Archive for the ‘Governo regional dos Açores’ Category

Sindicato dos Quadros Bancários exorta a resolução de problemas dos lesados do Banif

Terça-feira, Outubro 30th, 2018

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Açoriano Oriental

O presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) exortou à resolução dos problemas em torno dos lesados do Banif, lamentando a “desproporção gigantesca” no tratamento do caso por comparação com o problema do BES.

“A coisa mais importante para restabelecer a confiança é resolver o tema dos lesados do Banif. Há uma desproporção gigantesca entre a capacidade da República portuguesa ter resolvido o tema dos lesados do BES e a incapacidade dessa mesma República de ser solidária e resolver o problema dos lesados do Banif”, vincou Paulo Marcos.

O sindicalista falava em Ponta Delgada, nos Açores, num encontro com jornalistas a propósito da vinda de uma delegação do SNQTB à região autónoma.

O Banif foi adquirido pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, em 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Neste processo, estão cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados e acionistas que perderam 263 milhões de euros, havendo ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, maioritariamente da Madeira e Açores.

Nos Açores, Paulo Marcos diz ter apelado ao presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, para que a União dos Sindicatos Independentes esteja representada no futuro Conselho Económico e Social da Região Autónoma dos Açores, formalizado na sequência de uma proposta do Governo Regional.

O presidente do SNQTB admitiu que hoje “os Açores têm menos emprego bancário que há oito ou nove anos, mas a perda líquida”, vincou, “é muito menor que noutras regiões portuguesas”.

“É preciso dar o mérito a quem tem o mérito. Acho que os dirigentes políticos e económicos açorianos conseguiram mitigar em grande parte, até hoje, este fenómeno de alteração dos centros de capital e decisão para outras geografias, e também a disrupção tecnológica”, assinalou ainda.

Presidente do Governo dos Açores espera solução também para lesados do Banif

Quarta-feira, Dezembro 21st, 2016

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Negócios

O presidente do Governo Regional dos Açores afirma que a solução encontrada para os lesados do BES é motivo de “satisfação”, mas alertou que “também se espera naturalmente uma solução para os lesados do Banif”.

“Naturalmente que o facto de se ter alcançado uma solução para os lesados do BES é motivo de satisfação e de congratulação. Se nós ouvirmos tudo aquilo que foi dito ontem (segunda-feira), também esperamos naturalmente uma solução para os lesados do Banif quando decorre exactamente um ano sobre a resolução desse banco”, sustentou Vasco Cordeiro, numa reacção à resolução do problema dos lesados do papel comercial do BES.

O Governo da República apresentou na segunda-feira o mecanismo que permitirá minorar as perdas dos cerca de 4.000 clientes do BES que compraram papel comercial do GES, que foi à falência, e cujo reembolso nunca receberam.

 “Nós sabemos que há trabalho que, ao nível do Governo da República, também está a ser feito sobre esta matéria. Todos os argumentos que foram apresentados ontem (segunda-feira) são argumentos que no fundo se aplicam, e por maioria de razão, ainda mais, à situação dos lesados do Banif”, considerou ainda o chefe do executivo açoriano.

Na apresentação da solução para atenuar as perdas dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que consiste num “compromisso equilibrado” que permite reforçar a confiança no sistema financeiro português.

Banif: Declarações da Comissão Europeia são de “requintada hipocrisia”

Quarta-feira, Junho 8th, 2016

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Observador

O presidente do Governo dos Açores afirmou ser uma “requintada hipocrisia” as declarações da Comissão Europeia, que admitiu que o Banif poderia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável.

O presidente do Governo dos Açores afirmou ser uma “requintada hipocrisia” as declarações da Comissão Europeia, que admitiu que o Banif poderia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável.

“A leitura que o Governo Regional faz de uma declaração deste tipo e das outras declarações que a nível nacional se sucederam em relação a esta matéria é de uma requintada hipocrisia”, afirmou Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, Açores, após ter recebido representantes da Associação de Defesa dos Lesados do Banif (Alboa).

Para Vasco Cordeiro, “toda a gente sabe que a partir de 01 de janeiro de 2016 a consequência que poderia existir para depositantes, fruto da entrada em vigor da legislação comunitária, seria muito mais gravosa caso aquilo que aconteceu em dezembro tivesse acontecido em janeiro, fevereiro ou março”.

“Declarações dessas, na minha opinião, são também uma forma de brincar com a situação de quem foi afetado pela resolução do Banif”, acrescentou o chefe do executivo açoriano, referindo que a crítica é dirigida “desde logo à Comissão Europeia” e a “quem servir o barrete”.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Na passada quinta-feira, a Lusa noticiou que a Comissão Europeia admitiu que o Banif podia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável, em vez da resolução que foi decidida, referindo que essa decisão coube às autoridades portuguesas.

Esta informação consta das respostas enviadas pela Comissão Europeia aos eurodeputados do PSD e nas quais é repetido por diversas vezes que é competência das autoridades nacionais determinar a resolução de um banco em situação de insolvência e que o que cabe à Comissão Europeia é assegurar “que todas as medidas estão em conformidade com as regras da UE, incluindo as regras relativas aos auxílios estatais”.

Vasco Cordeiro acrescentou que esta situação “leva no próximo dia 20 seis meses e, portanto, começa a ganhar uma urgência bastante grande”.

 “Não estamos a falar de uma situação de especuladores, estamos a falar de uma situação de pessoas, de açorianos desde logo, que puseram as poupanças de uma vida de trabalho numa determinada instituição, que em muitos casos não tinham os conhecimentos dos produtos financeiros que lhes permitissem ajuizar convenientemente o risco”, declarou.

Referindo não existir uma obrigação legal de o Santander Totta “resolver esta questão”, o presidente do Governo Regional salientou, contudo, que “há essa disponibilidade que não pode ficar empatada por força da intervenção de outras entidades, como por exemplo reguladores”.

Para Vasco Cordeiro, “esta matéria está no fundo a arrastar-se um pouco” e “seria conveniente para todos que não se arrastasse, a começar pelos lesados do Banif”.

A associação Alboa representa clientes que investiram em obrigações do Banif e da Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação no Banif), assim como em ações do banco.

Em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

Segundo o presidente da Alboa, Jacinto Silva, serão cerca de mil os lesados do ex-Banif nos Açores em obrigações subordinadas, com valores de cem milhões de euros.

 

Lesados do Banif reúnem-se com presidentes dos Governos regionais

Quinta-feira, Junho 2nd, 2016

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TVI

Na segunda-feira haverá reunião com o presidente do Governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, e na quarta-feira é a vez do encontro com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque

A Associação de Lesados do Banif tem marcadas reuniões nos próximos dias com os Governos dos Açores e da Madeira e fará sessões de esclarecimento nos arquipélagos para os clientes que perderam dinheiro com investimentos em títulos do grupo.

Segundo fonte oficial da Associação de Defesa dos Lesados do BANIF (Alboa), na segunda-feira da próxima semana, 6 de junho, haverá reunião com o presidente do Governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, e na quarta-feira, dia 8, é a vez do encontro com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

Vamos expor a situação e partilhar os nossos pontos de vista e as expectativas da Associação de Lesados, para que possam ser uma ponte na solução deste problema”, afirmou à Lusa fonte oficial da Alboa.

Também nos próximos dias a associação vai promover sessões de esclarecimento para os clientes que se sentem lesados saberem das ações que estão a ser preparadas e, sobretudo, segundo fonte oficial, para “pacificar os ânimos” uma vez que há muitos clientes que estão “muito revoltados”.

Já hoje há uma sessão às 20:00 na ilha do Pico, no centro social e paroquial da freguesia das Ribeiras; no domingo (05 de junho) há outra sessão às 20:30 na ilha de São Miguel, no centro social da freguesia de Vila Franca do Campo; e a 08 de junho (quarta-feira) haverá uma sessão na ilha da Madeira, na sala de conferências do Instituto de Emprego da Madeira.

A associação Alboa representa clientes que investiram em obrigações do Banif e da Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação no Banif), assim como em ações do banco.

No caso das obrigações subordinadas do Banif, que ficaram no designado ‘banco mau’ e por isso é pouco provável que os clientes consigam reaver o investimento, estão em causa cerca de 263 milhões de euros.

A Lusa noticiou em 14 de maio que a Associação de Lesados do Banif está em negociações com o Santander Totta para encontrar uma solução para os obrigacionistas subordinados do Banif, que ficaram no ‘banco mau’, que lhes permita recuperar o dinheiro investido.

Então, segundo fonte oficial da Alboa, o Santander Totta comprometeu-se a apresentar em quatro semanas uma proposta para solucionar o problema, mas sem novidades para já.

As obrigações subordinadas são as últimas a serem pagas no caso de falência das entidades emitentes desses títulos de dívida.

Em 20 de dezembro do ano passado, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a criação da sociedade-veículo Oitante, para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não quis comprar.

O Banif S.A. ficou unicamente com as posições dos acionistas e dos obrigacionistas subordinados. Neste ‘banco mau’ – à semelhança do BES “mau” – ficaram ainda as operações que o banco tinha no Brasil e em Cabo Verde.

Santander Totta estuda situação para lesados do Banif com obrigações subordinadas

Quarta-feira, Fevereiro 17th, 2016

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Negócios

A situação dos clientes do ex-Banif que subscreveram obrigações subordinadas, no total 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões, está a ser estudada. Uma garantia deixada pelo presidente executivo do Santander Totta.

O presidente da comissão executiva do Santander Totta disse hoje, 17 de Fevereiro, que está a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif que subscreveram obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

“O banco Santander Totta não tem nenhuma obrigação relativamente a essas obrigações subordinadas. De acordo com a resolução, de acordo com tudo aquilo que ficou estipulado, o banco Santander Totta não é o titular dessas obrigações e por força de não ser o titular dessas obrigações também não é responsável por elas”, começou por dizer António Vieira Monteiro, no final de uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, Açores.

António Vieira Monteiro frisou que “o banco é responsável, sim, pelos depósitos, pelas obrigações seniores e pelas obrigações hipotecárias”, mas “não quer dizer, tendo em atenção esta realidade, que para defesa da sua franquia comercial, o banco não esteja a estudar e a ver alguma coisa sobre essa matéria”.

“Significa isto mesmo, o banco não tem nenhuma obrigação relativamente às obrigações subordinadas, mas tendo em atenção à manutenção da sua franquia comercial está, efetivamente, a olhar para o assunto”, insistiu, referindo não poder dizer, neste momento, mais nada sobre o assunto, mas garantindo que na devida altura o Santander Totta anunciará o que for conseguido.

O presidente da Comissão Executiva do Santander Totta realçou que “se não fosse essa franquia comercial, se não fosse a posição que o banco poderia vir a ter em termos daquilo que é o seu negócio nos Açores”, com certeza que não pensaria numa solução porque a ela não está obrigado.

“Nós não comprámos o ex-Banif, comprámos determinados activos e passivos do ex-Banif e nesses activos e passivos vieram determinado tipo de obrigações, quer dos depositantes, quer de determinados obrigacionistas, os seniores e hipotecários”, referiu, garantindo, que nestes casos, o Santander Totta responderá a “100 por cento”.

Ainda no caso dos antigos clientes do ex-Banif lesados com obrigações subordinadas, António Vieira Monteiro explicou que o Santander Totta tudo está “a fazer para criar as condições para poder resolver alguns dos problemas”, advertindo, contudo, que “os problemas que possam vir a ser resolvidos e a maneira como vão ser resolvidos não quer dizer que seja alguma vez de 100%”.

“Isto é claro que, tratando-se de uma entidade que não está obrigada, e dentro das regras das supervisões bancárias que nos assistem e dentro dos princípios das autorizações que temos que ter para este tipo de produtos, teremos que ter em atenção essas realidades todas”, acrescentou, explicando que no caso das obrigações subordinadas estão, sobretudo, em causa clientes particulares, havendo, por exemplo, 22 fábricas de Igreja (paroquial).

A 20 de Dezembro, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo Oitante.

A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, a que se somam duas garantias bancárias do Estado no total de 746 milhões de euros.

O Banif (em processo de reestruturação desde 2012) era o sétimo maior grupo bancário português e líder de mercado nos Açores e na Madeira.