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Herdeira do Banif que ficou com os ativos tóxicos lucrou 34,5 milhões de euros em 2019

Terça-feira, Junho 30th, 2020

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Expresso

A Oitante, veículo que ficou com os ativos tóxicos do Banif aumentou os resultados líquidos em 3,9% face a 2018. Por cada euro de receita abateu 80 cêntimos à dívida

O veiculo criado em 2015, para ficar com os imóveis e créditos problemáticos do Banif obteve em 2019 resultados líquidos positivos de 34,5 milhões de euros, um aumento de 3,9% face ao ano anterior, refere em comunicado.

Em 2019, como já tinha noticiado o Expresso a Oitante conseguiu “fazer o maior reembolso de dívida desde a sua criação, no montante de 185,5 milhões de euros”, reduzindo “em 48,2% a sua dívida relativamente ao ano de 2018”, amortizando 73,3% da sua dívida inicial que ascendia a 746 milhões de euros.

O total do empréstimo obrigacionista realizado em 2015, recorde-se, serviu para financiar os ativos tóxicos que o Santander Portugal não quis quando comprou o negócio bancário do Banif por 150 milhões de euros. Uma dívida que está por conta do Fundo de Resolução, acionista único da Oitante e conta com uma contragarantia do Estado.

Em comunicado o veículo presidido por Miguel Artiaga Barbosa adianta que “com base nos resultados alcançados o capital próprio aumentou 44,1% relativamente ao ano anterior, tendo alcançado o montante total de €113,4 milhões”.

POR CADA EURO DE RECEITA ABATEU 80 CÊNTIMOS À DIVIDA

Para esta “melhoria de eficiência “, a Oitante destaca o crescimento da proporção das receitas afetas à dívida ao longo dos últimos anos. E faz um balanço. Em 2016 pagava 47 cêntimos de divida por cada euros de receita gerada. “Em 2019 atingiu a meta de 80 cêntimos de dívida paga por cada euro de receita gerada”. refere no comunicado.

Em 2019 a Oitante registou também uma redução de 21 trabalhadores face a 2018, totalizando no final do ano 54 trabalhadores. No comunidado esta segunda-feira enviado ás redações, a Oitante sublinha que “o processo de alienação de ativos imobiliários atingiu o valor mais alto desde a criação da sociedade, alcançando o montante de 199 milhões de euros, dos quais 71 milhões de euros de ativos diretamente detidos, 14 milhões de ativos da Banif Imobiliária e 114 milhões de euros dos fundos imobiliários”.

No que diz respeito à carteira de crédito verificou-se uma diminuição face “à exposição bruta total em 51,8 milhões de euros e foram efetuadas reduções de capital dos fundos de restruturação no montante de 7,7 milhões de euros.

Oitante aumenta lucros. Já reembolsou metade da dívida

Quarta-feira, Julho 17th, 2019

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Eco

Oitante aumenta lucros. Já reembolsou metade da dívida

Sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif já reembolsou 48,4% do montante inicial de dívida. Até ao final do mês, dívida paga chegará a 57,7%.

A Oitante, sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif, lucrou 33,2 milhões de euros em 2018, um aumento de 10% face aos 30,1 milhões de 2017.

De acordo com um comunicado da empresa, ao qual a Lusa teve acesso, a Oitante adianta ainda que reembolsou 181 milhões de euros da sua dívida, que desceu 32% face a 2017.

“O valor de redução da dívida em 2018 iguala a redução atingida nos exercícios conjuntos de 2016 e 2017. A Oitante reembolsou assim, desde a sua constituição em dezembro de 2015, até ao final de 2018, 361 milhões de euros, isto é, 48,4% do montante inicial de dívida“, indica o comunicado da sociedade.

Segundo a Oitante, no final deste mês “o volume total da dívida já reembolsada desde a sua constituição chegará aos 57,7%”.

Os capitais próprios da empresa também aumentaram, tendo subido 88% para 78,7 milhões de euros face a 2017, enquanto os impostos pagos foram de 2,8 milhões de euros, indica o comunicado.

Em termos de reduções de carteiras, a de imóveis, detida diretamente pela sociedade, reduziu-se em 12%, e a carteira de crédito em 11% em termos nominais, segundo a Oitante.

Para isto terá contribuído “o processo transformacional da plataforma da Oitante que foi vendida à Altamira”, que gerou “melhorias significativas nos resultados na área da recuperação de créditos e uma transformação profunda na área da gestão de ativos imobiliários”.

O número de trabalhadores da empresa diminuiu 20% para os atuais 75 através de rescisões por mútuo acordo, o que contribuiu para uma redução de gastos com pessoal em 55%, de acordo com a sociedade.

Empresa que ficou com ativos do Banif paga mais de metade do empréstimo

Sexta-feira, Março 1st, 2019

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Negócios

A Oitante pagou hoje 15 milhões de euros referentes ao empréstimo obrigacionista recebido em 2015, quando foi criada para gerir ativos do ex-Banif, disse em comunicado.

Com este reembolso antecipado, a Oitante pagou já 376 milhões de euros, equivalente a 50,4% dos 746 milhões de euros inicialmente recebidos.

A sociedade-veículo Oitante foi criada pelo Banco de Portugal, em dezembro de 2015, no âmbito da resolução do Banif, gerindo os ativos que pertenciam ao Banif e que o Santander Totta não quis comprar e que podem, eventualmente, ser recuperados (imóveis com imparidade, crédito malparado, participações financeiras em empresas com atividade deficitária ou em processo de venda).

A empresa é liderada por Miguel Barbosa.

Esta empresa é detida pelo Fundo de Resolução bancário, entidade na esfera do Estado financiada pelas contribuições dos bancos e gerida pelo Banco de Portugal.

A emissão obrigacionista de 746 milhões de euros que a Oitante emitiu aquando da sua criação, para se financiar, tem o seu vencimento em dezembro de 2025. Estas obrigações beneficiam de garantia do Fundo de Resolução e da contra garantia do Estado português.

No comunicado hoje divulgado, a Oitante referiu que “o resultado agora alcançado não teria sido possível atingir neste período sem a extraordinária dedicação e profissionalismo de todos os seus trabalhadores” e que em breve apresentará os resultados de 2018, que – disse — “irão refletir a ‘performance’ [desempenho] positiva da sociedade”.

A Oitante teve lucros de 30,1 milhões de euros em 2017, acima dos 11,5 milhões de euros de 2016.

A Oitante tinha 94 funcionários em 2017, último ano com dados conhecidos.

Buraco do Banif agrava-se para 778 milhões de euros

Segunda-feira, Novembro 19th, 2018

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Negócios

O activo do Banif cobre cerca de 8% do passivo. Ambos cresceram entre 2015 e 2016.

Activo do Banif cresce com créditos do Estado 
O activo do Banif cresceu de 51 milhões de euros, em 2015, para 68 milhões, em 2016. Há uma justificação: o reconhecimento dos créditos tributários, oriundos por via do regime especial aplicável aos activos por impostos diferidos, em maior dimensão do que contabilizado em 2015.

Venda do BCN rendeu 5 milhões de euros
Dos activos para venda, reconhecidos por 238 milhões de euros, o banco, em liquidação, apenas antecipa receber 5 milhões. Em causa estão bancos no estrangeiro. Do Brasil não espera receber nada. Os 5 milhões dizem respeito ao Banco Caboverdiano de Negócios (que já tinha sido alvo de imparidade de 60 milhões em 2015), em que 50% do capital foi vendido à seguradora do país Ímpar.

Passivo soma com juros a pagar ao novo Banco
O passivo do Banif subiu de 815 milhões, em 2015, para 846 milhões, no ano seguinte. Em causa está a decisão judicial que reconhece a dívida do Banif ao Novo Banco, incluindo juros. Mas o grande passivo diz respeito à dívida de 489 milhões ao Fundo de Resolução, que deverá ser considerado um credor privilegiado.

Activo paga 8% do passivo
Com esta evolução, o buraco cresceu de 763 milhões para 778 milhões de euros. O activo cobre apenas 8% do passivo, uma perspectiva, ainda assim, melhor do que os 6% de 2015.

Herdeira do Banif vende dívida da Rioforte por 8% do seu valor

Sexta-feira, Julho 27th, 2018

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Negócios

A Oitante vendeu papel comercial da Rioforte que recebeu do Banif. A transacção foi a 8% do valor dos créditos. A “complexidade” e a “degradação” da empresa, bem como a ausência de garantias, justificam o nível de perda. O desconto é ligeiramente superior ao antecipado pela Pharol.

A Rioforte deu o maior contributo para a redução da carteira de crédito da Oitante. O veículo herdeiro do Banif vendeu os créditos sobre a antiga sociedade do Grupo Espírito Santo. Alienou-os a 8% do seu valor. Uma recuperação acima do que apontam os números da liquidação da sociedade, mas pouco abaixo da expectativa de recuperação da antiga Portugal Telecom.

“De todas as operações realizadas, a que foi responsável pela maior redução da carteira nominal (valores de contrato e objecto de recuperação) foi a venda dos créditos detidos sobre a Rioforte Investments SA”, revela o relatório e contas relativo a 2017 da Oitante, detida pelo Fundo de Resolução.

A importância recebida “correspondeu a cerca de 8% do valor dos créditos”. O nível de recuperação é justificado, no documento relativo às contas do ano passado, pela “complexidade e degradação da situação da empresa” e pelo “facto de os créditos não beneficiarem de qualquer tipo de garantia”. A Rioforte segue em liquidação no Luxemburgo.

O nível de perda relativamente à exposição à antiga “holding” de topo do Grupo Espírito Santo é, portanto, de 92%,  e é bastante superior à assumida na restante carteira de crédito da Oitante. Aí, a perda foi, em 2017, de cerca de 18% face ao valor nominal, ou seja, assegurando 82% do valor inicial.

De qualquer forma, pese embora ser apenas 8% do valor nominal, tendo em conta que o valor de venda é comparável com o valor a que estava registado no balanço (depois de imparidades), a Oitante ainda registou mais-valias de 181%. Nas contas, está inscrita uma mais-valia de 6,21 milhões de euros “pela cessão do papel comercial que a Oitante detinha da Rioforte”. Segundo cálculos do Negócios, o valor deste papel comercial após imparidades, no balanço da Oitante, seria de cerca de 3,4 milhões, tendo sido vendido a 9,6 milhões. Ou seja, o valor do crédito era em torno de 120 milhões.

O Banif e o GES tinham empréstimos cruzados, que acabaram por penalizar o banco do Funchal aquando da queda do banco liderado por Ricardo Salgado.

A percentagem de recuperação da Oitante é superior à que, neste momento, é passível de ser recuperada, à luz dos relatórios dos responsáveis pela insolvência da Rioforte. Em Abril, os bens depositados pela entidade do GES alcançavam os 138 milhões de euros, face a reclamações de crédito que ascendiam a 4,5 mil milhões. É 3% do total, ainda que este valor não esteja fechado, porque pode haver vendas adicionais de activos da Rioforte (apesar dos arrestos) e porque há reclamações que podem ser retiradas ou anuladas.

Já outra credora, a Pharol, a antiga PT que tinha 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, tem uma expectativa de recuperação de 8,32% do valor investido.

Banif justifica não apresentação de contas de 2015 e 2016 com falta de recursos

Sábado, Agosto 5th, 2017

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Negócios

O Banif foi alvo de medida de resolução a 20 de Dezembro de 2015. Não há balanço de abertura nem resultados de fim de ano. A entidade, esvaziada de activos, espera apresentá-los no “mais breve prazo possível”. Já o dizia há mais de um ano.

O Banif voltou a não divulgar as suas contas no prazo definido por lei. Desta vez, a instituição, que ficou praticamente sem activos quando a operação central do banco foi vendida ao Santander Totta ou transitou para a Oitante, responsabiliza a falta de recursos.

“Relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas referentes ao exercício de 2016”. Todos estes documentos não foram divulgados. O mesmo acontece em relação aos mesmos dados do ano anterior. E nem há balanço às 23:30 de 20 de Dezembro de 2015, para dar conta do impacto da medida de resolução determinada pelo Banco de Portugal.

“Não obstante os esforços desenvolvidos pelo conselho de administração, pela comissão de fiscalização e pelos auditores do Banif, face à complexidade e excepcionalidade da medida aplicada ao Banif (que, destacamos, determina a coexistência de três perímetros distintos), e à consequente necessidade de articulação com duas entidades distintas (a Oitante, S.A e o Banco Santander Totta, S.A), bem como à actual redução dos meios técnicos e humanos do Banif necessários para o efeito, não estão ainda concluídos os trabalhos de validação da conformidade das contas dos exercícios de 2015 e 2016 com os termos da medida de resolução”, indica a entidade no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Na resolução, a maior parte dos activos e passivos do Banif foi vendida ao Santander Totta, numa operação que envolveu ajudas estatais que poderiam ascender a 3 mil milhões de euros, tendo sido transferidas para o veículo de gestão de activos Oitante os activos e passivos não pretendidos pelo banco de capitais espanhóis e ainda a força de trabalho dos serviços centrais. O Banif ficou esvaziado, apenas mantendo o escritório nos Estados Unidos e a operação em Cabo Verde, por exemplo. Mas sem quadro de pessoal. Os accionistas e os credores subordinados do Banif permaneceram nesta entidade.

Sem prazo 

No comunicado, o Banif diz que “não está em condições de antecipar com um grau de segurança fiável a data em que serão divulgados os documentos de prestação de contas relativos aos exercícios de 2015 e 2016, sendo certo que tudo será feito para que tal ocorra no mais breve prazo possível”.

Essa mesma expressão foi utilizada em Abril do ano passado, quando a entidade anunciou que não conseguia reportar as contas de 2015. Nessa altura, contudo, o Banif não referia o problema da falta de meios. Por sua vez, a Oitante apresentou no mês passado as contas de 2015, fechando o ano com um prejuízo de 190 mil euros. 

Com a medida de resolução, o Banif é agora um banco “mau”, cujo destino passará pela retirada de autorização por parte do Banco de Portugal, o que irá desencadear a sua liquidação. Neste momento, o conselho de administração do Banif é liderado por José Bracinha Vieira, vindo do Banco de Portugal e que ocupou o lugar de Miguel Alçada, que ficou concentrado apenas na liquidação do BES “mau”.

Por conhecer está ainda a auditoria obrigatória por lei que determina se – e o que – os credores do Banif poderão receber na liquidação do Banif, já que estes nunca podem ser penalizados mais numa resolução do que seriam numa liquidação. Se a auditoria determinar que os credores têm a receber algum ressarcimento, é o Fundo de Resolução que terá de suportar o valor.

Oitante fechou 2015 com prejuízo de190 mil euros

Domingo, Julho 16th, 2017

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Negócios

A Oitante, para a qual foi transferida a actividade bancária com que o Totta não ficou na resolução do Banif, fechou 2015 com um resultado líquido negativo de 190 mil euros, embora o resultado reflicta apenas 11 dias de actividade.

A demonstração de resultados “reflecte o enquadramento específico da Oitante, não apenas pelo facto de corresponder a apenas 11 dias de actividade, mas também atendendo às particulares características da Oitante no momento seguinte à resolução”, é dito no relatório e contas de 2015 da sociedade-veículo, documento hoje disponibilizado na página da Oitante na internet.

A sociedade-veículo Oitante foi criada pelo Banco de Portugal em Dezembro de 2015, no âmbito da resolução do Banif, tendo sido para aí transferidos os activos que o Santander Totta não comprou.

O resultado negativo de 2015 integra proveitos de um milhão de euros, com prestação de serviços ao Santander, e gastos operacionais de 870 mil euros, maioritariamente com custos com pessoal, e juros e gastos similares suportados em resultado das obrigações emitidas no montante de 528 mil euros.

Os dados em análise referem-se ao período entre 20 a 31 de Dezembro de 2015, e no último dia desse ano a Oitante contava com 449 colaboradores.

Banif ib: um banco que perdeu 86% do activo em cinco anos

Quinta-feira, Novembro 10th, 2016

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Negócios

O banco de investimento do Banif perdeu 86% do activo líquido nos últimos quatro anos. A margem caiu para 10 vezes menos.

 

Integração do Banif no Totta dá novo passo. Mas contas só no final

Quarta-feira, Novembro 2nd, 2016

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Negócios com som do Vieira Monteiro

A integração informática do Banif no Santander Totta ficou concluída. Mas ainda não há saldo da aquisição. Vieira Monteiro diz que o Banif só rende um milhão por mês.

“A integração da actividade adquirida ao ex-Banif prosseguiu de acordo com o plano definido inicialmente, tendo sido concluído, em Outubro, com sucesso, o progresso de migração tecnológica e operacional”, sublinhou o Santander Totta esta quarta-feira, 2 de Novembro, na apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano.

Entre Janeiro e Setembro, o banco de capitais espanhóis apresentou lucros de 293,7 milhões de euros mas António Vieira Monteiro diz que, em termos líquidos, o Banif contou com apenas “1 milhão por mês.”

Contudo, o impacto efectivo da operação nas contas do Totta é distinto, mas não é assinalado e ainda não é o que o Santander pretende.

“Alguns resultados estamos já a tirar desse investimento [compra do Banif na resolução], mas não o que é a nossa estratégia em termos de futuro”.

Contas totais não há. “Só no fim faremos a conta total”, diz Vieira Monteiro. Até porque se ainda há rendimentos a obter também ainda os custos não estão totalmente visados.

 

Novo Banco com prejuízos de 249,4 milhões no primeiro trimestre

Sexta-feira, Maio 27th, 2016

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Negócios

O valor compara com 117,8 milhões de euros de resultado negativo um ano antes, comunicou esta sexta-feira o banco à CMVM.

O Novo Banco encerrou o primeiro trimestre com um prejuízo de 249,4 milhões de euros, um valor que compara com 117,8 milhões de euros de resultado negativo um ano antes, comunicou esta sexta-feira o banco à CMVM.

A provisão para custos de reestruturação e contribuição sobre o sector bancário pesaram negativamente. Já pelo lado positivo, a instituição refere a “não mensualização do custo da contribuição para o Fundo de Resolução Nacional”.

“Sem estes efeitos o resultado do trimestre seria negativo em 140,1 milhões de euros”, refere o banco liderado por Eduardo Stock da Cunha. Recorde-se que o Novo Banco encerrou o ano de 2015 com prejuízos de 980,6 milhões de euros

Já o resultado operacional foi de 78,9 milhões de euros, um aumento de 152,1% face à media trimestral de 2015, segundo o mesmo comunicado. Este montante é 63% “do valor alcançado em todo o exercício de 2015 (125 milhões de euros)”, salientou o banco.

O produto bancário comercial da instituição fixou-se em 210,9 milhões de euros, “com o resultado financeiro a evidenciar um crescimento de 24,9% face à média trimestral de 2015, confirmando o contributo crescente deste agregado para a melhoria das receitas”, explicou o Novo Banco no mesmo documento.

A instituição alcançou resultados de operações financeiras de 27,3 milhões de euros. Por outro lado, os custos operativos, de 155,2 milhões de euros, “evidenciam uma forte diminuição de 17,8% face à média trimestral de 2015, refletindo o esforço de redução de custos empreendido pelo grupo através, nomeadamente, da simplificação e melhoria de processos e da optimização da estrutura operativa e comercial”, referiu o mesmo comunicado.

Transferência de obrigações para o BES afectou grandes depósitos

Enquanto os depósitos de clientes particulares cresceram 44 milhões para o nível mais elevado desde a criação do Novo Banco, em Agosto de 2014 – para 18,1 mil milhões de euros -, os depósitos de grandes clientes recuaram em 2,2 mil milhões, sendo parte explicada pela transferência do BES Vénetie e do NB Ásia para activos em descontinuação e a maior fatia pela “redução de preço que tornou a oferta neste segmento menos competitiva”.

O banco liderado por Stock da Cunha realça ainda o efeito que tiveram neste capítulo “as repercussões da retransmissão de cinco emissões seniores para o perímetro do BES”, decidida pelo Banco de Portugal. A decisão, afirma a instituição, teve “repercussões na captação de recursos de clientes”, na medida em que levou ao downgrade dos ratings de depósitos de longo prazo, o que causou uma redução dos depósitos de alguns grandes clientes institucionais e empresariais”.

No total, os depósitos ficaram em 25,1 mil milhões, menos 2,2 mil milhões de euros, (ou -8,1%) em relação a Dezembro de 2015

O crédito a clientes recuou 2,2 mil milhões de euros, sendo mais de metade deste valor associada, explica, ao efeito BES Vénetie e NB Ásia. Ou seja, diz o banco, não afectando o crédito às PME exportadoras. Já o crédito a particulares aumentou “36% face à média mensal de produção de 2015”. No crédito à habitação, essa produção média mensal foi ainda superior: cresceu 53%.

O Novo Banco fechou o trimestre com provisões de 348,2 milhões de euros, “as quais incluem uma provisão para custos com o processo de reestruturação em curso, no valor de 109,6 milhões de euros”, explicou o banco.
Investimento em dívida pública aumenta em 546 milhões de euros

As aplicações em títulos de dívida pública portuguesa totalizaram até Março os 3,23 mil milhões de euros, contra os 2.685 milhões de euros nas mãos do banco no final do ano passado. Um aumento de 546 milhões de euros, ou 20,3%, que ocorre em contraciclo com a detenção de outra dívida pública pela instituição – capítulo que recuou 15,1%.

Os activos da instituição ascenderam a 56 mil milhões de euros no final do primeiro trimestre, uma queda de 1,6 mil milhões de euros em relação ao final de 2015 “em linha com a prossecução do processo de desalavancagem do balanço”.

O rácio Common Equity Tier 1 (CET1) phased-in fixou-se em 12,4% (10,7% em regime de full implementation), um recuo em relação ao rácio de 13,5% verificado no final de 2015.  “A variação (…) resulta, do lado dos ativos ponderados pelo risco, da continuação do esforço de deleverage e, do lado dos fundos próprios, dos resultados negativos e do efeito da alteração de ano no regime transitório”, justifica o banco.