Portugal parece estar à beira do estado de emergência.
O que, em condições normais, se haveria de considerar como um «normal exercicio das liberdades democráticas» e do funcionamento do mercado, ameaça transformar-se num alibi para a declaração do estado de emergência ou a suspensão de algumas liberdades públicas, com recurso à violência, para que já há apelos veementes.
O PSD foi muito claro, hoje, na Assembleia da República… É chanfalhar neles, nos desgraçados dos pequenos industriais dos transportes, que se sentem ameaçados pelos grandes, que lhes querem comer os camiões.
Citamos a Wikipédia, sobre a temática «fascismo»:
«A concepção fascista é definida como “anti-individualista”, colocando o Estado antes do indivíduo (Antiindividualistica, la concezione fascista è per lo Stato); o liberalismo negou o Estado no interesse dos indivíduos particulares, o fascismo reafirma o Estado como a verdadeira realidade do indivíduo (Il liberalismo negava lo Stato nell’interesse dell’individuo particolare; il fascismo riafferma lo Stato come la realtà vera dell’individuo). Para o fascismo, tudo está no Estado – a sua concepção é totalitária (“per il fascista, tutto è nello Stato, e nulla di umano o spirituale esiste, e tanto meno ha valore, fuori dello Stato. In tal senso il fascismo è totalitario, e lo Stato fascista, sintesi e unità di ogni valore, interpreta, sviluppa e potenzia tutta la vita del popolo“). Para o fascismo, fora do Estado não há valores humanos ou espirituais. »
Se o Estado intervém agredindo os pequenos industriais que se manifestam, estamos ou não perante uma acção que coincide com uma lógica fascista?
Tem ou não uma lógica fascista a defesa ontem feita, por diversos senadores da «democracia», incentivando ao uso da polícia para a defesa dos interesses que eles compartilham?