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Oitante sai do Banif Brasil com venda de posição a investidor

Sábado, Agosto 3rd, 2019

A Banif International Holdings vendeu a opção de compra da sua participação no Banif Brasil. Oitante e Banif Imobiliário eram as únicas credores do banco.

A Oitante “libertou-se” do Banif Brasil, um dos ativos do grupo fundado por Horácio Roque em maiores dificuldades. Não através da alienação do banco, como o Banif tentava há alguns anos, mas da venda de uma participação que ainda ligava o veículo liderado por Miguel Artiaga Barbosa a esta instituição financeira.

“A respeito do Banif Brasil, a Banif International Holdings celebrou um contrato em que vendeu a opção a um investidor para comprar a sua posição junto do Banif Brasil”, lê-se no relatório de gestão e contas de 2018 divulgado pela Oitante. Esta opção, adianta ainda, foi vendida por cerca de 6 mil dólares. Quanto ao investidor, cuja entidade não é revelada, este não pretende vender o banco. O objetivo é ficar a controlá-lo, conforme informações obtidas pelo Negócios.

O veículo que ficou com os ativos do Banif que o Santander Totta não quis comprar era um dos únicos credores da Banif International Holdings, em conjunto com a Banif Imobiliário. Neste sentido, “o valor de venda dessa opção reverteu a favor da Oitante e da Banif Imobiliária, recebendo cada uma delas 3,5 mil dólares e 2,5 mil dólares, respetivamente”, adianta a empresa liderada por Miguel Artiaga Barbosa. “Consequentemente, em 2019 a Oitante e a Banif Imobiliária deram por encerrados os seus créditos junto do Banif Brasil e da Banif International Holdings”, refere ainda.

A Oitante fechou, assim, a sua exposição ao Brasil, algo que já tentava concretizar há alguns anos. Fonte da Oitante explica que a “exposição da Oitante ao Brasil era composta por algumas operações creditícias de diferentes graus de subordinação a diferentes entidades relacionadas com o Banif Brasil. No final do ano passado as últimas exposições foram eliminadas”.

Esta foi a solução encontrada depois das várias tentativas de venda do Banif Brasil, ao mesmo tempo que a unidade estava em liquidação. “Paralelamente a este processo [de liquidação], mantiveram-se os esforços no sentido de poder vender a instituição, num processo assessorado pela KPMG Brasil, que efetuou igualmente uma ‘seller’s due diligence’ [auditoria para facilitar a venda], embora sem sucesso até agora”, lia-se no relatório e contas do Banif relativo a 2016. Tendo em conta a falta de sucesso, a estratégia passou por “vender um conjunto de ativos e passivos que permita acelerar materialmente o processo de liquidação, embora não excluindo a possibilidade de venda do banco a médio prazo”, indicava o mesmo documento.

A liquidação ordinária do Banif Brasil foi decidida em maio do ano passado pelo Banco Central do Brasil. Isto na sequência de um pedido do Banif, dono de 100% da entidade.

Banco do Banif no Brasil está em liquidação mas há tentativas de venda

Segunda-feira, Novembro 19th, 2018

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Negócios

O Banif Brasil entrou em liquidação, como a casa-mãe, em Portugal. Contudo, ainda há tentativas para vender o seu negócio.

O Banif Brasil está em liquidação mas, em Portugal, o accionista – que se encontra num processo idêntico – está a tentar encontrar compradores para os seus activos.

A liquidação ordinária do Banif Brasil foi decidida a 2 de Maio pelo Banco Central do Brasil (Bacen), a pedido do Banif, seu dono a 100%. Isto depois de ter sido acordado um plano de resgate à instituição financeira para extinguir o seu passivo bancário. Houve, antes disso, duas tentativas de venda falhadas.

De qualquer forma, a comissão liquidatária do Banif em Portugal está a tentar encontrar comprador para aquela operação. “Paralelamente a este processo [de liquidação], mantiveram-se os esforços no sentido de poder vender a instituição, num processo assessorado pela KPMG Brasil, que efectuou igualmente uma ‘seller’s due diligence’ [auditoria para facilitar venda], embora sem sucesso até agora”, aponta o relatório e contas do Banif, relativo a 2016, mas que tem dados sobre factos posteriores.

Tendo em conta a falta de sucesso, “a estratégia reorientou-se no sentido de vender um conjunto de activos e passivos que permita acelerar materialmente o processo de liquidação, embora não excluindo a possibilidade de venda do banco a médio prazo”, adianta.

Segundo informações obtidas pelo Negócios, há a possibilidade de a venda do Banif Brasil ocorrer ainda este ano. O Banif em Portugal antecipa a perda total do investimento nesta entidade.

O Banif Brasil foi um dos activos do grupo fundado por Horácio Roque que se encontrava em maiores dificuldades, até por contingências legais que chegaram a ser alvo de auditoria pelo supervisor. Jorge Tomé, na comissão de inquérito ao Banif, chegou a dizer que a instituição brasileira merecia “quase outra comissão de inquérito”.

Miguel Alçada: “Já estão em estudo soluções para capitalizar o Banif Brasil”

Domingo, Agosto 28th, 2016

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Económico

O presidente do Banif, “banco mau”, disse ao Económico, que em concertação com o Ministério das Finanças, com o Banco de Portugal e com o Banco Central do Brasil estão a procurar uma solução que evite a liquidação do Banif Brasil. “Esperamos ter uma solução a curto prazo para recapitalizar o banco”, diz Miguel Alçada.

“O Banif Portugal, o Ministério das Finanças, o Banco de Portugal e o Banco Central do Brasil estão concertados para encontrar uma solução que evite a liquidação do Banif Brasil”, disse ao Económico o presidente do Banif que ficou com os activos maus do banco que era da família Roque.

O Banif Brasil encontra-se numa situação complicada em termos de capitais e Miguel Alçada confessa que “o único obstáculo à capitalização do banco tem sido o facto de o Banif Portugal, na sequência da medida de resolução que foi aplicada no fim do ano passado, estar impedido de investir num aumento de capital do seu banco do Brasil”.

Mas quis tranquilizar os clientes garantindo que “estão em estudo soluções criativas que permitirão recapitalizar o banco”, disse ao mesmo tempo que adianta que “espera uma solução no curto prazo”.

O tema foi noticiado pelo Económico, o banco central do Brasil começou a apertar a exigência de provisões ao Banif Brasil depois de ter falhado a venda ao BTG Pactual.

“Os pressupostos teóricos da notícia estão correctos, mas não está decidida a liquidação e vamos tentar evitá-la”, disse o presidente do banco mau do Banif.

Ao Económico Miguel Alçada realça “o trabalho excelente do Conselho de Administração do Banif Brasil presidido pelo Dr. Gladstone, que foi nomeado pelo Dr. Jorge Tomé, e que tem feito um trabalho notável na recuperação e saneamento do Banif Brasil”.

Miguel Alçada faz questão de salientar que “até agora não há razões para alarme por que há soluções em estudo para recapitalizar o banco”.

“Quero deixar uma mensagem de tranquilidade e confiança a todos os clientes do banco no Brasil”

“Com Horácio Roque não estaríamos provavelmente aqui”

Terça-feira, Maio 31st, 2016

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Observador

Antigo gestor do Banif diz que a morte do fundador foi um golpe brutal, mas sublinha que Horácio Roque queria crescer sempre. Hoje admite que o banco devia ter parado para consolidar.

A morte inesperada de Horácio Roque, o fundador do Banif, em 2010, “foi uma fatalidade terrível” para o banco, admitiu esta terça-feira o antigo presidente e administrador financeiro.

Carlos Duarte de Almeida, que esteve no Banif mais de 20 anos, testemunhou que o desaparecimento de Horácio Roque foi um problema adicional para o banco, a somar a todos os problemas que afetavam já a banca nacional. “Perdemos o nosso líder e o maior acionista de forma brutal e durante vários meses faltou orientação estratégica”, afirmou na comissão de inquérito ao Banif.

“Com ele ao nosso lado, outras soluções teriam sido analisadas e não estaríamos provavelmente aqui”, num inquérito parlamentar onde se discute a resolução do Banif.

Apesar de destacar o papel decisivo de Horácio Roque na criação do grupo Banif, que nasceu de uma caixa económica falida, admitiu também que terá havido um excesso de ambição no crescimento. “Havia a ambição de crescer sempre. O grupo tornou-se demasiado grande e demasiado complexo e tinha de parar dois anos para consolidar esse crescimento”.

Olhando agora para trás admite que essa paragem deveria ter sido feita ente 2008 e 2010.

Mas o antigo gestor do Banif que Horácio Roque queria tornar o grupo num grande banco nacional, “era difícil convencê-lo a fazer um Stop and Go”. Roque queria que o Banif deixasse de ser o maior dos pequenos bancos, para passar a ser o mais pequeno dos grandes bancos.

Carlos Duarte de Almeida, que foi administrador financeiro durante vários anos e presidente executivo após a morte de Horácio Roque reconheceu também fragilidades na estratégia do Banif.

O elevado valor do crédito em risco, a exposição ao setor imobiliário e as dificuldades de consolidação de centenas de participações, foram fatores referidos, mas o antigo gestor assinala que o banco cresceu do nada, ao contrário de outras instituições que cresceram por aquisições. E para crescer teve de apostar nas margens do sistema bancário onde o risco é maior.

Duarte de Almeida foi questionado sobre as falhas e irregularidades detetadas na auditoria forense desenvolvida pela Deloitte a pedido do Banco de Portugal. O relatório que incide sobre 36 operações de decididas entre 2007 e 2012 identificou várias falhas na concessão de crédito, designadamente ao nível da atribuição de créditos e negociação de condições e juros, contra a recomendação do analista de risco. Outra das falhas identificada teve que ver com o incumprimento do limite da concessão de crédito a partes relacionadas, acionistas e empresas do grupo.

 Joaquim Paulo, responsável por esta auditoria, ouvido também está terça-feira, revelou que estes empréstimos foram aprovados pela comissão executiva do Banif. Duarte de Almeida, que foi administrador financeiro sem o pelouro do crédito, desconhece as irregularidades que terão sido apontadas por esta auditoria que ficou concluída em 2014. E lembra que há outros fatores que pesam na concessão e renegociação de crédito.

Nega ainda que o Banif tivesse alçapões e esqueletos no armário. Destaca contudo que o banco tinha uma elevada exposição ao imobiliário. Ainda que essa carteira tivesse um grau significativo de colaterais, a crise no imobiliário desvalorizou os imóveis dados como garantia e obrigou a reconhecer um nível crescente de imparidades (perdas).

Sobre as irregularidades detetadas no Brasil e que levaram a uma inspeção do Banco de Brasil, o gestor diz que foram uma surpresa. Mas apesar de reconhecer a sua gravidade, perdeu-se cerca de 30% da carteira de crédito, desvaloriza o impacto dos problemas do Banif Brasil no grupo Banif. E realça que 50% das provisões que o Banco do Brasil obrigou a fazer foram já anuladas.

Carlos Duarte de Almeida saiu da presidência executiva do Banif em 2012, tendo sido substituído por Jorge Tomé. Justifica a sua saída com a convicção de que o “Grupo Banif para mim era o comendador Horácio Roque”. Por outro lado, a herança manifestou a vontade expressa de cortar com o passado e relançar o banco com outras perspetivas.

Reconheceu igualmente que deixou uma herança difícil à nova gestão que teve de recorrer a uma capitalização pública em 2013.

Banif Brasil era “banco em que tudo funcionava bem”. Até haver “situações de ocultação”

Terça-feira, Maio 31st, 2016

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Negócios

“Foi uma das maiores surpresas da minha vida”, disse Carlos Duarte de Almeida, ex-CEO do Banif, em relação às irregularidades detectadas no Brasil. E critica as considerações feitas por Jorge Tomé. 

A antiga gestão do Banif em Portugal tem dificuldades em perceber o que se passou na unidade do banco no Brasil. Era uma instituição em que tudo funcionava bem.

“Não consigo explicar e quero dizer que foi uma das maiores surpresas da minha vida”, declarou na comissão parlamentar de inquérito ao Banif Carlos Duarte de Almeida, o presidente executivo do Banif após a morte de Horácio Roque, em 2010, e que ficou no cargo até 2012, quando entrou Jorge Tomé em funções.

Segundo o antigo CEO, o Banif no Brasil era um “banco em que tudo funcionava bem e tinha tudo em ordem”. Mas depois surgiu “um conjunto de operações” em que os factos “têm muito que ver com situações de ocultação, que impediram que qualquer das entidades que normalmente fazem [a fiscalização], incluindo o próprio conselho de administração, não conseguissem efectuar as suas funções”.

O Banco Central do Brasil investiga as alegadas irregularidades na instituição, tendo também uma acusação contra o conselho de administração, por não ter cumprido o dever de fiscalização sobre a equipa de gestão. Em 2012, entrou uma nova equipa de gestão no banco no Brasil, substituindo a equipa de António Júlio Rodrigues, que encontrou um “conjunto de situações que indiciavam práticas de gestão alegadamente irregulares e várias operações registadas incorrectamente ou não registadas nos livros”. Havia ainda dispensas de avales pessoais e não registo de hipotecas.

As operações de “ocultação” foram “objecto, no final de 2012, de uma ampla e profunda auditoria interna, que viria a confirmar as irregularidades, que serviria de base ao relatório do Banco Central do Brasil, no final de 2013, bastante penalizador pelo elevado número de provisões que obrigava a constituir”, defendeu. Nesse relatório, a directoria executiva foi acusada das irregularidades; a administração não executiva, de que fazia parte Carlos Duarte de Almeida e Joaquim Marques dos Santos, foi acusada de não ter “fiscalizado adequadamente os actos praticados pela directoria local”.

“Uma situação totalmente inesperada e mesmo inexplicável”, frisou Carlos Duarte de Almeida, no Banif desde 1988 até 2012.

Contradição de Duarte Almeida face a Jorge Tomé

“Uma gestão – diria – dolosa”, afirmou Jorge Tomé na sua audição na comissão de inquérito – aliás, o último CEO do banco disse mesmo que o “dossiê Banif justifica quase outra comissão de inquérito”.

Na audição desta terça-feira, 31 de Maio, Carlos Duarte de Almeida remeteu para Jorge Tomé mais esclarecimentos sobre os problemas no Brasil porque foi no seu mandato que tudo foi investigado. Além disso, contrariou o que foi dito por Tomé.

Segundo Jorge Tomé, apenas 10% do crédito concedido pela unidade brasileira é recuperável. O resto foi consumido pelas reservas que se tiveram de constituir para precaver imparidades decorrentes das perdas com os empréstimos concedidos, defendeu.

Duarte de Almeida recusa. E com muita distância. “Diria que não foi 10%. Foi cerca de 70% a 75% do valor que existia à data do final de 2011”.

 

“Nunca chegou ao BdP informação de que havia problemas no Brasil”, diz vice-governador

Quinta-feira, Abril 21st, 2016

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Observador

Os problemas no Banif Brasil nunca foram comunicados ao Banco de Portugal pelo seu homólogo brasileiro, revelou no parlamento o vice-governador do supervisor português, sublinhando que só foram detetados durante uma auditoria em 2012.

Os problemas no Banif Brasil nunca foram comunicados ao Banco de Portugal (BdP) pelo seu homólogo brasileiro, revelou no parlamento o vice-governador do supervisor português, sublinhando que só foram detetados durante uma auditoria em 2012.

“O Banif Brasil era supervisionado pelo banco central brasileiro. Nunca chegou ao BdP informação nenhuma de que havia problemas no Brasil”, afirmou Pedro Duarte Neves durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

“Em 2012, uma auditoria da PricewaterhouseCoopers permitiu detetar imparidades” na operação brasileira, realçou o responsável, apontando para um valor na ordem dos 180 milhões de euros.

Pedro Duarte Neves vincou que este exercício foi feito “antes da recapitalização pública”, ocorrida no início de 2013 e que levou o Estado português a injetar 1.100 milhões de euros no Banif.

BANIF BRASIL com 12 milhões de euros de prejuizo

Terça-feira, Agosto 25th, 2015

Citamos:

http://economico.sapo.pt/noticias/banif-brasil-com-prejuizo-de-12-milhoes-de-euros_227000.html

O Banif Brasil, uma das subsidiárias do banco que está em reestruturação com vista à venda, acumulou no primeiro semestre deste ano um prejuízo de 49,3 milhões de reais (12 milhões de euros), segundo o relatório e contas semestral do banco publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e citado pelo site Portugal Digital. No mesmo período do ano passado o Banif Brasil tinha tido um lucro de 5,2 milhões de reais (1,3 milhões de euros.

A deterioração do resultado aconteceu num contexto de emagrecimento da actividade do Banif no Brasil, cujo activo diminuiu 11% no primeiro semestre, para mil milhões de reais (243 milhões de euros), enquanto o crédito líquido baixou 14%, para 302 milhões de reais (74 milhões de euros) e os recursos de clientes desceram 3%, para 690 milhões de reais (168 milhões de euros).

O produto bancário do Banif Brasil passou de 31,6 milhões de reais (7,7 milhões de euros) em Junho de 2014 para um produto negativo de 8,2 milhões de reais (2 milhões de euros) em Junho de 2015. Os capitais próprios do banco português no mercado brasileiro desceram 21%, para menos de 162 milhões de reais (35 milhões de euros).

No contexto da sua reorganização, o Banif Brasil diminuiu o quadro de empregados de 127 para 95 funcionários no espaço de um ano, apesar de o número de pontos de venda ter permanecido o mesmo (cinco).

Iniciada em Setembro de 2012, a reestruturação do Banif no Brasil previa a venda de algumas operações.

No seu relatório e contas do primeiro semestre o banco português explica que este processo incluiu no mês de Julho uma operação que só terá impacto nas contas do segundo semestre e do final do ano 2015.

A operação assentou na venda de mais de 25 mil contratos de crédito, um negócio que permitiu ao Banif Brasil receber de imediato 290 milhões de reais (70,7 milhões de euros). O banco realça que isso permite reforçar a sua liquidez, melhorar o equilíbrio entre activos rentáveis e passivos e gerar relevantes resultados contabilísticos. Além disso, a operação irá reduzir as despesas do Banif com a gestão desses contratos.

Durante o primeiro semestre deste ano o Banif viu um dos seus executivos ser preso no Brasil. Allan Simões Toledo, que era director executivo da área comercial e de banca de investimento do Banif Investment Banking, em São Paulo, foi detido no início de Junho no âmbito de uma investigação sobre uma organização criminosa especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Em termos consolidados o Banif teve de Janeiro a Junho um lucro de 16 milhões de euros, que compara com um prejuízo de quase 98 milhões de euros no mesmo período do ano passado. O Banco deverá concluir a venda do Banif Malta até ao fim de Outubro, na corrida estão dois interessados que são fundos norte-americanos e do médio oriente.

Para trás ficou a proposta da Omada Capital que esteve a negociar a compra da unidade em Malta do Banif.

Banif volta a dar lucro no Brasil

Segunda-feira, Maio 4th, 2015

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Portugal Digital

O banco português teve um resultado positivo de R$ 8 milhões no mercado brasileiro no ano passado. É a primeira vez que o Banif Brasil dá lucro desde 2011. A melhoria resulta da venda de ativos, redução de pessoal e regularização de operações de crédito.

Lisboa – O banco português Banif apresentou esta segunda-feira as suas contas anuais relativas a 2014 e pela primeira vez desde 2011 o grupo conseguiu ter um resultado líquido positivo na sua operação brasileira. O Banif atribui a melhoria no resultado à reestruturação que foi feita nos últimos anos no seu negócio no Brasil.

“O Banif Brasil SA registou em 2014 o primeiro exercício superavitário desde 2011, reflexo das medidas de reorganização da operação e da reestruturação e renegociação de ativos do banco adotadas pela nova equipa de gestão, desde setembro de 2012”, informou o banco português.

Com cinco agências no Brasil, o Banif fechou 2014 com um lucro de R$ 8 milhões no mercado brasileiro, um resultado que beneficiou da regularização de operações de crédito, que permitiu reverter provisões que tinham sido constituídas anteriormente.

Por outro lado, o Banif Brasil ganhou em 2014 com a concretização da venda de ativos imobiliários, registando mais-valias superiores a R$ 17,1 milhões, ao mesmo tempo que reduziu despesas administrativas e de pessoal no valor de R$ 15,5 milhões.

Segundo as contas agora publicadas, o Banif terminou 2014 com 120 trabalhadores no Brasil, menos 53 do que no ano anterior.

O Banif Brasil encerrou o ano passado com um ativo líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão, sendo que as operações de crédito no balanço caíram de R$ 905 milhões para R$ 509 milhões. Já os depósitos de clientes recuaram de R$ 807 milhões em 2013 para R$ 719 milhões em 2014.

Apesar da melhoria do desempenho no Brasil, globalmente o grupo Banif teve em 2014 um ano de prejuízo, com perdas de 295 milhões de euros, depois de em 2013 o Banif já ter contabilizado prejuízos de 470 milhões de euros.

Além de Portugal e do Brasil, o Banif tem outras operações internacionais, em que se incluem Cabo Verde (com 17 agências), Espanha (105 pontos de atendimento) e Malta (12 balcões).

 

Banif Primus cria banco de investimento no Brasil

Terça-feira, Junho 29th, 2004

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Público

O banco Banif Primus criou uma unidade de investimentos no Brasil, o Banif Investment Banking, com a concentração de actividades antes reunidas no banco comercial, disse hoje o responsável pela empresa no Brasil.

Pedro Pinto Coelho disse à Lusa que a medida faz parte de uma reestruturação das actividades do Banif Primus com o objectivo de melhorar o atendimento aos clientes.

“Queremos atender todo o mercado, mas o nosso foco mais permanente serão as empresas do segmento médio e de capital aberto de todos os sectores da economia”, referiu Pedro Pinto Coelho.

O Banif Investment Banking actuará nos segmentos de fusões e aquisições, lançamento de acções, captação de recursos e na gestão de riscos, com uma equipa de quatro analistas de mercado contratada do Banco Bradesco.

“Este é mais um projecto que demonstra claramente que o grupo Banif está no Brasil para ficar”, disse o responsável pela nova unidade do banco português.

Pedro Pinto Coelho adiantou igualmente que com a redução das taxas de juros no Brasil haverá uma migração dos investimentos aplicados actualmente em renda fixa para o mercado bolsista, como aconteceu nos anos 90 em Portugal.

O responsável disse que 2004 será um “ano de transição” para aplicação da nova estrutura do Banif Investment Banking.

“Com a saída de vários bancos estrangeiros do mercado brasileiro e com a melhoria do cenário económico no Brasil, existe um espaço de actuação no desenvolvimento do mercado de capitais”, disse o responsável.

Na área comercial – o Banif Primus – permanecem as operações estruturadas de crédito e as de crédito para comércio externo.

O Banif Investment Banking tem actualmente cerca de 70 funcionários que ficarão responsáveis pela corretora e pela administradora de recursos de terceiros.

O grupo português Banif iniciou as operações no Brasil em 1999, quando adquiriu 75 por cento do capital do Banco Primus, instituição especializada no sector de investimentos e localizada no Rio de Janeiro.

Desde então, o Banif Primus escolheu desenvolver a actividade nos mercados de câmbios e de comércio externo, além de investir nas áreas de tesouraria e de “private banking”.

Actualmente, a instituição controla o portal EconoFinance, especializado na gestão de fundos de investimento e na comercialização de outros produtos financeiros, como seguros, cartões e linhas de crédito.

No Brasil, o Banif Primus mantém representações no Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Barueri, município da região metropolitana da capital.