Archive for the ‘África do Sul’ Category

Insegurança e Banif preocupam emigrantes

Terça-feira, Novembro 28th, 2017

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Diário de Notícias da Madeira

Presidente da Casa da Pretória não esconde a apreensão que se vive na comunidade

A comunidade madeirense radicada na África do Sul vive dias de profundo nervosismo. A transição política prevista para acontecer na liderança do partido (ANC) que governa este país, a onda de criminalidade que sobe a cada dia que passa e que coloca os madeirenses em sobressalto, mas em especial a resolução do Banif, são motivos de preocupação. A perda de milhões de euros em poupanças está a retrair investimentos na Madeira.

Samuel da Silva, presidente da Casa de Pretória da Madeira não esconde que os conterrâneos estão a perder esperança em voltar a ter os fundos que investiram em obrigações e em acções na instituição de crédito: “As pessoas sentem-se bastante magoadas e quando se fala em investir ou voltarem a investir, toda a gente olha com muita apreensão e nem quer saber de falar”.

O dirigente natural da Boaventura afirmou que não espera uma “palavra de apoio” do presidente do Governo Regional porque “já passei por umas poucas festas e reuniões onde estiveram líderes madeirenses, quer municipais, quer do governo, e não vejo nada acontecer. Bem sei que não está muito nas mãos do Governo da Madeira, agora, acho que o governo deveria fazer um esforço suplementar para que as coisas fossem resolvidas”, expressou à margem da celebração do Magusto que se realiza anualmente no Lar Rainha Santa Isabel.

“As pessoas trabalharam vidas inteiras, colocaram as suas poupanças e aconteceu isto”, expressou ainda Miguel Albuquerque que tinha comparecido para a festa. Nada que impedisse de o empresário de sucesso lembrar que, “sempre organizamos festas, o assunto vem sempre à baila”.

De resto, a insegurança é outro tema de conversa: “Vive-se com grande apreensão com o sistema político, mas a criminalidade a comunidade madeirense é um alvo fácil, porque é fácil roubar um negócio ou assaltar um supermercado. “Já se viveu mais difíceis, mas estamos a passar um momento difícil”, atestou.

“Fizemos tudo” no Banif

Confrontado pelo DIÁRIO perante a insatisfação que a comunidade madeirense regista perante a falta de soluções num retorno das poupanças, Miguel Albuquerque afirmou que o seu executivo “fez tudo o que estava ao nosso alcance e demos todo o apoio, e continuamos a dar”.

  

 

Lesados do Banif angariam reclamações de emigrantes na África do Sul

Quinta-feira, Junho 15th, 2017

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RTP

A angariação de mais reclamações de lesados do Banif emigrantes na África do Sul é o motivo da deslocação ao país, entre 20 e 27 deste mês, de representantes da Associação dos Lesados do Banif – ALBOA, anunciou a associação.

Em comunicado, a associação explica que “uma parte muito significativa” dos lesados do Banif se situa nas comunidades portuguesas da África do Sul, Venezuela e Costa Leste dos EUA.

A delegação da ALBOA vai ainda promover na África do Sul sessões de esclarecimento sobre vendas fraudulentas (“misselling”), e recolher reclamações a fim de serem entregues na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A ALBOA já entregou na CMVM cerca de mil reclamações, mas acredita existirem “muitos outros casos” por denunciar.

As sessões de esclarecimento na África do Sul estão marcadas para 21 de junho na Casa Social da Madeira em Pretória e a 26 na Associação Portuguesa da Cidade do Cabo.

Há uma semana, a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, disse no parlamento que “não tem evidência de que tenha havido más práticas que pudessem violar o enquadramento legal da comercialização de instrumentos”, nem “nenhum elemento que recaia no `misselling` ou informação falsa”.

Ainda assim, a responsável ressalvou que poderá haver “novos elementos” que alterem essa conclusão, nomeadamente das mais de 1.000 queixas enviadas por clientes do Banif que se consideram lesados.

Em 15 de fevereiro, a associação que representa os lesados do Banif (ALBOA) começou a organizar sessões públicas pelo país para sensibilizar os clientes que se sentem lesados a enviarem para a CMVM reclamações que provem terem sido enganados pelo banco.

A ALBOA representa 3.500 obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no processo de venda do banco ao Santander, bem como 4.000 obrigacionistas da Rentipar (`holding` através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

O Santander Totta adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Lesados do Banif da África do Sul podem ter que pagar impostos

Quarta-feira, Junho 8th, 2016

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Diário de Notícias da Madeira

Direcção da associação foi à Quinta Vigia receber apoio do presidente do Governo Regional

Os emigrantes da África do Sul que eram clientes do Banif e que terão aplicado dinheiro nas obrigações subordinadas do ex-banco, poderão ter de vir a pagar os impostos e possíveis multas pelo Estado sul-africano, se ficar concluído que saíram com dinheiro do país sem o declarar.

A confirmação desta situação foi dada pelo presidente da Associação dos Lesados do Banif (Alboa), que liderou uma comitiva que esteve ao final da manhã reunida com o presidente do Governo Regional da Madeira. Segundo Jacinto Silva isso é um problema que, não tendo a ver directamente com a associação e os seus propósitos, foi conhecido agora.

Segundo o jornalista da TVI, que questionou o responsável sobre o tema haverá já um pedido feito pelo Estado sul-africano no sentido de o Estado português disponibilizar a lista de lesados do Banif que declararam ter residência naquele país, com vista a confrontar com os factos. No entanto, oficialmente, ainda não há nada de concreto.

Actualmente serão cerca de 3.500 lesados do Banif com obrigações subordinadas ‘presas’ no processo, ascendendo a 263 milhões de euros. No caso dos lesados das obrigações subordinadas da Rentipar (sociedade criada para gerir a participação das filhas de Horácio Roque no Banif) serão mais 65 milhões de euros, sem esquecer os cerca de 40 mil detentores de acções do Banif, cerca de 25 mil da Madeira.

Da reunião com Miguel Albuquerque, em que esteve presente o secretário regional das Finanças e da Administração Pública, Rui Gonçalves, os membros da Alboa receberem todo o apoio no sentido de ser encetada conversa com o Santander, pressionar o Governo da República, para que a situação possa ser desbloqueada o mais rapidamente possível, dada a situação de desespero de muitas das pessoas.

Miguel Albuquerque salientou que em Fevereiro transmitiu a ideia de criação de uma associação que representasse os lesados institucionalmente, frisando que há a “possibilidade de haver uma aproximação entre a salvaguarda dos intereses do banco (Santander) e os dos detentores de obrigações subordinadas”, tendo informação que a situação das IPSS já foi resolvida a bem.

O governante espera que antes do verão seja resolvida a situação, já que muitos emigrantes virão nesta altura de férias, alguns “em situação periclitante do ponto de vista económico e social”, inclusive há quem, na Madeira, já esteja a receber apoio financeiro da Segurança Social porque ficou sem qualquer rendimento.