Archive for the ‘Banif Banco de Investimento’ Category

Banif Investimento muda de nome: passa a ser Bison Bank

Quarta-feira, Novembro 28th, 2018

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Eco

Banif Investimento muda de nome: passa a ser Bison Bank

“É com base na ligação privilegiada ao mercado asiático que o Bison Bank irá distinguir-se das restantes entidades financeiras no nosso país”, refere a instituição.

Bison Bank é a nova designação do Banif – Banco de Investimento que é lançada nesta segunda-feira em Portugal, estando focado nos segmentos de ‘wealth management’, gestão de ativos e banca de investimento, anunciou o Bison Capital Financial Holdings.

Em comunicado, os chineses da Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited, que adquiriram a parte do Banif que estava na Oitante, destacam que “é com base na ligação privilegiada ao mercado asiático que o Bison Bank irá distinguir-se das restantes entidades financeiras no nosso país”, em “especial neste atual contexto em que Portugal se posiciona como o segundo país europeu que mais investimento chinês recebe, quando ponderado pela sua dimensão económica”.

Segundo adianta, o banco irá “servir ainda como ponte financeira entre a Ásia, Europa e vice-versa: “Os nossos objetivos passam por criar uma ligação intercontinental sólida entre os continentes asiático e europeu apoiando um fluxo constante de ligações que aproximam os mercados de investidores em todo o mundo”.

“Com esta aquisição e o lançamento do Bison Bank iremos apoiar clientes asiáticos interessados em investir e expandir a atividade internacionalmente, bem como investidores internacionais interessados na China”, refere a presidente não-executiva do Bison Bank, Lijun (Lily) Yang, citada no comunicado.

A proposta dos chineses, cujo valor não foi divulgado, foi apresentada como “aquela queapresentava as condições mais favoráveis à maximização da venda” da instituição.

No final de junho deste ano, o Banco de Portugal anunciou que pediu o início da liquidação judicial do Banif, na sequência da revogação pelo Banco Central Europeu da autorização para o exercício da atividade de instituição de crédito.

Em dezembro de 2014, o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal, o que levou a que muitos clientes se viessem a afirmar como lesados por aquela instituição bancária.

Entre os lesados estão cerca de 3.500 obrigacionistas, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, mas também das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros.

Além destes, há ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

Parte da atividade do Banif foi adquirida pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que este comprador não adquiriu.

Desde a resolução do Banif, investidores do banco têm andado em ‘luta’ por uma solução que os compense pelas perdas.

Ex-banco do Banif passa a Bison e muda-se para antiga sede do CaixaBI

Terça-feira, Novembro 13th, 2018

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Negócios

Banco Bison: é esta a marca que os chineses pediram para registar em Portugal. O banco de investimento está em mudanças. Falta chegar a nova presidência, mas a sede já foi alterada.

Os chineses do grupo Bison vão alterar a marca da unidade de investimento do Banif, que adquiriram em Julho. Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o pedido de registo aponta para a absorção do nome do accionista.

Foi em Agosto que foi feito o pedido, por parte da Bison Capital Holding Company Limited, para o registo de uma marca nacional: Banco Bison. Neste momento, aguarda eventuais oposições ao pedido, com data prevista para o fim deste período em 4 de Dezembro.

Até aqui, os chineses da Bison Capital têm-se referido ao Banif – Banco de Investimento pelas suas iniciais: BBI. O banco não esteve disponível para responder às questões sobre a marca.

Neste momento, a entidade aguarda ainda a chegada do novo presidente executivo. O Jornal Económico noticiou que Pedro Cardoso, ex-líder do Banco Nacional Ultramarino, banco da CGD em Macau, é o presidente executivo proposto. Entretanto, o Eco noticiou, na semana passada, que o Banco de Portugal fez pedidos de esclarecimentos adicionais sobre os nomes propostos para o conselho de administração. Nem o supervisor nem a instituição financeira fizeram comentários sobre o tema.

Neste momento, o conselho de administração do BBI, que tem quatro membros, é presidido por Lijun Yang. O mandato compreende-se entre 2018 e 2021.

Quanto ao conselho fiscal, o órgão responsável por vigiar a gestão executiva do banco, conta com três elementos, sendo liderado por Issuf Ahmad. Este foi o gestor escolhido, em 2014, pelo governo de Passos Coelho para liderar o conselho fiscal do Banif, na sequência da injecção estatal.

O banco foi intervencionado em Dezembro de 2015 e a maioria dos activos transmitidos para o Santander Totta, com uma parcela a passar para a Oitante e ainda uma parte residual a ficar no Banif SA. O banco de investimento ficou no veículo Oitante, que chegou a acordo para a venda aos chineses em 2016, mas que só em 2018 obteve autorização do Banco Central Europeu para fechar a transacção.

Mudam-se para antiga sede do CaixaBI
Desde que assumiu o controlo do BBI, o grupo Bison tem feito várias mudanças. Desde logo, procedeu a um aumento de capital de 41 milhões de euros.

A sede também mudou: agora é na Rua Barata Salgueiro, n.º 33, piso 0, Lisboa, segundo o Portal de Justiça. Este é o imóvel que, no início do ano, foi vendido pela Caixa Geral de Depósitos por um montante em torno de 20 milhões de euros. Era aqui que estava instalada a unidade de investimento do banco público, que, no âmbito do plano de reestruturação, passou para a sede da Caixa Geral, na Avenida João XXI, também na capital.

Estado pode voltar a entrar no capital do banco de investimento do Banif

Domingo, Agosto 5th, 2018

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Eco

Em causa está um regime especial de ativos por impostos diferidos, que permite a entrada do Estado no capital dos bancos como contrapartida.

Estado pode voltar a ter capital do banco de investimento do Banif (BBI), que foi vendido pela Oitante ao grupo chinês Bison Capital. Em causa está um regime especial de ativos por impostos diferidos, que permite a entrada do Estado no capital dos bancos como compensação por este benefício.

O regime, criado em 2014 e ao qual o banco aderiu nesse ano, quando fazia parte do grupo Banif, permite converter determinados ativos por impostos diferidos em créditos tributários. Para tal, têm de emitir direitos de conversão a favor do Estado que, desta forma, pode mais tarde entrar no capital das instituições financeiras.

Desta forma, com os direitos de conversão, o Estado poderá incorporar as reservas especiais, tornando-o acionista. Segundo declarações do Ministério das Finanças ao Jornal de Negócios, “os direitos de conversão atribuídos ao Estado pelo Banif – Banco de Investimento, SA, ao abrigo da Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto, encontram-se depositados numa conta de títulos da Direção-Geral do Tesouro e Finanças junto do Banco de Portugal“.

BCE em vias de aprovar a venda do Banif BI aos chineses

Quinta-feira, Junho 14th, 2018

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Jornal Económico

BCE em vias de aprovar a venda do Banif BI aos chineses

 

O supervisor vai aprovar a venda do Banif BI ao chineses da Bison Capital depois de terem passado no teste do controlo ao branqueamento de capitais.

A Bison Capital tinha de garantir o cumprimento de requisitos, designadamente no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais, para poder adquirir o banco de investimento do antigo Banif à Oitante e passou no teste do BCE, soube o Jornal Económico junto de fonte familiarizada com o assunto.

O Banco Central Europeu (BCE), quando avalia pedidos de aquisição de participações qualificadas de bancos da zona euro, um dos requisitos é o rastreio à origem dos fundos, no âmbito do controlo ao branqueamento de capitais. O BCE precisava que o Bison Capital apresentasse garantias do cumprimento de regras relativas à prevenção do branqueamento de capitais, semelhantes às que existem no mercado europeu.

O Mecanismo Único de Supervisão do BCE, que tem que autorizar a compra de participações qualificadas em bancos europeus, colocou também exigências ao nível do governance e outros remédios à sociedade de Hong Kong. A Bison Capital apresentou esses remédios que foram analisados pelo BCE.

Worx vende escritório do Banif ib nas Amoreiras

Quinta-feira, Maio 18th, 2017

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Negócios

A operação foi concretizada por 4,5 milhões de euros, sendo que do lado comprador esteve uma “family office” portuguesa.

A Worx anunciou esta segunda-feira que foi a consultora imobiliária responsável pela venda dos escritórios do Banif ib (antigo banco de investimento do Banif), localizados no 15.º piso da Torre 3 das Amoreiras.

De acordo com o comunicado, o negócio foi fechado por 4,5 milhões de euros, sendo que do lado comprador esteve uma “family office” portuguesa, que a mesma fonte não identifica.

“O escritório possui uma área bruta de construção de 1.400 m2 (…) e está actualmente arrendado a uma start-up portuguesa, operação pela qual a consultora, através do seu departamento de Agency, foi também responsável”, refere o comunicado. Pedro Valente, do departamento de Capital Markets da Worx, diz que a consultora encontrou “o inquilino certo, para um espaço único”.

O banco de investimento do Banif, que após a resolução do banco foi integrado na Oitante, foi já vendido à sociedade chinesa Bison Capital.

Banif Banco de Investimento vende piso nas Amoreiras por 4,5 M€

Quinta-feira, Maio 18th, 2017

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Diário do Imobiliário

A consultora imobiliária Worx representou o Banif Banco de Investimento no processo de venda do 15º piso da Torre 3 das Amoreiras, a um Family Office Nacional. O escritório possui uma área bruta de construção de 1.400 me  fica situado numa das zonas mais centrais da cidade de Lisboa.

O espaço encontra-se actualmente arrendado a uma start-up portuguesa, operação pela qual a consultora, através do seu departamento de Agency, foi também responsável.

Pedro Valente do departamento de Capital Markets da Worx refere que “a consultora foi numa primeira fase responsável pelo arrendamento, tendo encontrado o inquilino certo, para um espaço único. E agora realizou a operação de venda. Esta conjugação permitiu acrescentar muito valor ao imóvel. O nosso cliente conseguiu maximizar o seu valor de venda. Faz parte da cultura da Worx atuar lado a lado com os seus clientes, enquanto advisor e parceira dos mesmos. Desta forma, conseguimos encontrar as melhores soluções para os imoveis, através de nossa equipa multidisciplinar”.

Banif: o administrador que era contra a venda aos pequenos investidores

Quinta-feira, Dezembro 22nd, 2016

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TVI com som

Este gestor demitiu-se do cargo na véspera do aumento de capital e a TVI teve acesso a um email onde recusa qualquer responsabilidade na operação de 2013

Mais de 16 mil pequenos investidores acorreram ao aumento de capital do Banif em julho de 2013. O banco precisava de dinheiro para devolver a ajuda estatal, nesse dia, entraram nos cofres do Banif 100 milhões de euros.

“Como vocês repararam pelos números foi um grande sucesso. Tivemos procura bastante superior à oferta”, disse o ex-presidente do Banif, Jorge Tomé, a 29 de julho de 2013.

Foi um sucesso. A procura foi tanta que só não foram colocados mais milhões porque não havia mais para colocar. Nesse mês, o Banif também vendeu obrigações que renderam ao banco mais 60 milhões.

Dois anos e meio depois tudo ficou reduzido a nada.

Um desfecho que ninguém podia prever ou talvez pudesse. Ainda o Banif preparava a venda das ações e havia já quem antevisse problemas.

Vasco Pinto Ferreira era administrador do Banif Banco de Investimento e preferiu demitir-se.

Para que não restassem dúvidas, fez questão de deixar escrito que não aprovava o que estava prestes a acontecer.

No dia 4 de julho, um dia antes de o prospeto ser tornado público, Pinto Ferreira enviou um email.

Os destinatários foram Jorge Tomé, presidente da comissão executiva, Vitor Farinha Nunes, o vice-presidente, Nuno Roquette Teixeira, o administrador financeiro do banco, e ainda João Paulo Almeida, responsável pelo planeamento e contabilidade, e Bruno Jesus, o secretário-geral.

Neste email, a que a TVI teve acesso, o assunto é claro: a emissão de ações e obrigações, que o banco se prepara para fazer. A operação ia avançar contra a sua vontade. A única opção era deixar o Banif.

Atendendo a que, em momento anterior ao envio desta correspondência, eu renunciei ao cargo de vogal do conselho de administração do Banif Banco de Investimento, promitente intermediário financeiro das referidas ofertas públicas, venho, pela presente, expressamente declarar que não aprovei o conteúdo do draft atual do prospeto e, como tal, me exonero de todas e quaisquer responsabilidades legais, civis ou outras, relacionadas com a realização das citadas ofertas”.

O gestor exigiu e o Banif escreveu uma carta onde o exonera de quaisquer responsabilidades, com efeito imediato.

E é assim que Vasco Pinto Ferreira sai de cena. De costas voltadas com a restante administração do banco. No email não há nenhuma explicação para este “lavar de mãos” do antigo administrador do Banif Banco de Investimento, mas a TVI sabe que Pinto Ferreira era contra a venda de ações a particulares, naquele momento, e, sobretudo, nas circunstâncias em que o banco se encontrava. O gestor considerava que o Banif estava a trair a relação de confiança com os pequenos investidores que eram também, muitos deles, clientes do banco.

Os reguladores que não viram problemas

Já os reguladores não viram nenhum problema na operação.

Na perspetiva do Banco de Portugal não temos responsabilidade pela autorização do prospeto. Fomos informados previamente e considerámos que o prospeto contemplava a maior contingência. E se contemplava a maior contemplava as outras que poderiam ocorrer”, assegurou o Governador, Carlos Costa a 5 de abril de 2016.

Ou seja, os alertas estavam lá. Quem investiu no Banif, fê-lo por sua conta e risco. Nesse ano o banco fez várias emissões, e todos os prospetos passaram pelo crivo da CMVM.

Em todas elas [emissões], tivemos oportunidade de confirmar, a informação foi adequada a todas referiam os riscos decorrentes ao plano de recapitalização e reestruturação, de uma eventual operação de resolução ou mesmo liquidação”, frisou posteriormente, a 13 de abril de 2016, Carlos Tavares, presidente da CMVM.

Pinto Ferreira, pelo contrário, considerava que os alertas de risco que estavam no documento não eram suficientemente claros para os investidores não qualificados.

Mas esta discordância não chegou a ser comunicada aos reguladores antes do aumento de capital. Nem pelo antigo administrador, nem pelo próprio Banif.

Confrontado pela TVI, o regulador do mercado de capitais esclarece que:

A saída do administrador em causa e de mais quatro administradores foi comunicada à CMVM pelo Banif Banco de Investimento apenas como uma decisão tomada pelo banco no quadro do plano de reestruturação, que se traduziu na redução do número de administradores de 9 para 5. Essa informação foi divulgada pelo Banif através do comunicado publicado no site da CMVM em 30 de agosto de 2013″.

Ou seja, um mês depois do aumento de capital.

O Banco de Portugal soube ainda mais tarde.

Posteriormente à realização da operação, foi comunicado, no dia 30 de setembro, pelo Banif Banco de Investimento ao Banco de Portugal a renúncia do dr. Vasco Pinto Ferreira ao cargo de vogal do conselho de administração”, disse.

Quando tomou finalmente conhecimento da saída, o supervisor quis saber porquê.

Na sequência desta diligência do Banco de Portugal, o dr. Vasco Pinto Ferreira apresentou as razões que tinham motivado a renúncia ao cargo de administrador do Banif Banco de Investimento, as quais estiveram relacionadas com o aumento de capital de julho de 2013″.

O Banco de Portugal ainda analisou a situação, mas “não foram identificadas situações que suscitassem preocupações prudenciais”.

A TVI contactou também Vasco Pinto Ferreira mas o gestor recusou prestar qualquer esclarecimento.

Os pequenos investidores não foram os únicos a subir a bordo antes de o barco ir ao fundo. Em agosto de 2013, o Banif revelou a entrada de novos acionistas. Um grupo de empresários injetou mais de 40 milhões de euros no banco. Ilídio Pinho, Estevão Neves, Dionísio Pestana e Avelino Farinha, entre outros, também eles viriam a perder tudo em dezembro de 2015, quando o banco chegou ao fim.

Banif ib: um banco que perdeu 86% do activo em cinco anos

Quinta-feira, Novembro 10th, 2016

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Negócios

O banco de investimento do Banif perdeu 86% do activo líquido nos últimos quatro anos. A margem caiu para 10 vezes menos.

 

Chineses ficam com o banco de investimento do Banif

Sexta-feira, Agosto 12th, 2016

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TVI

Valor do negócio não foi divulgado. Nova dona, Bison Capital, compromete-se a injetar 10 milhões de euros. Em janeiro, o BBI já tinha passado para a sociedade-veículo no âmbito da resolução do Banif. Nessa altura foi realizado um aumento de capital

A Oitante anunciou hoje que vendeu o Banif – Banco de Investimento (BBI) à Bison Capital, sem revelar o montante do negócio, e que a nova dona do banco se comprometeu a injetar 10 milhões de euros na entidade.

“A Oitante selecionou a proposta apresentada pela Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited, por ser aquela que apresentava as condições mais favoráveis à maximização da venda do BBI, incluindo a oferta de um valor de compra superior ao valor contabilístico dos capitais próprios do BBI”, anunciou a sociedade-veículo que ficou com os ativos ‘problemáticos’ do Banif no âmbito da resolução, sem adiantar o valor da alienação.

Em janeiro, o Banif – Banco de Investimento, que já tinha passado para a sociedade-veículo Oitante no âmbito da resolução do Banif, realizou um aumento de capital de 29,4 milhões de euros, ficando com um capital próprio de 114,4 milhões de euros.

Ainda na informação hoje divulgada sobre a venda do Banco de Investimento do ex-Banif, a Oitante acrescenta que a Bison Capital “comprometeu-se a aumentar o capital social do BBI no valor de 10 milhões de euros no prazo de um ano a contar da efetiva transmissão das ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas”.

A Oitante estava a tentar alienar o BBI desde abril e, na semana passada, a 03 de agosto, celebrou um contrato de compra e venda de ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas com a Bison Capital tendo em vista a alienação da sua participação no BBI, que correspondia a 100% do capital.

“As condições para a entrada em vigor do contrato foram, no dia 9 de agosto, verificadas na sua totalidade, encontrando-se agora a efetiva transmissão das ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas dependentes da obtenção das autorizações regulatórias aplicáveis”

A 20 de dezembro do ano passado, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif.

Parte dos ativos do banco passaram para Santander Totta por 150 milhões de euros e foi criada a sociedade-veículo Oitante para a qual foi transferida parte dos ativos que o Totta não quis, caso da Açoreana Seguros, que foi comprada recentemente pela Tranquilidade, ou o Banif – Banco de Investimento, agora alienado.

Já no Banif S.A. – o banco mau – ficaram as posições dos acionistas e obrigacionistas subordinados do Banif e as operações que o banco tinha no Brasil e em Cabo Verde.

Patris e Cabot Square na corrida ao Banif Banco de Investimento

Segunda-feira, Junho 13th, 2016

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Económico

A venda do banco de investimento pela Oitante já vai na segunda fase. A N+1 escolheu uma short-list onde estão incluídos a Cabot Square (que está prestes a concluir a compra da Montepio Crédito) e a Patris. Os candidatos irão fazer as propostas vinculativas até 30 de Junho.

A Patris, de Gonçalo Pereira Coutinho, e a Cabot Square – que esteve na corrida ao Activo Bank (e que entretanto deixou de estar à venda pelo BCP) e que está em fase final de conclusão da compra do Montepio Crédito – estão na segunda fase do processo de compra do Banif Banco de Investimento, soube o Económico.

A boutique financeira N+1, que é quem está a montar a operação de venda do banco que está na esfera da Oitante, escolheu uma short-list para a segunda fase da venda do banco de investimento que foi do Banif, disse fonte familiarizada com o processo.

Nessa lista estarão ainda a Oak Tree, a Centerbridge e um grupo chinês, mas não foi possível obter confirmação destes interessados.

As propostas vinculativas têm de ser entregues até 30 de Junho.

Para além da espanhola N+1, a Oitante tem a assessoria jurídica da Linklaters.

A Patris tem protagonizado algumas aquisições nos últimos anos, tendo comprado a Real Vida, a corretora Fincor, a BPN Gestão de Activos. Esteve também na corrida ao Efisa, mas foi escolhida a sociedade Pivot SGPS do grupo Aethel Partners.

A Cabot Square, gestora de fundos inglesa, está na fase final, segundo fontes, das negociações para ficar com o Montepio Crédito.  A Cabot Square tem na sua carteira o BPN Crédito (agora 321 Crédito) e esteve na corrida à compra do ActivoBank do BCP, mas o banco liderado por Nuno Amadoanunciou que desistia da venda.

O banco de investimento que está a ser vendido tem capitais próprios acima de 20 milhões de euros, depois de um aumento de capital (de 29,4 milhões) feito no âmbito da Resolução do Banif – para compensar os impactos da saída da instituição do perímetro do Banif. O reforço foi feito através da conversão de dívida e de depósitos – o Banif Banco de Investimento ficou com um capital social de 114,4 milhões de euros.

Desse aumento de capital feito em Janeiro, cerca de 15 milhões de euros corresponderam a dívida emitida pela instituição e que estava na carteira do Banif, mas que passou para a Naviget (que depois passou a chamar-se Oitante) no contexto da medida de Resolução aplicada ao banif em Dezembro do ano passado, uma vez que o Santander Totta recusou ficar com as operações intra-grupo. Os restantes 14,44 milhões de euros resultaram da conversão de depósitos que esse veículo tinha no banco de investimento e que herdou do Banif.

A Oitante tem no seu universo de activos para vender sociedades como o Banif Gestão de Activos; o Banif Fundos de Investimento Imobiliários; a Gamma – Sociedade de Titularização de Créditos; a Banif Capital de Risco e a Banif Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

A Companhia de seguros Açoreana foi vendida ao fundo norte-americano Apollo, processo que está na fase de aprovação pelas autoridades.

Há algumas propostas para a compra da Gamma, sociedade de titularização de créditos, nomeadamente a do Santander Totta que ficou com o negócio bancário que era do Banif, banco comercial. Pois a maior parte dos créditos titularizados pela Gamma foram originados no Banif.

A Oitante, cujo Conselho de Administração é liderado por Miguel Barbosa.

As mais-valias da venda dos activos da Oitante revertem para o Fundo de Resolução e não para o Estado. Porque o veículo de gestão de activos só podia ser constituído pelo Fundo de Resolução em ambiente de Resolução.

Na Comissão de Inquérito ao Banif, António Varela, ex-administrador do banco por conta do Estado, disse que era expectável que o encaixe da venda de activos acima do valor que foi injectado pelo Fundo de Resolução, 489 milhões de euros, venha a ser canalizado para amortizar o custo do Estado com a Resolução. “Será encontrada uma solução para canalizar o restante encaixe para o Estado”, disse o ex-gestor do Banif e ex-administrador do Banco de Portugal (que se demitiu este ano) na CPI ao Banif.