Archive for Julho, 2019

Credores do Banif “perdem” 2 milhões para saberem quanto (e se) podem recuperar

Sexta-feira, Julho 26th, 2019

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Expresso

O Banif caiu a 20 de dezembro de 2015. As perspetivas de recuperação são residuais. Mas há uma esperança num ressarcimento por via da legislação das intervenções bancárias. Que está para aparecer há anos

São mais de 2 milhões de euros aqueles de que os credores do Banif têm de abdicar para saberem se, e em que percentagem, vão ser ressarcidos pela queda da antiga instituição financeira sediada no Funchal. E ainda nem sabem quando é que vão ter essa informação.

À luz da legislação europeia, já transposta para o enquadramento nacional, os credores de um banco que foi alvo de uma medida de resolução, como aconteceu nos casos do BES e do Banif em Portugal, não podem sair mais prejudicados do que, se na data daquela medida, os bancos tivessem, em alternativa, entrado logo em liquidação.

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Oitante aumenta lucros. Já reembolsou metade da dívida

Quarta-feira, Julho 17th, 2019

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Eco

Oitante aumenta lucros. Já reembolsou metade da dívida

Sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif já reembolsou 48,4% do montante inicial de dívida. Até ao final do mês, dívida paga chegará a 57,7%.

A Oitante, sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif, lucrou 33,2 milhões de euros em 2018, um aumento de 10% face aos 30,1 milhões de 2017.

De acordo com um comunicado da empresa, ao qual a Lusa teve acesso, a Oitante adianta ainda que reembolsou 181 milhões de euros da sua dívida, que desceu 32% face a 2017.

“O valor de redução da dívida em 2018 iguala a redução atingida nos exercícios conjuntos de 2016 e 2017. A Oitante reembolsou assim, desde a sua constituição em dezembro de 2015, até ao final de 2018, 361 milhões de euros, isto é, 48,4% do montante inicial de dívida“, indica o comunicado da sociedade.

Segundo a Oitante, no final deste mês “o volume total da dívida já reembolsada desde a sua constituição chegará aos 57,7%”.

Os capitais próprios da empresa também aumentaram, tendo subido 88% para 78,7 milhões de euros face a 2017, enquanto os impostos pagos foram de 2,8 milhões de euros, indica o comunicado.

Em termos de reduções de carteiras, a de imóveis, detida diretamente pela sociedade, reduziu-se em 12%, e a carteira de crédito em 11% em termos nominais, segundo a Oitante.

Para isto terá contribuído “o processo transformacional da plataforma da Oitante que foi vendida à Altamira”, que gerou “melhorias significativas nos resultados na área da recuperação de créditos e uma transformação profunda na área da gestão de ativos imobiliários”.

O número de trabalhadores da empresa diminuiu 20% para os atuais 75 através de rescisões por mútuo acordo, o que contribuiu para uma redução de gastos com pessoal em 55%, de acordo com a sociedade.

Oitante falha meta para venda de imóveis em 2018

Sexta-feira, Julho 5th, 2019

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Negócios

O relatório da Conta Geral do Estado de 2018 indica que a empresa liderada por Miguel Artiaga Barbosa “não atingiu” o objetivo para a venda de imóveis no ano passado. Já a Oitante garante ter cumprido perto de 80% do que estava previsto.

A Oitante, o veículo que herdou os ativos do Banif que o Santander Totta não quis, não cumpriu o objetivo de venda de ativos imobiliários definido para o ano passado. A conclusão consta do relatório da Conta Geral do Estado de 2018, divulgado esta terça-feira.

“Não foi atingido o montante do objetivo estabelecido referente a desinvestimento de ativos imobiliários” por parte da empresa liderada por Miguel Artiaga Barbosa, refere o documento, sem detalhar qual a meta anual definida. Isto “na sequência de contrato de prestação de serviços com uma entidade — Altamira — para as áreas da gestão de ativos imobiliários e de recuperação de crédito em incumprimento”, acrescenta.

Contactada pelo Negócios, a empresa não adiantou qual foi o objetivo que a Conta Geral do Estado de 2018 diz não ter sido alcançado. Fonte da Oitante explica, contudo, que a “informação que foi prestada respeita apenas aos ativos detidos diretamente pela Oitante, com características e necessidades muito particulares, não agregando informação consolidada do universo Oitante (Oitante, Banif Imobiliária e Fundos Imobiliários), onde o grau de cumprimento de objetivos, em termos globais, atingiu cerca de 80%”.

A empresa refere ainda que “os objetivos definidos inicialmente foram ambiciosos para uma mudança de paradigma”. A expectativa, continua, é de “que a Altamira possa vir a recuperar rapidamente o desinvestimento de ativos imobiliários que não foram atingidos em 2018”.

A Oitante assinou um contrato com a gestora espanhola de fundos Altamira, no final de 2017, para gerir uma carteira de imóveis de cerca de mil milhões de euros. Isto além de um portefólio de crédito malparado. Este contrato permitiu à empresa acelerar as vendas dos ativos herdados do Banif.

No final do ano passado, a entidade acabou por concluir a venda da antiga sede do Banif na Avenida José Malhoa por 24 milhões. Saiu também do mercado espanhol depois de vender a imobiliária Vegas Altas e uma participação de 33% no banco de retalho Banca Pueyo.

Como já assumiu o seu presidente, a Oitante espera amortizar até 2021 a totalidade dos 746 milhões em obrigações emitidas em 2015 para financiar a queda do Banif.

A Oitante foi criada no final de 2015 (inicialmente designada de Naviget), para ficar com os despojos do Banif que o Santander Totta não quis adquirir e que poderia ser alvo de recuperação. Os ativos são sobretudo imóveis com imparidades associadas , mas também créditos na sua maioria em incumprimento. O objetivo é conseguir preparar as condições para alienar ou liquidar aqueles ativos.

Há 5.900 reclamações de crédito no Banif mas podem ser mais

Terça-feira, Julho 2nd, 2019

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Expresso

Notificação de credores do Banif no estrangeiro está por fazer, o que pode elevar número de reclamações

Já chegaram 5900 reclamações de crédito ao Banif. Contudo, ainda não foram notificados os credores que têm domicílio fora da União Europeia. O número pode crescer. A liquidação do banco que foi alvo de intervenção pelo Banco de Portugal no final de 2015 está para durar.

É à comissão liquidatária do Banif que chegam as reclamações dos clientes que consideram ter sido lesados na resolução do banco fundado por Horácio Roque. Estas 5900 reclamações comparam com as 32.500 reclamações (de 23.960 reclamantes) que foram feitas relativamente ao Banco Espírito Santo.

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