Archive for the ‘Concorrência’ Category

Concorrência dá luz verde à compra do negócio de gestão de créditos e activos da Oitante pela Proteus

Domingo, Outubro 1st, 2017

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Negócios

A Autoridade da Concorrência tomou uma decisão de “não oposição à operação de concentração” por esta não ser susceptível de gerar entraves à concorrência.

A Autoridade da Concorrência deu luz verde esta quinta-feira, 28 de Setembro, à compra do negócio de gestão de créditos e activos imobiliários da Oitante pela Proteus.

Em comunicado, o organismo liderado por Margarida Matos Rosa (na foto) explica que tomou uma decisão de “não oposição à operação de concentração” por esta não ser susceptível de gerar entraves à concorrência.

“O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência (…) delibera adoptar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração (…) uma vez que a mesma não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”, refere o comunicado do regulador.

A operação de concentração em causa refere-se à aquisição, anunciada em Abril, do controlo exclusivo sobre o negócio de gestão de créditos e activos imobiliários da Oitante – veículo que herdou os activos do Banif que o Santander não quis, e é detido pelo Fundo de Resolução – pela Proteus Asset Management.

A Proteus é uma empresa que se dedica à gestão de créditos e carteiras imobiliárias, detida a 100% pela Altamira que, por sua vez, é controlada pelos americanos da Apollo.

Concorrência notificada da venda de imobiliário e malparado da Oitante

Terça-feira, Setembro 12th, 2017

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Dinheiro Vivo

A Oitante anunciou em abril a venda, a uma sociedade controlada pela Apollo, do negócio de gestão de ativos imobiliários e carteira de crédito.

A Autoridade da Concorrência vai analisar a intenção de compra do negócio de gestão de créditos e ativos imobiliários da Oitante pela Altamira, controlada maioritariamente pela Apollo, tendo sido notificada da operação, anunciou a entidade reguladora. A Oitante anunciou esta venda a 4 de abril deste ano e a operação envolveu a venda da unidade de gestão de ativos imobiliários e gestão de carteira de crédito. Foi ainda celebrado um contrato de prestação de serviços de administração, gestão e venda de um um conjunto de ativos no valor de cerca de 1,5 mil milhões de euros, correspondentes sobretudo a ativos imobiliários e crédito malparado.

A Autoridade da Concorrência recebeu, a 4 de setembro, “uma notificação prévia” da operação de concentração que consiste “na aquisição pela Proteus Asset Management (detida pela Altamira) do controlo exclusivo sobre o negócio de gestão de créditos” da Oitante, segundo o aviso, publicado esta segunda-feira pelo regulador. Segundo o documento, a Proteus, dedica-se “essencialmente à gestão de créditos e carteiras imobiliárias”. O negócio de gestão de créditos e ativos imobiliários da Oitante inclui “a prestação de serviços de gestão de créditos vencidos e de cobrança duvidosa e ativos imobiliários em Portugal”.

“Este negócio está atualmente integrado na Oitante, cujo capital social é integralmente detido pelo Fundo de Resolução”, lembra o aviso. Os interessados em comentar esta operação têm 10 dias úteis para enviar as suas observações para a entidade reguladora. A Oitante foi criada na sequência da venda do Banif ao Santander por um euro para ficar com os ativos do Banif que o grupo espanhol não quis. A sociedade foi criada através de uma decisão do Conselho de Administração do Banco de Portugal, em reunião extraordinária de dia 20 de dezembro de 2015. Além da venda à Altamira, a Oitante já alienou as participações que detinha na Açoreana Seguros, Banif-Banco de Investimento, Banif Malta, na sociedade Gamma e no Banif Pensões.

 

 

 

Banif. Já foram estabelecidos termos do pré-acordo de venda e capitalização da Açoreana

Segunda-feira, Fevereiro 8th, 2016

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Expresso

As negociações foram feitas com a Apollo, selecionada em janeiro para a compra da Açoreana Seguros, que pertencia originalmente ao Banif

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou esta segunda-feira que foram estabelecidos os termos de um pré-acordo de venda e capitalização da Açoreana Seguros, originalmente do Banif, à Apollo Global Management.

“A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) informa que foram estabelecidos entre a Apollo Global Management e os acionistas da Açoreana Seguros, S.A., os termos de um pré-acordo de venda e capitalização da Açoreana Seguros, S.A”, lê-se num comunicado emitido pela entidade.

Em janeiro, a Apollo foi selecionada para iniciar negociações exclusivas para a compra da Açoreana, deixando de fora as outras duas concorrentes (Caravela e a Allianz), num processo de venda que está a ser conduzido pelo Citi, debaixo da égide da ASF.

Segundo noticiou o “Diário Económico”, o objetivo final da Apollo é integrar a Açoreana na Tranquilidade, mantendo a marca da companhia fundada em 1892.

A proposta da Apollo não exclui rescisões, no processo de fusão, mas defende que a terem lugar será no âmbito de uma estratégia que se assume como de valorização da companhia e não da sua destruição.

A 29 de janeiro, o ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou que o processo de venda da companhia de seguros Açoreana estava em fase de conclusão e que previa a manutenção dos cerca de 700 postos de trabalho.

“O processo de venda da Açoreana está praticamente concluído. Há duas propostas em cima da mesa e a proposta que está a ser negociada, do ponto de vista da manutenção dos postos de trabalho, não tem prevista nenhuma perda de emprego”, disse o ministro das Finanças na ocasião, no parlamento.

Segundo o relatório de contas de 2014 da seguradora, divulgado a 31 de dezembro, a Açoreana arrisca perder 40 milhões de euros que tinha investido em ações do Banif no âmbito da medida de resolução aplicada ao banco e que afetou os acionistas da instituição.

Em 31 de dezembro do ano passado, a Açoreana tinha 7.173.244.609 ações (mais de sete mil milhões de títulos) do Banif, ao preço médio de aquisição de 0,01 euros (um cêntimo), pelo que o valor total ascendia a 71,7 milhões de euros. Esta participação no capital do banco estava, contudo, registada no balanço por um valor inferior ao da aquisição, de 40,887 milhões de euros.

A 20 de dezembro, um domingo ao final da noite, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo Naviget. É nesta nova empresa que fica a Açoreana.

A Açoreana teve no primeiro semestre prejuízos de 1,5 milhões de euros (melhor do que os 3,7 milhões de prejuízo de período homólogo de 2014) e era considerada pelo Banif uma “unidade operacional descontinuada”, estando para venda.

Ajuda estatal: Comissão autoriza temporariamente a recapitalização de emergência do banco português Banif

Segunda-feira, Dezembro 21st, 2015

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Comunicado da Comissão Europeia sobre ajudas estatais ao Banif

A Comissão Europeia aprovou os planos de Portugal para conceder cerca de 2,25 mil milhões de EUR de auxílio estatal para cobrir o défice de financiamento na resolução do Banco Internacional do Funchal S.A. (Banif), em conformidade com as regras em matéria de auxílios estatais da UE.

Uma outra medida de auxílio no valor de 422 milhões de EUR cobre a transferência de ativos depreciados para um veículo de gestão de ativos. Por último, a Comissão aprovou uma margem adicional de segurança sob a forma de uma garantia do Estado para prever eventuais alterações recentes no valor da parte vendida ao Banco Santander Totta, o que eleva o total das potenciais medidas de auxílio para quase 3 mil milhões de EUR.

Tudo isto vem na sequência da decisão do Banco de Portugal de proceder à resolução do Banif em de 19 de dezembro de 2015. Estes valores vêm acrescentar-se aos cerca de 1,1 mil milhões de EUR de auxílio aprovados pela Comissão em janeiro de 2013, a título temporário, e finalmente aprovados hoje. A Comissão constatou, em especial, que os auxílios estatais adicionais iriam facilitar a venda de uma grande parte das atividades do Banif, incluindo os seus depósitos, a um forte comprador, o que permitirá às atividades transferidas regressar à viabilidade a longo prazo no quadro da nova entidade. O auxílio apoiará igualmente a liquidação ordenada dos restantes ativos depreciados do Banif. Todos os depositantes continuam a estar plenamente protegidos.

Margrethe Vestager, Comissária responsável pela política da concorrência, afirmou: «Os bancos não podem ser mantidos artificialmente no mercado com o dinheiro dos contribuintes. Embora o Banif já tivesse recebido auxílios estatais significativos, não conseguiu regressar à viabilidade por si só. As medidas hoje aprovadas permitem ao Banif sair do mercado de uma forma ordenada e que um banco sólido adquira uma grande parte das suas atividades sem que tal acarrete um prejuízo para os clientes do Banif.

O Governo português recém-eleito teve de reagir rapidamente a uma situação difícil e eu aprecio a solução encontrada em cooperação com as autoridades portuguesas.»

As autoridades portuguesas e a Comissão concordaram que, apesar do anterior auxílio de emergência sob a forma de uma recapitalização pelo Estado no valor de 1,1 mil milhões de EUR em 2013, aprovado pela Comissão em janeiro de 2013, a título temporário, a viabilidade do Banif não podia ser restabelecida numa base autónoma. As autoridades portuguesas também informaram a Comissão de que anteriores tentativas de vender o Banif sem novos auxílios estatais não foram coroadas de êxito. Assim, o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução portuguesa, decidiu que era necessária a resolução do Banif, nomeadamente através da venda de uma parte dos ativos e passivos a outra entidade e da transferência os seus ativos depreciados para um veículo de gestão de ativos recém-criado. Na sequência do processo de venda, a autoridade de resolução escolheu o Banco Santander Totta, que faz parte de um grande grupo bancário internacional, para adquirir cerca de 11,1 mil milhões de EUR de ativos e passivos, incluindo depósitos, do Banif. Além disso, foram transferidos ativos depreciados com um valor contabilístico líquido de cerca de 2,2 mil milhões de EUR para um veículo de gestão de ativos, detido na totalidade pelo Fundo de Resolução de Portugal, pretendendo o Fundo de Resolução vender o referido veículo numa fase posterior. O Banif deixará de existir como banco independente.

As autoridades portuguesas notificaram a Comissão dos planos de concessão de 2,255 mil milhões de EUR em medidas de auxílio destinadas a apoiar a venda de ativos e passivos do Banif ao comprador, bem como um auxílio no valor de 422 milhões de EUR destinado à transferência de ativos para o veículo de gestão de ativos. É aprovada também uma margem adicional de segurança sob a forma de uma garantia do Estado para prever eventuais alterações recentes no valor da parte adquirida pelo Banco Santander Totta, o que eleva o total das potenciais medidas de auxílio para quase 3 mil milhões de EUR.

A Comissão avaliou e aprovou estas medidas, ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais («Comunicação sobre o setor bancário 2013»). Em especial, os acionistas do Banif e os detentores de dívida subordinada contribuíram plenamente para o custo da resolução, reduzindo assim a necessidade de auxílios estatais, em consonância com os princípios de repartição de encargos. Além disso, a saída do Banif do mercado contempla de forma suficiente as distorções de concorrência resultantes da dimensão significativa do auxílio.

A Comissão constatou igualmente que não foi concedido nenhum auxílio no processo de venda ao comprador, o Banco Santander Totta. O sólido balanço do Banco Santander Totta e a sua forte presença em Portugal irão permitir que as operações do Banif vendidas, incluindo as sucursais, sejam imediatamente integradas na atividade do Banco Santander Totta, e irão permitir que as atividades integradas regressem à viabilidade a longo prazo no quadro do Banco Santander Totta.

Além disso, com esta decisão, a Comissão

também aprovou finalmente o auxílio de 1,1 mil milhões de EUR que Portugal tinha concedido ao Banif em janeiro de 2013, o qual tinha sido aprovado, na altura, apenas temporariamente pela Comissão enquanto auxílio de emergência. Isto significa que a Comissão pode retirar o procedimento formal de investigação sobre essas medidas a que dera início em julho de 2015.

Contexto

O Banif é o oitavo maior banco comercial de Portugal quando avaliado pelo valor do ativo contabilístico, com presença principalmente nos Açores e na Madeira, embora também a operar com sucursais e representações fora de Portugal, como, por exemplo, em Malta, Cabo Verde e Brasil, bem como em zonas offshore. No 3.º trimestre de 2015, o balanço consolidado do Banif elevou-se a 11,9 mil milhões de EUR.

Em janeiro de 2013, Portugal concedeu ao Banif um auxílio de emergência no valor de 1,1 mil milhões de EUR para permitir ao banco cumprir os requisitos mínimos em matéria de fundos próprios. Na altura, Portugal subscreveu 700 milhões de EUR de ações emitidas pelo Banif e 400 milhões de EUR de títulos híbridos, o que foi aprovado temporariamente pela Comissão como auxílio de emergência.

Ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais aplicáveis na altura, uma decisão definitiva sobre a compatibilidade das medidas de apoio teria obrigado as autoridades portuguesas a propor, e a Comissão a aprovar, medidas de reestruturação adequadas para o Banif. Portugal apresentou um plano de reestruturação para o Banif, o qual foi várias vezes alterado. No entanto, a Comissão duvidava que as medidas propostas satisfizessem os requisitos ao abrigo das regras em matéria de auxílios estatais da UE, as quais visam restabelecer a viabilidade a longo prazo do banco, exigem que o banco e os seus acionistas contribuam de forma suficiente para os custos de reestruturação e que as distorções da concorrência causadas pelos subsídios sejam limitadas. Por conseguinte, a Comissão deu início a um procedimento formal de investigação em julho de 2015.

Em 20 de dezembro de 2015, Portugal voltou a notificar o auxílio concedido em 2013 como auxílio à liquidação, bem como a adoção de medidas de auxílio adicionais. A decisão da Comissão no sentido de aprovar o auxílio à resolução significa igualmente que a Comissão pode retirar o procedimento formal de investigação em curso, uma vez que o Banif irá sair do mercado.

A versão não confidencial da decisão estará disponível com o número SA.43977 no Registo dos auxílios estatais no sítio da DG Concorrência, uma vez resolvidas as eventuais questões de confidencialidade. Todas as novas publicações de decisões relativas aos auxílios estatais na Internet e no Jornal Oficial são indicadas no State Aid Weekly e-News.

 

Auxílio estatal: Comissão dá início a investigação aprofundada à reestruturação do Banif

Sexta-feira, Julho 24th, 2015

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Comunicado da Comissão Europeia

Bruxelas, 24 Julho 2015

A Comissão Europeia deu início a uma investigação aprofundada para apurar se o auxílio que o Estado português concedeu ao Banco Internacional do Funchal S.A (Banif) é compatível com as regras da UE em matéria de auxílios estatais. A versão final do plano de reestruturação do Banif deve garantir a viabilidade do banco a longo prazo e limitar as distorções de concorrência que o auxílio estatal gerou. A abertura de uma investigação aprofundada dá às partes interessadas, incluindo terceiros, a oportunidade de se pronunciarem sobre as medidas em questão, ao mesmo tempo que confere maior segurança jurídica ao beneficiário do auxílio, sem prejudicar o resultado da investigação.

Em janeiro de 2013, a Comissão aprovou temporariamente um auxílio estatal de 1 100 mil milhões de euros para permitir que o Banif cumprisse os requisitos de fundos próprios impostos pela autoridade reguladora do setor bancário português. A decisão final sobre a compatibilidade das medidas de auxílio exige que as autoridades portuguesas submetam à aprovação da Comissão um conjunto adequado de medidas de reestruturação do Banif.

Portugal apresentou um plano de reestruturação do Banif. Este plano foi várias vezes alterado, a última das quais em outubro de 2014. A Comissão está atualmente a avaliar as medidas propostas à luz das disposições da UE aplicáveis aos auxílios estatais à reestruturação dos bancos em período de crise. Na fase atual, a Comissão receia que as medidas não cumpram os requisitos de tais disposições que preconizam o restabelecimento da viabilidade a longo prazo do banco e a garantia de que o dinheiro do contribuinte que foi mobilizado para o efeito se limita ao mínimo necessário para conseguir esse resultado. Exigem ainda que o Banif e os seus proprietários contribuam de forma suficiente para os custos da reestruturação e que as distorções de concorrência que o auxílio gera sejam limitadas.

A Comissão vai agora aprofundar o seu trabalho de investigação, a fim de apurar o fundamento das suas dúvidas, tendo em conta as observações apresentadas pelas partes interessadas, e trabalhará em colaboração com as autoridades portuguesas a fim de garantir o cumprimento das disposições da UE em matéria de auxílios estatais.

Contexto

O Banif é atualmente o oitavo banco comercial em Portugal, pelo valor dos seus ativos, com uma presença marcante nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Está cotado na Bolsa de Lisboa. Em finais de 2014, detinha 13,1 mil milhões de euros de ativos.

Em janeiro de 2013 beneficiou de uma recapitalização do Estado no montante de 1 100 mil milhões de euros, afim de poder cumprir os requisitos mínimos de fundos próprios. O Estado português subscreveu 700 milhões de euros de ações emitidas pelo Banif e 400 milhões de euros de títulos híbridos.

Ver Policy Brief “State aid to European banks: returning to viability” sobre a aplicação das regras da UE em matéria de auxílios estatais no setor bancário.

A versão não confidencial da decisão estará disponível com o número SA.36123 no Registo dos auxílios estatais no sítio Web da DG Concorrência, assim que estiveram esclarecidas as questões relacionadas com a confidencialidade de certas informações. As novas publicações de decisões sobre auxílios estatais na Internet e no Jornal Oficial estão disponíveis em State Aid Weekly e-News.

Carta da DG Com à ex-ministra das Finanças sobre o Banif

Quinta-feira, Dezembro 11th, 2014

Citamos

Carta da DGcom a Maria Luis Albuquerque