN – alguns muito recentes, como é o caso dos do registo civil na área da nacionalidade têm que ser preenchidos à mão.
Não pode ser usado computador para incluir os dados indispensáveis aos registos, o que, desde logo, impede o uso de qualquer programa de OCR. Mas, mais grave do que isso, não podem enviar-se esses documentos em formato electrónico, com todas as consequências que daí emergem e com todos os prejuizos que isso causa ao Estado. Afinal tudo vai ter que ser copiado, quando é certo que se poderiam usar os dados enviados em formato digital.
Não é preciso ser muito esperto para perceber isto. Basta, apenas, não ser ignorante.
Porque não acreditamos que estamos perante uma acto de má vontade, somos levados a concluir que estamos perante um gravíssimo problema de competências…
Não imaginávamos que no ano 2007 nos obrigariam a voltar a escrever à mão…