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PSD acusa Costa de se colocar entre accionistas “de vários bancos”

Quinta-feira, Abril 21st, 2016

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Negócios

O deputado António Leitão Amaro considera que o Governo legislou à medida do BPI com o diploma que facilita o fim de limites aos direitos de voto em bancos. E mesmo nesse objectivo pode ter falhado, segundo o PSD.

O Partido Social Democrata (PSD) defende que o Governo fez um decreto-lei para resolver um problema no Banco BPI. Mas pode nem conseguir cumprir o objectivo pretendido com essa aprovação. Mas o essencial, segundo António Leitão Amaro, é que o primeiro-ministro se colocou entre accionistas privados com essa actuação.

 

“Todos sabemos que, aqui há umas semanas, o país teve conhecimento de que o primeiro-ministro e o Governo se envolveram com interferências na relação entre accionistas de vários bancos portugueses”, disse, em conferência de imprensa no Parlamento, o deputado social-democrata Leitão Amaro. “Relações privadas entre accionistas privados de vários [bancos] e não apenas um”.

 

Em causa está o BPI, em que o Executivo mediou, através de Diogo Lacerda Machado, o conflito accionista entre o CaixaBank e a Santoro mas também outras entidades, segundo Leitão Amaro. O Expresso relacionou a solução no BPI com uma autorização dada a Isabel dos Santos para entrar no BCP (algo em que os analistas da bolsa também acreditavam).

 

Sobre o decreto-lei publicado esta quarta-feira, em que facilita o fim dos limites de direitos de voto em oito bancos, o deputado social-democrata reforçou as “dúvidas” (palavra que repetiu várias vezes): “É duvidoso o método de legislar uma lei, que é suposto ser geral e abstracta, para resolver um caso concreto”.

 

“Como se já não fosse preocupante um Governo que intervém [em assuntos privados], além disso, nem sequer os temas que procura resolver o faz de forma adequada”, adiantou ainda o deputado, defendendo que o diploma poderá não ser suficiente para resolver o impasse accionista no BPI. Contudo, Leitão Amaro não explicou em quê efectivamente. O decreto-lei, que foi promulgado pelo Presidente da República, dá a possibilidade às administrações de bancos de convocarem uma assembleia-geral que vote o fim de direitos de voto mas continua a ser necessária uma maioria qualificada para o conseguir(dois terços dos direitos de voto). 

 

Sem mencionar as críticas de Isabel dos Santos, a segunda maior accionista do banco que acusou o Governo de parcialidade e de favorecer o CaixaBank, António Leitão Amaro diz que foi o Executivo “que se colocou nessa situação”.

Este diploma, que na prática é uma alteração ao Regime Geral de Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, causou também tensão dentro do Governo, como relata esta quarta-feira a edição do jornal Público. Aliás, esta possibilidade ficou apenas aberta aos bancos, caindo a expectativa inicial de proceder a uma modificação ao Código de Valores Mobiliários, que iria afectar todas as empresas.

Banif: Banco de Portugal não convidou BPI para participar no concurso de venda, diz Ulrich

Quarta-feira, Janeiro 27th, 2016

Citamos

Dinheiro Digital

O presidente do Banco BPI revelou hoje que a entidade não foi convidada pelo Banco de Portugal para o concurso de venda voluntária do Banif, antes da resolução, pelo que também não pôde apresentar proposta após a intervenção pública.

«O processo de venda do Banif foi organizado pelo Conselho de Administração do Banif em articulação com as autoridades, e as entidades que concorreram foram convidadas a participar no processo e o BPI não foi», afirmou Fernando Ulrich.

Isto, depois de ter sido questionado sobre as razões que tinham levado o BPI a abdicar da tentativa de compra do Banif, durante a apresentação das contas de 2015.

“Agora não posso reconstituir a história, mas caso tivesse sido convidado, provavelmente não teria apresentado uma proposta”, disse o gestor.

E realçou: “Quando falhou a venda voluntária que estava em curso foi solicitado aos concorrentes que estavam nesse processo para participarem num novo. Apesar do BPI não ter sido convidado não era segredo que havia movimentos a correr”.

Ulrich deixou ainda a ideia de que os esforços que a equipa de gestão do BPI tem feito para resolver a questão do Banco de Fomento Angola (BFA) também não deram grande espaço para outras ‘aventuras’.

“Estamos tranquilos que seja o Banco Santander a ficar com as atividades do Banif”, garantiu, ainda que admitindo que tem preocupações com os impactos que esta resolução vai ter no Fundo de Resolução, bem como a do Novo Banco.

“Sobre o Banif, aquilo que é importante para os clientes é que o negócio esteja nas mãos de um grupo forte e sólido e o Santander é”, vincou.

Apesar da insistência dos jornalistas para que o líder do BPI explicasse quais são, no seu entendimento, as razões para o Banco de Portugal não ter convidado o banco para o processo de venda voluntária do Banif, Ulrich reiterou por várias vezes que não queria falar sobre o assunto.

Dinheiro Digital com Lusa