Archive for the ‘Açores’ Category

Sindicato dos Quadros Bancários exorta a resolução de problemas dos lesados do Banif

Terça-feira, Outubro 30th, 2018

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Açoriano Oriental

O presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) exortou à resolução dos problemas em torno dos lesados do Banif, lamentando a “desproporção gigantesca” no tratamento do caso por comparação com o problema do BES.

“A coisa mais importante para restabelecer a confiança é resolver o tema dos lesados do Banif. Há uma desproporção gigantesca entre a capacidade da República portuguesa ter resolvido o tema dos lesados do BES e a incapacidade dessa mesma República de ser solidária e resolver o problema dos lesados do Banif”, vincou Paulo Marcos.

O sindicalista falava em Ponta Delgada, nos Açores, num encontro com jornalistas a propósito da vinda de uma delegação do SNQTB à região autónoma.

O Banif foi adquirido pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, em 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Neste processo, estão cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados e acionistas que perderam 263 milhões de euros, havendo ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, maioritariamente da Madeira e Açores.

Nos Açores, Paulo Marcos diz ter apelado ao presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, para que a União dos Sindicatos Independentes esteja representada no futuro Conselho Económico e Social da Região Autónoma dos Açores, formalizado na sequência de uma proposta do Governo Regional.

O presidente do SNQTB admitiu que hoje “os Açores têm menos emprego bancário que há oito ou nove anos, mas a perda líquida”, vincou, “é muito menor que noutras regiões portuguesas”.

“É preciso dar o mérito a quem tem o mérito. Acho que os dirigentes políticos e económicos açorianos conseguiram mitigar em grande parte, até hoje, este fenómeno de alteração dos centros de capital e decisão para outras geografias, e também a disrupção tecnológica”, assinalou ainda.

CDS-PP/Açores quer que solução adotada no BES seja extensiva aos lesados do BANIF

Quarta-feira, Fevereiro 15th, 2017

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Açoriano Oriental

O CDS-PP/Açores defendeu que a solução desenhada para os lesados do BES seja também adotada para os lesados do Banif.

“Com a crise que se instalou, mais de um milhar de açorianos com contas e depósitos no Banif saíram gravemente lesados”, afirmou o líder regional do CDS-PP, Artur Lima, que entregou na Assembleia Legislativa dos Açores um projeto de resolução.

No documento, os centristas recomendam ao Governo Regional, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, que “promova todas as diligências necessárias junto do primeiro-ministro e do ministro das Finanças no sentido de ser adotada” para os açorianos lesados do Banif a mesma solução do BES.

Artur Lima, líder parlamentar do CDS-PP na Assembleia Regional, criticou o Governo Regional que acusa de ser “demasiado passivo” nesta matéria, ao contrário, por exemplo, “do Governo da Madeira que, já em setembro de 2016, enviou ao primeiro-ministro uma proposta para resolução dos problemas dos lesados do Banif”.

Confrontado com as críticas do CDS, o presidente do Governo dos Açores saudou o facto de o CDS “ter chegado a este assunto” passado “mais de um ano da resolução do Banif”, destacando que, nesta matéria, os centristas também têm responsabilidades.

“Se o Governo do qual o CDS fez parte tivesse tratado deste assunto com maior cuidado, maior celeridade e mais responsabilidade, nós não teríamos neste momento os problemas que temos para resolver, nomeadamente em termos de lesados do Banif nos Açores”, salientou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano garantiu, por outro lado, estar a trabalhar com o Governo da República de “forma célere” na procura de uma “solução para os lesados do Banif”, escusando-se a comentar o projeto de resolução do CDS-PP/Açores.

Os centristas açorianos entendem que a resolução do problema passa pela criação de um fundo, que faça um empréstimo a dez anos aos lesados, permitindo que estes sejam “ressarcidos até 75% dos investimentos” que efetuaram em obrigações do Banif. Os restantes 25% seriam cobertos através de um “crédito fiscal concedido pelo Estado”.

“A solução que se preconiza para os lesados do Banif é semelhante à que o Governo da República apresentou aos lesados do BES”, adianta o líder regional do CDS-PP.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif — Banco Internacional do Funchal, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Em fevereiro do ano passado, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com Vasco Cordeiro, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

Segundo a Associação dos Lesados do Banif, serão cerca de mil os lesados do antigo banco nos Açores em obrigações subordinadas, com valores de cem milhões de euros.

Lesados do Banif dos Açores querem ser ressarcidos na mesma dimensão do caso BES

Quarta-feira, Fevereiro 15th, 2017

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Expresso

O responsável pela delegação dos Açores da Associação dos Lesados do Banif, Carlos Presunça, diz que o cenário ideal é receber todo o dinheiro que puseram no banco e perderam

O responsável pela delegação dos Açores da Associação dos Lesados do Banif disse este sábado que estes devem ser ressarcidos dos seus valores tal como aconteceu no caso do BES, não podendo haver “dois pesos e duas medidas”.

“Não estou a referir-me a igualdade de percentagens, mas se vão ressarcir os lesados do BES também têm que o fazer em relação aos lesados do Banif, em termos que vamos negociar”, declarou à agência Lusa Carlos Presunça.

O responsável disse que o cenário ideal para os lesados do Banif era “receber o que pusemos lá”, referindo, no seu caso específico, que “já basta perder os juros”.

“Quero receber todo o meu dinheiro, que não foi roubado. E o dinheiro que todas as pessoas investiram nas poupanças, que fizeram ao longo da vida, é mais do que justo ser devolvido”, referiu.

Carlos Presunça explicou que os lesados vão “tornar a fazer uma reclamação” para comprovar que não foram “investidores qualificados”.

“Fomos aforradores comuns, conservadores. Cerca de 90% destas pessoas nem sabem o que é comprar ações ou seja o que for em produtos em bolsa”, referiu o responsável, que acrescentou estar a CMVM convicta de que os lesados “não foram enganados no que compraram”.

No caso específico dos Açores, Carlos Presunça estima que estejam em causa mil lesados.

Em dezembro, os lesados manifestaram a expectativa de que o Governo da República encontre uma solução em 2017, depois da solução encontrada no ano passado no caso do Banco Espírito Santo (BES).

“A minha expectativa era que a solução fosse resolvida até ao fim do ano, mas é impossível, não é? Vamos a ver em 2017. Acho que sim, que há todas as condições para se resolver. Tem de se resolver”, afirmou Carlos Presença à agência Lusa, acrescentando que sempre achou que “enquanto o caso BES não fosse resolvido, ninguém iria resolver o caso Banif”.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif – Banco Internacional do Funchal com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos, incluindo ‘tóxicos’, para a nova sociedade veículo.

Em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

Desde o início de 2017 que o grupo de trabalho dos lesados do papel comercial se reúne regularmente para operacionalizar a solução encontrada no final do ano passado para compensar os mais de 4.000 clientes que investiram, aos balcões do BES, 434 milhões de euros em papel comercial das empresas Espírito Santo Financial e Rio Forte, do Grupo Espírito Santo (GES), poucos meses antes do colapso deste.

Os clientes que aceitem o mecanismo proposto irão recuperar 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros.

Já acima desse valor, irão recuperar 50% do valor investido.

Empresários açorianos queixam-se do pós-Banif

Quarta-feira, Fevereiro 15th, 2017

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Diário de Notícias da Madeira

O presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), Sandro Paim, acusou ontem o Santander Totta de encerrar contas correntes caucionadas de dezenas de empresários açorianos, alertando que a medida provocará graves problemas de tesouraria.

“Na sequência da integração do Banif no Santander Totta, estão a extinguir-se contas correntes caucionadas de um momento para o outro, sem que haja qualquer incumprimento dos empresários”, afirmou Sandro Paim.

Segundo o responsável, à Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, que representa empresários das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, já chegaram cerca de uma dezena de queixas, mas haverá mais empresários na mesma situação.

O banco deu um ultimato até ao final do mês para que os empresários encerrem as contas correntes caucionadas, uma modalidade em que é atribuído um limite de crédito, que pode ser utilizado de acordo com as necessidades de tesouraria da empresa, sem qualquer plano de amortizações definido.

De acordo com o presidente da CCAH, a entidade bancária sugeriu como alternativa a contracção de empréstimos de longo prazo com taxas de juro “perfeitamente estranguladoras”.

“Corremos o risco de haver um conjunto de empresários muito asfixiados e com problemas de tesouraria”, salientou.

O presidente da associação empresarial considerou ainda que a entidade bancária “não está a desempenhar um papel de alavancar a economia regional”, num momento em que já se começa a assistir a uma retoma e existem vários incentivos ao investimento disponíveis.

Para Sandro Paim, os Açores necessitam de mais bancos de proximidade para que haja um maior crescimento económico, investimento e capacidade de criar emprego.

“O valor de crédito concedido a empresas e particulares decresceu 30% nos últimos seis anos. São muitas centenas de milhões de euros que deixaram de circular nos Açores”, frisou.

Contactada pela Lusa, fonte do Santander Totta disse que o banco está “a acompanhar as situações referidas” e tem “a preocupação de propor sempre soluções de reestruturação que permitam fazer face às situações colocadas”.

Em 20 de Dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

O Banif era o sétimo maior grupo bancário português e líder de mercado nos Açores e na Madeira.

Vasco Cordeiro pede “cuidado” com expectativas de lesados do Banif

Quarta-feira, Janeiro 4th, 2017

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TSF

Presidente do Governo Regional dos Açores garante “confiança” numa solução e sublinha que os “argumentos” usados para resolver situação de lesados do BES serve “de sobremaneira” para os do Banif.

Mais de um ano depois da resolução do Banif e cerca de duas semanas depois de o Governo socialista ter anunciado uma solução para os lesados do Banco Espírito Santo, Vasco Cordeiro continua a garantir que está confiante numa solução.

De passagem por Lisboa, para uma audiência – a primeira depois de ter sido reeleito – de apresentação de cumprimentos ao primeiro-ministro, o presidente do Governo Regional dos Açores não revelou os detalhes da conversa com António Costa, mas assegurou, no entanto, que o trabalho, ainda que sem prazo limite definido, está a ser feito pelo Executivo.

“Há um trabalho que está em curso. Não há, neste momento, um calendário que, em boa verdade, deva ser fixado, mas há um trabalho muito aturado que está a ser desenvolvido”, afirmou, acrescentando “ser preferível” que exista um “particular cuidado” com as “expectativas” dos clientes lesados.

Nesse sentido, Vasco Cordeiro defende que, depois de ver anunciada a uma solução para os lesados do BES, deve ser seguido um exemplo semelhante para os clientes lesados no âmbito do Banif.

“Todos aqueles que foram os argumentos invocados para um solução do BES aplicam-se de sobremaneira no caso dos lesados do Banif, num caso em que muitas pessoas perderam todas as poupanças de uma vida”, sublinhou, garantindo que o assunto não vai ser esquecido pelo Governo Regional

O Governo da República apresentou em dezembro o mecanismo que, segundo o Executivo liderado por António Costa, irá permitir minorar as perdas dos cerca de 4000 clientes do BES que compraram papel comercial do GES (Grupo Espírito Santo).

António Costa recebe lesados do Banif nos Açores

Segunda-feira, Junho 27th, 2016

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Observador

António Costa e o presidente do PS, Carlos César, receberam em Ponta Delgada um grupo de lesados do Banif que se juntou no exterior do Teatro Micaelense, onde decorrem as jornadas parlamentares.

O primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PS, Carlos César, receberam esta segunda-feira, em Ponta Delgada, um grupo de lesados do Banif que se juntou no exterior do Teatro Micaelense, onde decorrem as jornadas parlamentares do Partido Socialista.

O líder parlamentar do PS na Assembleia da República e ex-presidente do Governo Regional dos Açores Carlos César dirigiu-se ao exterior do edifício e, acompanhado pelo grupo de 17 pessoas, acedeu ao interior, onde decorreu a reunião com António Costa, que, no final, não prestou declarações aos jornalistas.

Carlos Presunça, da delegação dos Açores da Associação dos Lesados do Banif (Alboa), explicou que foi pedido ao primeiro-ministro que “intercedesse junto do presidente da Santander” para receber a associação no sentido de serem iniciadas as negociações com o banco.

“Não há até agora negociações, há apenas intenções e nunca houve por parte do Santander uma abertura para nos sentarmos a conversar”, disse Carlos Presunça.

Segundo o responsável, o primeiro-ministro “ficou de se inteirar junto do senhor presidente do Santander” sobre a “demora” nas negociações do banco com os lesados.

“Não nos adiantou mais nada, ouviu as nossas reclamações e concordou em ir falar diretamente com o senhor presidente do Santander, que era o que nós precisamente estávamos à espera”, adiantou Carlos Presunça.

Questionado sobre se transmitiu ao chefe do Governo que a “impaciência” está a tomar conta de lesados do Banif, o responsável declarou que foram expostos dois casos “em que isso é patente”, sendo um “gravíssimo” relativo a saúde e outro de um lesado com “80 e muitos anos de idade” que viu “transformado dinheiro num produto de uma obrigação vitalícia”.

Na sexta-feira, a PSP impossibilitou a entrada de lesados do Banif em agências do Santander Totta, em Ponta Delgada, Açores, onde queriam reclamar no respetivo livro, durante uma manifestação que começou e terminou na delegação do Banco de Portugal.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif — Banco Internacional do Funchal, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

“O banco Santander Totta não tem nenhuma obrigação relativamente a essas obrigações subordinadas. De acordo com a resolução, de acordo com tudo aquilo que ficou estipulado, o banco Santander Totta não é o titular dessas obrigações e por força de não ser o titular dessas obrigações também não é responsável por elas”, disse António Vieira Monteiro na ocasião.

A Alboa representa clientes que investiram em obrigações do Banif e da Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação no Banif), assim como em ações do banco.

PSP proíbe a entrada de manifestantes nas agências do Santander

Sexta-feira, Junho 24th, 2016

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Diário de Notícias

A PSP impossibilitou hoje a entrada de lesados do Banif em agências do Santander Totta, em Ponta Delgada, Açores, onde queriam reclamar no livro para esse efeito, durante uma manifestação que começou e terminou na delegação do Banco de Portugal.

Empunhando cartazes onde se lia “De que serve poupar, mais vale roubar”, “Queremos as nossas poupanças” e “No roubar é que está o ganho”, clientes do antigo Banif concentraram-se primeiro junto à delegação do Banco de Portugal, onde à porta estavam três agentes da PSP.

Ali, as várias dezenas de manifestantes gritaram “Queremos o nosso dinheiro”, com um deles a sugerir forçar a entrada nas instalações do regulador porque a PSP “não ia dar um tiro a toda a gente”.

Aquelas palavras de ordem repetiram-se ao longo do percurso que levou os lesados ao antigo edifício-sede do Banif, agora do Santander Totta, e a mais duas agências deste banco na cidade.

No primeiro caso, o balcão estava encerrado, embora com polícia à porta, enquanto nos dois outros agentes da PSP colocaram-se à entrada, impossibilitando que os manifestantes acedessem ao interior das agências, onde queriam, todos, pedir o livro de reclamações.

Aos jornalistas, Carlos Presunça, da delegação dos Açores da Associação dos Lesados do Banif (Alboa), entidade organizadora do protesto, lamentou a situação, dizendo que os clientes queriam “entrar apenas para fazer uma reclamação no livro de reclamações do banco”.

“Ninguém estava aqui para fazer mal a ninguém”, garantiu, dizendo que o objetivo era reclamar por que é que a associação ainda não foi recebida pelo Santander Totta e os lesados não têm direito a receber os juros dos produtos subscritos no antigo Banif.

Considerando que o protesto, que decorreu de forma pacífica, visou mostrar “a indignação das pessoas que, de um momento para o outro, ficaram sem os seus haveres”, Carlos Presunça declarou que houve “três tentativas de contacto com o Santander Totta para fazer um acordo de conversações”, mas sem sucesso.

“O que nos resta, e contrariamente àquilo que eles [Santander Totta] nos tinham pedido, é andar com ações de luta deste género”, declarou.

Entre os manifestantes ouviram-se palavras de revolta pela ausência de resolução, como as de José Carlos Vieira, de 69 anos, que aufere uma reforma de 379 euros, que “já não cresce para a farmácia”.

“É no que resta de uma poupança que se vai buscar” o dinheiro para equilibrar as contas do final do mês, disse, explicando que há dias que não consegue dormir, também por saber que não consegue aceder a 60 mil euros que investiu em obrigações no Banif.

E à pergunta como vai fazer quando a poupança acabar, a mulher de José Carlos, Maria Angelina, responde de imediato: “Vamos roubar”.

A Alboa representa clientes que investiram em obrigações do Banif e da Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação no Banif), assim como em ações do banco.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

MRA sessão de esclarecimento nos Açores com lesados do Banif

Sexta-feira, Junho 10th, 2016

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correio dos açores 24 de maio de 2016

Lesados do Banif da África do Sul podem ter que pagar impostos

Quarta-feira, Junho 8th, 2016

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Diário de Notícias da Madeira

Direcção da associação foi à Quinta Vigia receber apoio do presidente do Governo Regional

Os emigrantes da África do Sul que eram clientes do Banif e que terão aplicado dinheiro nas obrigações subordinadas do ex-banco, poderão ter de vir a pagar os impostos e possíveis multas pelo Estado sul-africano, se ficar concluído que saíram com dinheiro do país sem o declarar.

A confirmação desta situação foi dada pelo presidente da Associação dos Lesados do Banif (Alboa), que liderou uma comitiva que esteve ao final da manhã reunida com o presidente do Governo Regional da Madeira. Segundo Jacinto Silva isso é um problema que, não tendo a ver directamente com a associação e os seus propósitos, foi conhecido agora.

Segundo o jornalista da TVI, que questionou o responsável sobre o tema haverá já um pedido feito pelo Estado sul-africano no sentido de o Estado português disponibilizar a lista de lesados do Banif que declararam ter residência naquele país, com vista a confrontar com os factos. No entanto, oficialmente, ainda não há nada de concreto.

Actualmente serão cerca de 3.500 lesados do Banif com obrigações subordinadas ‘presas’ no processo, ascendendo a 263 milhões de euros. No caso dos lesados das obrigações subordinadas da Rentipar (sociedade criada para gerir a participação das filhas de Horácio Roque no Banif) serão mais 65 milhões de euros, sem esquecer os cerca de 40 mil detentores de acções do Banif, cerca de 25 mil da Madeira.

Da reunião com Miguel Albuquerque, em que esteve presente o secretário regional das Finanças e da Administração Pública, Rui Gonçalves, os membros da Alboa receberem todo o apoio no sentido de ser encetada conversa com o Santander, pressionar o Governo da República, para que a situação possa ser desbloqueada o mais rapidamente possível, dada a situação de desespero de muitas das pessoas.

Miguel Albuquerque salientou que em Fevereiro transmitiu a ideia de criação de uma associação que representasse os lesados institucionalmente, frisando que há a “possibilidade de haver uma aproximação entre a salvaguarda dos intereses do banco (Santander) e os dos detentores de obrigações subordinadas”, tendo informação que a situação das IPSS já foi resolvida a bem.

O governante espera que antes do verão seja resolvida a situação, já que muitos emigrantes virão nesta altura de férias, alguns “em situação periclitante do ponto de vista económico e social”, inclusive há quem, na Madeira, já esteja a receber apoio financeiro da Segurança Social porque ficou sem qualquer rendimento.

 

Banif: Declarações da Comissão Europeia são de “requintada hipocrisia”

Quarta-feira, Junho 8th, 2016

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Observador

O presidente do Governo dos Açores afirmou ser uma “requintada hipocrisia” as declarações da Comissão Europeia, que admitiu que o Banif poderia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável.

O presidente do Governo dos Açores afirmou ser uma “requintada hipocrisia” as declarações da Comissão Europeia, que admitiu que o Banif poderia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável.

“A leitura que o Governo Regional faz de uma declaração deste tipo e das outras declarações que a nível nacional se sucederam em relação a esta matéria é de uma requintada hipocrisia”, afirmou Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, Açores, após ter recebido representantes da Associação de Defesa dos Lesados do Banif (Alboa).

Para Vasco Cordeiro, “toda a gente sabe que a partir de 01 de janeiro de 2016 a consequência que poderia existir para depositantes, fruto da entrada em vigor da legislação comunitária, seria muito mais gravosa caso aquilo que aconteceu em dezembro tivesse acontecido em janeiro, fevereiro ou março”.

“Declarações dessas, na minha opinião, são também uma forma de brincar com a situação de quem foi afetado pela resolução do Banif”, acrescentou o chefe do executivo açoriano, referindo que a crítica é dirigida “desde logo à Comissão Europeia” e a “quem servir o barrete”.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Na passada quinta-feira, a Lusa noticiou que a Comissão Europeia admitiu que o Banif podia ter continuado em reestruturação em 2016 desde que houvesse um plano viável, em vez da resolução que foi decidida, referindo que essa decisão coube às autoridades portuguesas.

Esta informação consta das respostas enviadas pela Comissão Europeia aos eurodeputados do PSD e nas quais é repetido por diversas vezes que é competência das autoridades nacionais determinar a resolução de um banco em situação de insolvência e que o que cabe à Comissão Europeia é assegurar “que todas as medidas estão em conformidade com as regras da UE, incluindo as regras relativas aos auxílios estatais”.

Vasco Cordeiro acrescentou que esta situação “leva no próximo dia 20 seis meses e, portanto, começa a ganhar uma urgência bastante grande”.

 “Não estamos a falar de uma situação de especuladores, estamos a falar de uma situação de pessoas, de açorianos desde logo, que puseram as poupanças de uma vida de trabalho numa determinada instituição, que em muitos casos não tinham os conhecimentos dos produtos financeiros que lhes permitissem ajuizar convenientemente o risco”, declarou.

Referindo não existir uma obrigação legal de o Santander Totta “resolver esta questão”, o presidente do Governo Regional salientou, contudo, que “há essa disponibilidade que não pode ficar empatada por força da intervenção de outras entidades, como por exemplo reguladores”.

Para Vasco Cordeiro, “esta matéria está no fundo a arrastar-se um pouco” e “seria conveniente para todos que não se arrastasse, a começar pelos lesados do Banif”.

A associação Alboa representa clientes que investiram em obrigações do Banif e da Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação no Banif), assim como em ações do banco.

Em fevereiro, o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta disse, nos Açores, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, que estava a ser estudada a situação dos clientes do ex-Banif subscritores de obrigações subordinadas, que totalizam 3.500 em todo o país com valores de 263 milhões de euros.

Segundo o presidente da Alboa, Jacinto Silva, serão cerca de mil os lesados do ex-Banif nos Açores em obrigações subordinadas, com valores de cem milhões de euros.