Archive for the ‘Partido Socialista’ Category

PS quer que seja criado mecanismo extrajudicial para os lesados do BANIF

Sábado, Janeiro 13th, 2018

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Notícias ao Minuto

O PS entregou hoje no parlamento uma resolução em que recomenda ao Governo que “diligencie” junto da CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários) para que seja criado um mecanismo extrajudicial para os lesados do BANIF.

Este projeto de resolução, ao qual a agência Lusa teve acesso, tem como primeiros subscritores o líder parlamentar do PS, Carlos César, e os vice-presidentes da bancada João Paulo Correia e Lara Martinho (eleita pelos Açores).

No diploma, o PS recomenda ao Governo que “diligencie junto da CMVM para que seja criado um mecanismo extrajudicial que permita aferir sobre a verificação de situações concretas em que possam ter ocorrido práticas ilícitas na emissão ou na comercialização de títulos de dívida emitidos ou comercializados pelo BANIF”.

Atos que, em linhas gerais, segundo os socialistas, “possam consubstanciar práticas vulgarmente designadas como mis-selling”.

Para o Grupo Parlamentar do PS, caso se confirme a ocorrência de tais práticas ilícitas, o Governo, o Banco de Portugal, a CMVM “e estruturas associativas que sejam reconhecidos como representativas dos lesados” devem promover “possíveis soluções que, salvaguardando o erário público, procurem mitigar os prejuízos relativos a casos concretos ocorridos após o banco se ter tornado maioritariamente público”.

Segundo a bancada socialista, ao contrário do que aconteceu com o caso dos “lesados” do Banco Espírito Santos (BES), “em que foi possível encontrar um modelo de solução para minorar as perdas dos investidores não qualificados que adquiriram títulos de papel comercial emitidos pela ESI e pela Rio Forte”, o mesmo não se passou com o BANIF.

No caso do BANIF, aponta o PS, “inexiste um enquadramento análogo que permita encontrar uma solução para o conjunto de lesados”.

“Também no caso do BANIF, está em causa um conjunto de investidores não qualificados, alguns em situação económica muito difícil, podendo eventualmente a comercialização efetuada configurar, em alguns casos, práticas de mis-selling”, é referido no projeto de resolução do PS.

No diploma lê-se ainda que, “ao contrário do que ocorreu no caso dos lesados do papel comercial do BES”, no que respeita ao conjunto de situações do BANIF, “atenta a variedade e heterogeneidade das situações, a CMVM não consegue atestar, com caráter generalizado, quanto a eventuais vícios de comercialização comuns ou transversais a todos os investidores em causa”.

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Banif: PSD/Madeira diz que PS dá “pancadinhas nas costas” depois de chumbar alterações à lei

Sábado, Julho 29th, 2017

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Diário de Notícias

A deputada do PSD/Madeira à Assembleia da República Rubina Berardo acusou hoje o PS de dar “pancadinhas nas costas dos lesados do Banif” depois de os socialistas terem chumbado na especialidade as alterações à lei de recuperação de créditos.

Numa iniciativa política junto à ex-sede do Banif, hoje Santander, no Funchal, a deputada recordou que as propostas de alteração que os parlamentares do PSD da região apresentaram, no sentido no sentido de abranger não só os lesados do BES — Banco Espírito Santo, mas também os do Banif — Banco Internacional do Funchal, “foram todas chumbadas”.

“Carlos Pereira [presidente do PS/Madeira] também recebeu a associação [ALBOA – Associação dos Lesados do Banif], mas depois, na votação, perdeu a oportunidade de estar ao lado de uma solução para os lesados do Banif”, afirmou.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, disse, no Funchal, que os lesados do Banif fizeram confiança num sistema que os aldrabou e reafirmou que há vontade política do Governo em resolver a situação.

A criação dos fundos de recuperação de crédito, veículo essencial para avançar com a indemnização aos mais 2.000 clientes do BES que perderam 400 milhões de euros com a compra de papel comercial, foi aprovada, na especialidade, no parlamento, no dia 14 de julho.

O Santander Totta adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados, em grande parte oriundos da Região Autónoma da Madeira, perderam 263 milhões de euros.

Banif: PS/Madeira diz que é “absolutamente essencial” encontrar solução para lesados

Sábado, Julho 22nd, 2017

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Diário de Notícias

O líder do PS/Madeira, Carlos Pereira, deputado na Assembleia da República, afirmou hoje, no Funchal, que é “absolutamente essencial” encontrar uma solução para os lesados do Banif, que diz terem sido “enganados” pelo banco e também pelo Estado.

“O PS/Madeira considera que é absolutamente essencial que haja uma solução o mais rápido possível para todas aquelas pessoas que foram enganadas pela instituição bancária e também pela forma como o Estado se posicionou sobre esta matéria”, disse Carlos Pereira, vincando que “houve erros graves, irresponsabilidade e falta de competência”.

O dirigente regional falava aos jornalistas após uma reunião com o presidente da Associação de Lesados do Banif (Alboa), Jacinto Silva, a quem garantiu que o partido “está do lado daqueles que foram aldrabados pela banca e de alguma forma pelo Estado”.

“Não podemos abandonar este dossiê”, disse Carlos Pereira, realçando que “todos os partidos, e particularmente ao PSD/Madeira”, devem envolver-se diretamente no assunto.

O encontro entre o líder do PS/Madeira e o presidente da Alboa realizou-se menos de 24 horas depois de o primeiro-ministro ter afirmado, no Funchal, que os lesados do Banif fizeram confiança num sistema que os aldrabou.

António Costa, que se deslocou à região autónoma para participar na apresentação da candidatura da coligação Confiança (PS, JPP, BE, PDR e Nós, Cidadãos) à Câmara Municipal do Funchal, realçou que há “vontade política” do Governo em resolver a situação, mas vincou que nada pode ser feito antes de receber indicações da Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM) e da Assembleia da República, que estão a analisar a situação.

Entretanto, o PSD/Madeira emitiu hoje um comunicado em que afirma que as declarações de António Costa evidenciam que o Governo socialista “não cumpre” as suas promessas.

“O PS perdeu a oportunidade, na semana passada, de aprovar na totalidade as propostas de alteração que os deputados do PSD/Madeira apresentaram para garantir a total aplicação dos investidores não-qualificados do Banif na lei que regula os fundos de recuperação de créditos”, refere o comunicado, assinado pelo secretário-geral do PSD, Rui Abreu.

Propostas de alteração do PSD, CDS e BE à legislação que enquadra a solução para o papel comercial, e que poderiam alargar o âmbito desta a outros lesados, nomeadamente emigrantes, foram chumbadas na votação parlamentar na especialidade a 14 de julho.

O Santander Totta adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados, em grande parte oriundos da Região Autónoma da Madeira, perderam cerca de 260 milhões de euros.

PS/MADEIRA UM “BOCADINHO IRRITADO” COM O GOVERNO NO CASO DOS LESADOS DO BES E BANIF

Sábado, Julho 16th, 2016

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Jornal da Madeira

O líder do PS/Madeira, Carlos Pereira, disse hoje, no Funchal, que está um “bocadinho irritado” pela “forma displicente” como o Governo Regional está a líder com a situação dos lesados do BES e do Banif.
“Quero dizer que me está a deixar muito preocupado, para não dizer um bocadinho irritado, a forma displicente como o Governo Regional tem tratado os madeirenses que dedicaram a sua vida ao trabalho, que perderam dinheiro, seja no BES, seja no BANIF, e que têm sido literalmente ignorados pelo senhor presidente do Governo”, afirmou o dirigente socialista.
Carlos Pereira proferiu estas declarações após uma reunião com um grupo de lesados do Banco Espírito Santo (BES) que, segundo disse, representa cerca de 70 pessoas, a maioria residentes na Madeira ou emigrantes madeirenses.
“Não estamos a pedir para que o senhor presidente do Governo [Miguel Albuquerque, eleito pelo PSD] resolva estes problemas, mas o mínimo que pode fazer é dar atenção a estas pessoas e contribuir também para resolver questões”, disse o líder regional do PS, que é também deputado na Assembleia da República.
Carlos Pereira realçou que o PS/Madeira irá “empenhar-se com todos os seus mecanismos e energia” para “resolver e encontrar uma solução” onde quer que esteja um madeirense em situação de dificuldade ou de injustiça total.

Eurodeputados do PS questionam Bruxelas e BCE sobre venda do Banif ao Santander

Quinta-feira, Maio 26th, 2016

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Económico

Sete eurodeputados do PS questionaram hoje a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu sobre o processo de resolução e venda do Banif ao espanhol Santander.

A carta, assinada por todos os membros da delegação socialista no Parlamento Europeu (PE) exceto Elisa Ferreira, porque decorre o processo de audições para desempenhar funções no Banco de Portugal, questiona a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, nomeadamente sobre o reconhecimento pelo BCE da existência “’de outras ofertas pelo Banif, que de acordo com a Comissão não respeitam as regras de União Europeia das ajudas de Estado, e que por isso não podem seguir em frente’, recomendando ’que nem percam tempo a tentar fazer passar essas propostas’”.

“Confirma a Comissão Europeia ter feito a avaliação que se refere nesse e-mail de que outras ofertas feitas para aquisição do Banif não respeitavam as regras da UE sobre ajudas de Estado?”, questionam os eurodeputados. Os mesmos querem ainda que Bruxelas indique “as razões por que a DG Concorrência terá rejeitado a possibilidade de se recorrer a um ‘banco de transição’ no processo de resolução do Banif”.

Os deputados socialistas ao PE colocam a Bruxelas mais de 30 questões sobre o progresso da situação do Banif, recuando a Novembro de 2012, altura em que o relatório do Citi ‘Project Centauro’ refere que o banco não seria capaz de gerar capital suficiente para reembolsar os fundos públicos até ao final do ano passado.

Já ao BCE, os signatários questionam se a instituição pode esclarecer os motivos que o levaram a considerar que apenas o Banco Santander reunia as condições para ser o único concorrente seleccionável para comprar o Banif, em se confirmando notícias publicadas em Portugal.

Os eurodeputados pretendem ainda ver justificada a suspensão do “estatuto de contraparte do BCE ao Banif” e pedem ainda confirmação se a instituição “tomou essa decisão sob proposta do Banco de Portugal”.

Os eurodeputados querem ainda que o BCE esclareça porque não foi autorizado um banco de transição, como aconteceu no processo de resolução do BES.

Elisa Ferreira e Máximo dos Santos no Banco de Portugal

Quarta-feira, Abril 13th, 2016

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Negócios

Elisa Ferreira está de saída do Parlamento Europeu e a caminho do Banco de Portugal, apurou o Negócios. A eurodeputada ficará com a pasta da supervisão bancária, depois da saída de António Varela. Luís Máximo dos Santos entra para a administração.

Elisa Ferreira está de saída do Parlamento Europeu e a caminho do Banco de Portugal, apurou o Negócios. A eurodeputada vai ficar com a pasta da supervisão, que estava livre desde a saída de António Varela do banco central. Máximo dos Santos também entra para a administração do banco, deixando assim a liderança do BES “mau”.

António Varela saiu do Banco de Portugal a 7 de Março, tendo a pasta da supervisão prudencial sido assumida por Carlos Costa, enquanto não houvesse substituto.

Durante a sua visita ao Parlamento Europeu, o Presidente da República tinha sinalizado que um eurodeputado iria ocupar um lugar no sistema financeiro em Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa, que está em Estrasburgo a visitar o Parlamento Europeu, reuniu-se com os eurodeputados e depois do encontro deixou no ar, informalmente, que poderia haver uma baixa entre os eurodeputados.

“Estava eu a falar de instituições financeiras e acontece, quem sabe, se não haverá aqui perdas – relativas porque há enriquecimento noutras áreas – de quem, em qualquer caso, tem uma posição muito útil para continuar a fazer a ponte com as instituições europeias no domínio financeiro”, disse junto dos eurodeputados, de acordo com o noticiado pela TVI24.

A até agora eurodeputada do PS liderou a equipa do Parlamento Europeu que, em 2014, chegou a entendimento com os Governo da União Europeia sobre o mecanismo único de resolução dos bancos, no quadro da União Bancária.

Elisa Ferreira foi uma das economistas que integrou a equipa que fez para António Costa o cenário macroeconómico, que esteve na base do Programa Eleitoral do PS e era um dos nomes falados para o Governo, caso o PS vencesse as eleições.

Numa entrevista ao Negócios, publicada a 25 de Fevereiro do ano passado, a eurodeputada não confirmou que tivesse sido convidada para integrar o Executivo de António Costa e respondeu: “Temos de ver onde somos mais úteis“.

A lei diz que os membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal são designados pelo Governo, sob proposta do Governo.

Contactada pelo Negócios, Elisa Ferreira não quis fazer qualquer comentário.

Quanto à entrada de Máximo dos Santos no banco central, Banco de Portugal pediu ao Banco Central Europeu para iniciar o processo de revogação da autorização do Banco Espírito Santo, o que irá esvaziar as funções do gestor.

PS quer lista de assessores financeiros com acesso a documentos

Sexta-feira, Fevereiro 26th, 2016

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Notícias ao Minuto

O PS requereu hoje nova documentação em torno do Banif e da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o banco, pedindo, por exemplo, uma lista de consultores e assessores financeiros com acesso aos documentos da entidade entre 2012 e 2015.

Os socialistas pedem nova documentação ao Banif, ao Ministério das Finanças e ao Banco de Portugal, e pretendem também ter acesso ao primeiro plano de reestruturação, datado de novembro de 2012, preparado pelo consultor financeiro do Banif.

Da Comissão Europeia, os deputados do PS reclamam “todas as propostas de reestruturação e respetivas respostas” da direção-geral da Concorrência (DG Com).

“Toda a correspondência entre os vários intervenientes no processo do Banif, nomeadamente, Banco de Portugal, Governo, DG Com, BCE, comissários europeus e Conselho de Administração, inclusivamente e-mails e ofícios, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015”, é também pedida pelo PS.

No total, são 16 as alíneas com vários pedidos que se juntam a uma série de documentos já requisitados há duas semanas em sede de comissão parlamentar.

As duas primeiras audições na Comissão Parlamentar de Inquérito à venda do Banif devem realizar-se a 22 de março, terça-feira, já depois de concluídos os trabalhos dos deputados em torno do Orçamento do Estado (OE) para 2016.

O “avaliar” do “comportamento da autoridade de supervisão financeira, o Banco de Portugal, sobre o caso Banif, é um dos objetivos da comissão parlamentar de inquérito, que hoje se reúne para definir calendários de audições e metodologias de trabalho.

O processo de venda, em dezembro de 2015, irá dominar os trabalhos para se proceder à “avaliação de riscos e alternativas” da decisão, “no interesse dos seus trabalhadores, dos depositantes, dos contribuintes e da estabilidade do sistema financeiro”.

A 20 de dezembro o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, sendo que 1.766 milhões de euros saem diretamente do Estado e 489 milhões do Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas.

PS e BE vão exigir relatório secreto do BCG para atacar Carlos Costa

Quinta-feira, Fevereiro 18th, 2016

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Económico

Bloco pediu acesso ao relatório que avaliou a actuação do supervisor no BES. Objectivo é confrontar Carlos Costa, no inquérito parlamentar ao Banif, com eventual falha de supervisão.

O Governo está a aumentar a pressão sobre o governador do Banco de Portugal (BdP), tornando claro que pretende retirar Carlos Costa do leme da supervisão. Ontem, o primeiro-ministro António Costa criticou duramente a actuação do governador no tema dos lesados do BES. E, ao que o Diário Económico apurou, PS e Bloco de Esquerda (BE) vão tentar trazer a lume, na comissão de inquérito ao Banif, o relatório da consultora Boston Consulting Group (BCG) que avaliou a actuação do supervisor no BES.

Ao que o Diário Económico apurou, os deputados do Bloco requereram ontem a entrega do relatório à Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso Banif. O pedido assinado por Mariana Mortágua refere que o relatório do BCG é “fundamental” para fazer uma “avaliação integrada” da actuação do supervisor no sector financeiro. Também o PS deverá avançar com um requerimento idêntico para aceder ao estudo do BCG mas, até ao fecho da edição, não foi possível obter uma confirmação oficial.

Em causa está uma eventual referência, no documento, à existência de uma “falta grave” na supervisão, na forma como lidou com os problemas no BES. A existir tal referência, o Governo passaria a dispôr de argumentos jurídicos para tentar forçar o afastamento do governador Carlos Costa que, segundo a lei só pode ser demitido em circunstâncias muito especiais.

O estudo do BCG foi encomendado pelo próprio Banco de Portugal (BdP) para avaliar a sua actuação durante o processo que levou à resolução do BES. Custou cerca de 300 mil euros, mas o supervisor sempre recusou divulgar o seu conteúdo, invocando o “dever de confidencialidade”. Em Junho do ano passado, o PS fez uma queixa na Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), para poder aceder ao estudo, dado que considera que o mesmo contém “informação crítica” sobre a actuação do BdP. Em Setembro, a CADA deu razão ao PS, concluindo que o “dever de confidencialidade não tem natureza absoluta, cabendo, assim, ao BdP facultar (ou não) o acesso, devendo, no entanto, a decisão de denegação do acesso ser sempre fundamentada”. Apesar desta decisão, até à data o Banco de Portugal não permitiu o acesso dos deputados ao documento.

Governador é “inamovível”, mas não é intocável

A lei que rege o BdP estabelece que o governador e os restantes membros do conselho de administração são “inamovíveis”, isto é, não podem ser exonerados pelo poder político. A menos que tenham cometido uma “falta grave” no exercício das suas funções.

Além disso, as regras do Sistema Europeu de Bancos e do Banco Central Europeu (SEBC/BCE) elencam as circunstâncias em que um governador pode ser exonerado. Segundo o artigo 14º do SEBC/BCE, “um governador só pode ser demitido das suas funções se deixar de preencher os requisitos necessários ao exercício das mesmas ou se tiver cometido falta grave”.

Se o Governo avançasse nesse sentido, tratar-se-ia de um passo inédito na zona euro e levaria, desde logo, a uma “monitorização” apertada por parte do BCE, tal como noticiou o Económico a 23 de Dezembro. E, em caso de exoneração, o governador do Banco de Portugal poderia recorrer para o Tribunal Europeu de Justiça e para o conselho de governadores do BCE.

PS quer ouvir tanto administradores do Banif como quadros do Banco de Portugal

Quinta-feira, Fevereiro 18th, 2016

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Diário de Notícias

Finanças em peso na lista do PS: Mário Centeno, Maria Luís Albuquerque e Vítor Gaspar, chamados à comissão de inquérito.

O requerimento do PS pede que sejam chamados à comissão de inquérito um total de 11 administradores do Banif, entre executivos e não executivos, e 10 quadros do Banco de Portugal.

Alguns dos nomes citados no documento entregue ao presidente da comissão, são o do atual ministro das Finanças, Mário Centeno, e os antigos titulares da pasta no executivo PSD/CDS-PP, Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque.

O PS quer também ouvir os administradores do Banif, nomeadamente. Jorge Tomé ou Luís Amado. Do Banco de Portugal, os socialistas querem ouvir o governador, Carlos Costa e Pedro Duarte Neves, José Berberan Ramalho e António Varela, pertencentes aos quadros do banco.

No entanto, algumas figuras da Comissão Europeia que participaram na resolução do Banif também devem ser chamadas para prestar esclarecimentos.

Os socialistas, coordenados pelo deputado João Galamba, sublinham que o objetivo da comissão é “avaliar” o comportamento da autoridade de supervisão financeiro do Banco de Portugal ao caso Banif.

Os trabalho da comissão de inquérito pretendem averiguar a “avaliação de riscos e alternativas” da decisão, “no interesse dos seus trabalhadores, dos depositantes, dos contribuintes e da estabilidade do sistema financeiro”.

A comissão parlamentar de inquérito reuniu-se esta quarta-feira, para definir calendários de audições e metodologias de trabalho.

Comunista António Filipe preside à comissão de inquérito ao Banif

Quinta-feira, Janeiro 28th, 2016

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Público

Actuação do Banco de Portugal será avaliada na comissão de inquérito ao Banif. Mariana Mortágua vai ser a deputada do BE na comissão, João Almeida o do CDS. Pelo PS estarão, por exemplo, Carlos Pereira, Brilhante Dias, Neto Brandão e Galamba.

O deputado comunista António Filipe vai ser o presidente da comissão parlamentar de inquérito ao processo do Banif. Do PCP integram também a comissão os deputados Miguel Tiago (efectivo) e Paulo Sá (como suplente). Mariana Mortágua irá representar o Bloco e João Almeida o CDS.

 

O PS indicou os deputados Carlos Pereira (que fez a intervenção socialista no debate sobre a proposta da comissão de inquérito na passada sexta-feira), Eurico Brilhante Dias, Filipe Neto Brandão, Hortense Martins, João Galamba, Lara Martinho e Luís Testa. Os suplentes socialistas são Jorge Lacão, Eurídice Pereira e Hugo Costa. Ainda não se conhecem os deputados do PSD que participam, mas todos os nomes têm que ser comunicados até amanhã, sexta-feira.

O “avaliar” do “comportamento da autoridade de supervisão financeira, o Banco de Portugal, sobre o caso Banif, é um dos objectivos da comissão parlamentar de inquérito sobre a venda do banco. De acordo com a resolução da Assembleia da República publicada esta quinta-feira em Diário da República onde é formalizada a constituição da comissão de inquérito, são elencados seis pontos de atuação dos deputados: em destaque estará, por exemplo, o avaliar das condições, “nomeadamente as modalidades e práticas de gestão, e fundamentos, que justificaram e conduziram à recapitalização do Banif, em Janeiro de 2013, através de financiamento público, no montante de 1.100 milhões de euros”.

Depois, os parlamentares irão também “escrutinar as diligências tomadas pela administração desta entidade bancária e por todas as entidades envolvidas, nacionais e comunitárias, para concretização de um plano de reestruturação e viabilização do Banif depois da sua recapitalização em Janeiro de 2013, avaliando o impacto financeiro das respetivas ações e omissões”.

O processo de venda, em Dezembro de 2015, é também mote evidente dos trabalhos dos vários partidos, e procurar-se-á fazer “a avaliação de riscos e alternativas” da decisão, “no interesse dos seus trabalhadores, dos depositantes, dos contribuintes e da estabilidade do sistema financeiro”.

O “quadro legislativo e regulamentar, nacional e comunitário” sobre o sector financeiro será também analisado, bem como a “ligação entre o estatuto patrimonial e o funcionamento do sistema financeiro e os problemas verificados no sistema financeiro nacional e respectivos impactos na economia e contas públicas”.

“Avaliar o comportamento da autoridade de supervisão [Banco de Portugal] e as condições de exercício das suas competências no acompanhamento da situação do BANIF e aferir a adequação e eficácia do actual regime jurídico de supervisão bancária e financeira” é o último dos pontos referidos no Diário da República.

O texto indica ainda que a comissão “deve desenvolver os seus trabalhos pelo prazo mais curto, não ultrapassando o período de 120 dias”.

A comissão parlamentar de inquérito ao processo que levou à venda do Banif (Banco Internacional do Funchal) toma posse na próxima quarta-feira, 3 de Fevereiro.

Até esta sexta-feira os grupos parlamentares deverão entregar os nomes dos deputados que vão integrar a comissão.

Mariana Mortágua de novo
A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua vai ser a parlamentar efectiva do partido na comissão de inquérito, enquanto Jorge Costa e Paulino Ascenção serão os deputados suplentes do Bloco na referida comissão.

Mariana Mortágua foi também a representante do BE na recente comissão de inquérito à gestão do BES e do GES, tendo inclusive sido uma das parlamentares que mais notoriedade obteve durante os trabalhos.

Na quarta-feira, também o CDS anunciou que o deputado João Almeida será o seu representante na mesma comissão de inquérito.

A comissão de inquérito terá sete deputados efectivos do PS, sete do PSD, um do BE, um do CDS-PP e um do PCP. com Lusa