Citamos
Até ao final de outubro, o Banif está a propor aos investidores comprarem a sua dívida. O risco da banca e do Banif é elevado.
100 milhões de euros
Até final de outubro, o Banif está a vender dívida aos particulares. Com objetivo de encaixar até 100 milhões de euros para fazer face à necessidade de financiamento e melhorar os rácios financeiros o Banif propõe uma obrigação a dois anos que paga juros semestrais. A obrigação terá um valor nominal de 1000 euros, mas é necessário um mínimo de 25 mil para investir. Quer o Banif, quer o subscritor têm a opção de, no final de cada semestre, provocar o reembolso antecipado. Em relação à ação do Banif, temos um conselho de venda (ver ficha detalhada da ação).
Reembolso antecipado e taxas de juro
Como vimos, existe a opção de reembolso antecipado por parte de ambos os lados. Com um aviso prévio de 30 dias (e máximo de 60) à data de pagamento de juros (maio e novembro de cada ano), nenhum custo será cobrado e o reembolso será efetuado ao valor nominal.
A taxa de juro bruta do empréstimo é fixa, mas difere entre os semestres: 5,75%, 6,00%, 6,25% e 6,50% respetivamente desde o primeiro até ao último cupão. Com isto, a taxa anual efetiva líquida (TAEL) irá variar entre os 4,4 e os 4,6%, em função da duração do empréstimo.
Risco elevado: não subscreva
À imagem do setor financeiro, o Banif depara-se com vários problemas e tem apresentado prejuízos. Além disso, não tem conseguido cumprir com as exigências do Banco de Portugal ao nível da solvabilidade: rácio core tier 1 acima de 9% em 2011 e de 10% até final deste ano. Dos principais bancos nacionais, o Banif é o único que não cumpre esses requisitos (ver quadro). Por esse motivo, o grupo terá de apresentar um plano de recapitalização que poderá passar pela entrada do Estado português no capital.
Em relação à classificação do risco de crédito (rating), o Banif tem uma notação de B1 para a Moody’s e de BB para a Fitch. Inferior à da República Portuguesa e à dos seus concorrentes nacionais. Assim,não recomendamos a subscrição desta obrigação, cujo risco é muito elevado. Para o mesmo prazo, preferimos a Obrigação do Tesouro que vence em outubro de 2014, que tem uma TAEL de 3,5 por cento.