Archive for Novembro, 2017

Banif: Lesados reafirmam que foram “aldrabados” pelo banco e mal defendidos pelo Estado

Quinta-feira, Novembro 30th, 2017

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Negócios

O presidente da Associação dos Lesados do Banif (ALBOA), Jacinto Silva, reafirmou hoje, no Funchal, que os ex-clientes do banco foram “aldrabados” e, por outro lado, o Estado não os defendeu devidamente.

“As pessoas foram aldrabadas e o Estado não defendeu os seus interesses devidamente”, afirmou o responsável perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Banif, na Assembleia Legislativa da Madeira, vincando que houve “falsificação de documentos” quando os clientes subscreveram alguns produtos do banco.

A comissão inquérito, presidida pelo social-democrata Carlos Rodrigues, concluiu hoje as audições a entidades envolvidas no processo, sendo de salientar que o Santander Totta, instituição que adquiriu o Banif, e o Banco de Portugal, responsável pela resolução que culminou na sua venda, recusaram comparecer perante os deputados.

O Banco de Portugal alegou, mesmo, que não reconhecia legitimidade na comissão de inquérito constituída no parlamento madeirense para investigar o caso dos lesados do Banif.

Carlos Rodrigues esclareceu, no final desta audição, que a comissão vai produzir apenas um “relatório político e de pressão política”.

O Banif foi adquirido pelo Santander Totta em Dezembro de 2015, por 150 milhões de euros, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a actividade bancária que o comprador não adquiriu.

A ALBOA representa 1.300 dos 3.500 obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no processo de venda do banco ao Santander.

Além destes, há ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil accionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira, muitos emigrantes e ex-emigrantes, sobretudo na Venezuela e África do Sul.

Jacinto Silva vincou que a ALBOA só aceita sentar-se à mesa das negociações com o Estado e o Santander Totta para discutir uma solução para os lesados com base na possibilidade de reaver pelo menos 75% dos montantes perdidos, embora admita a criação de escalões consoante o grau de prejuízo dos ex-clientes do Banif.
 

 

 

Lesados do Banif reúnem documentação e esperam que “o primeiro-ministro tenha palavra”

Quinta-feira, Novembro 30th, 2017

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Diário de Notícias da Madeira

Jacinto Silva, presidente da Associação de Lesados do Banif (ALBOA) está a ser ouvido, esta tarde, na comissão de inquérito às consequências do encerramento do banco que decorre no parlamento regional. Esta será a última audição desta comissão, uma vez que, como fez questão de referir Carlos Rodrigues, várias entidades recusaram-se a colaborar. O presidente da comissão de inquérito deu como exemplo o Banco de Portugal que “disse que esta comissão nem tinha legitimidade para existir”.

O presidente da ALBOA fez uma exposição inicial em que referiu a evolução da situação dos lesados do banco que sofreu um processo de resolução há dois anos, mais precisamente a 20 de Dezembro.

“O primeiro-ministro disse, na última vez em que esteve na Madeira que houve um sistema bancário que aldrabou esta gente e é verdade, estas pessoas foram aldrabadas”, afirmou.

Jacinto Silva não tem dúvidas de que, neste processo, o Estado não defendeu os clientes do banco, ao contrário do que aconteceu noutros países, como a Itália e a Espanha que também tiveram bancos em situações semelhantes.

“As entidades de fiscalização deixaram andar e têm dificuldade em assumir isso”, lamenta o dirigente da associação que lembra que a maioria dos lesados do Banif são pessoas com conhecimentos financeiros nulos e baixa escolaridade. “Pessoas que trabalharam uma vida” e que, garante, não foram informadas sobe os riscos dos produtos que estavam a adquirir. A associação tem em seu poder gravações de conversas com clientes em que o produto financeiro é referido como sendo “tão seguro como um depósito a prazo”.

No último encontro que teve com os lesados do banco, António Costa pediu que a associação apresentasse uma resolução da Assembleia da República a recomendar ao governo uma solução e uma declaração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários a confirmar ter havido irregularidades na comercialização dos produtos bancários.

“A última esperança é que o primeiro-ministro tenha palavra e nada nos leva a pensar o contrário”, afirma Jacinto Silva.

A decisão da Assembleia da República, pelo que foi manifestado pelos vários grupos parlamentares, deverá ser aprovada em breve, mas o maior problema é a CMVM. Para isso, a ALBOA conta com a colaboração da Ordem dos Advogados que admite colaborar numa comissão de mediação, de onde deverá sair o documento que falta.

“Quando tiver os dois documentos, vou entregá-los pessoalmente ao senhor primeiro-ministro”, promete Jacinto Silva.

Comunicado da Miguel Reis & Associados

Terça-feira, Novembro 28th, 2017

Aproxima-se uma data marcante. No próximo dia 19 de dezembro de 2017, decorrerão dois anos sobre a aplicação de uma medida de resolução ao Banif.

 

Com isto, parte do património do banco foi vendido ao Santander, parte ficou numa entidade que não presta contas e outra parte permaneceu no Banif, que neste momento não vale praticamente nada.

 

O que temos como certo são os milhares de lesados, que ainda hoje não conseguiram recuperar o seu dinheiro de investimentos e poupanças.

 

Por essa razão, há que preservar e acautelar os direitos de todos os lesados a uma compensação, quer por recurso aos tribunais, quer por via dos fundos de recuperação.

 

Em termos judiciais, a Miguel Reis & Associados tem tido uma estratégia clara e pioneira:

  • impugnou, nos tribunais administrativos, a medida de resolução aplicada ao Banif,
  • apresentou uma queixa crime, que conta já com mais de 100 audições por parte da Polícia Judiciária e mais de 30 notificações para os lesados se constituírem assistentes, permitindo a formalização de uma acusação e pedidos de indemnização civil.

 

É uma situação única no panorama nacional.

 

No entanto, mesmo pretendendo apresentar outras ações, quer individuais, quer coletivas junto dos tribunais administrativos, fundadas na responsabilidade civil do Banco de Portugal e demais entidades, não podemos deixar de ter em especial atenção aos direitos dos nossos clientes.

 

É imperioso garantir que todos os clientes têm os seus direitos salvaguardados através de dois meios:

  1. JUDICIALMENTE – através de ações judiciais coletivas e individuais;
  2. MECANISMO DE COMPENSAÇÃO – através da apresentação de Notificações Judiciais Avulsas

 

 

  1. Notificações Judiciais Avulsas aplicam-se a:

 

  • Todos os clientes detentores de obrigações subordinadas BANIF, obrigações do Banif Finance e Obrigações Rentipar;
  • Têm de ser propostas até dia 14 de dezembro de 2017;

 

Por sua vez, sabemos, também, que durante o mês de Dezembro, o BANIF vai entrar em liquidação, o que significa que:

 

  1. Reclamação de créditos

 

  • Todos os clientes, sejam acionistas, detentores de obrigações subordinadas BANIF, obrigações do Banif Finance, Obrigações Rentipar e outros produtos (Rentiglobo) terão que reclamar os seus créditos;
  • Desde o dia em que o BANIF entrar em liquidação, os clientes dispõem de 30 dias para reclamar os créditos.

 

 

Para mais informações, os clientes deverão aceder ao link infra, onde poderão fazer a sua inscrição, saber quais os documentos necessários e os custos envolvidos.

 

https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=DfGobp7bIUmTLP-9gTWeJRRdTH8VzstKmxYEhmkQRyFUN1c2VTVTUkZZVDlBV1RFMTEzVEFTREtEUi4u

 

Alternativamente, podem contactar o escritório central da MRA ou os seus parceiros:

 

Lisboa:

Miguel Reis & Associados – Sociedade de Advogados RL, com escritório na Rua Marquês de Fronteira, 76-5º, 1070-299 Lisboa

Telefone: 213852138

Email: isabel.ferreira@lawrei.com; alberto.vaz@lawrei.com; miguel-reis@lawrei.com

 

Porto:

Miguel Reis & Associados Norte, com escritório na Rua de Diu, n.º 414, 4150-272 PORTO

Telefone: 223262795

Email: catarina.spedro@lawrei.com; fernanda.jubran@lawrei.com

 

Açores:

Carmen Cabral Oliveira – com escritório na Rua Caetano de Andrade Albuquerque, 5 – 2º Dto, 9500-037 Ponta Delgada, Açores, Portugal

Contacto: 965496717

Email: carmen.advogada@hotmail.com

 

Madeira:

José Prada – com escritório na Rua do Bettencourt, 10, 1º Dt, 9000-080 Funchal, Madeira, Portugal

Contacto: 965011886

Email: joseprada@sapo.pt

 

Joaquim Nunes – com escritório na rua Avenida Arriaga 73, 1º andar, sala 110, Edifício Marina Club, 9000-060 Funchal, Portugal

Contacto: 291233651

Email: joaquimnunes-241m@advogados.oa.pt

 

Simplício Mendonça – com escritório na R 31 de Janeiro, 81 A – 4º D, 9050-011 Funchal, Portugal

Contacto: 291220677

Email: simplicio.mendonca-16m@advogados.oa.pt

 

 

 

 

Insegurança e Banif preocupam emigrantes

Terça-feira, Novembro 28th, 2017

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Diário de Notícias da Madeira

Presidente da Casa da Pretória não esconde a apreensão que se vive na comunidade

A comunidade madeirense radicada na África do Sul vive dias de profundo nervosismo. A transição política prevista para acontecer na liderança do partido (ANC) que governa este país, a onda de criminalidade que sobe a cada dia que passa e que coloca os madeirenses em sobressalto, mas em especial a resolução do Banif, são motivos de preocupação. A perda de milhões de euros em poupanças está a retrair investimentos na Madeira.

Samuel da Silva, presidente da Casa de Pretória da Madeira não esconde que os conterrâneos estão a perder esperança em voltar a ter os fundos que investiram em obrigações e em acções na instituição de crédito: “As pessoas sentem-se bastante magoadas e quando se fala em investir ou voltarem a investir, toda a gente olha com muita apreensão e nem quer saber de falar”.

O dirigente natural da Boaventura afirmou que não espera uma “palavra de apoio” do presidente do Governo Regional porque “já passei por umas poucas festas e reuniões onde estiveram líderes madeirenses, quer municipais, quer do governo, e não vejo nada acontecer. Bem sei que não está muito nas mãos do Governo da Madeira, agora, acho que o governo deveria fazer um esforço suplementar para que as coisas fossem resolvidas”, expressou à margem da celebração do Magusto que se realiza anualmente no Lar Rainha Santa Isabel.

“As pessoas trabalharam vidas inteiras, colocaram as suas poupanças e aconteceu isto”, expressou ainda Miguel Albuquerque que tinha comparecido para a festa. Nada que impedisse de o empresário de sucesso lembrar que, “sempre organizamos festas, o assunto vem sempre à baila”.

De resto, a insegurança é outro tema de conversa: “Vive-se com grande apreensão com o sistema político, mas a criminalidade a comunidade madeirense é um alvo fácil, porque é fácil roubar um negócio ou assaltar um supermercado. “Já se viveu mais difíceis, mas estamos a passar um momento difícil”, atestou.

“Fizemos tudo” no Banif

Confrontado pelo DIÁRIO perante a insatisfação que a comunidade madeirense regista perante a falta de soluções num retorno das poupanças, Miguel Albuquerque afirmou que o seu executivo “fez tudo o que estava ao nosso alcance e demos todo o apoio, e continuamos a dar”.

  

 

Banif: Associação alerta lesados que têm até Dezembro para colocar acções em tribunal

Terça-feira, Novembro 28th, 2017

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Negócios

A associação de lesados do Banif Alboa alertou esta sexta-feira os investidores do banco que têm até 20 de Dezembro para colocarem acções em tribunal contra aqueles que consideram responsáveis pelas perdas que sofreram.

As acções judiciais (que podem ser apenas notificações judiciais avulsas) podem ser colocadas contra o Banif, administradores do banco e as suas seguradoras ou outras entidades ou pessoas que considerem responsáveis pela venda de produtos financeiros que lhes acarretaram perdas.

“É importante fazer isso para que as pessoas não percam os seus direitos”, afirmou à Lusa Jacinto Silva, presidente da Alboa.

A mesma fonte advertiu que, apesar de a data para avançar com as ações na Justiça ser até dia 20 de Dezembro, quando passam dois anos da resolução do Banif, é importante que a correspondência seja enviada pelo menos até cinco dias antes para que haja tempo de entrar até à data.

Jacinto Silva disse ainda que os investidores também têm de estar atentos ao início do processo de resolução do Banif, uma vez que nessa altura terão de fazer reclamações de créditos. “A associação irá, nessa altura, disponibilizar uma minuta para as pessoas, no prazo de 30 dias, reclamarem os créditos, que poderão ser reconhecidos ou não”, acrescentou.

Para já ainda não se sabe quando se iniciará o processo de liquidação do Banif, mas o presidente da Alboa acredita que está para breve.

Em Dezembro de 2014, o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal.

Desde então, investidores do banco têm andado em ‘luta’ por uma solução que os compense pelas perdas, desde accionistas a obrigacionistas subordinados. Contudo, eventuais soluções que venham a ser negociadas não deverão interromper prazos para pedir responsabilidades, pelo que os investidores têm de ser salvaguardar.

Ex-gestores do BCP e CGD e líder do Banif “mau” analisam activos problemáticos do NB

Terça-feira, Novembro 28th, 2017

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Negócios

Miguel Athayde Marques, José Bracinha Vieira e José Rodrigues Jesus, o último como presidente, são os escolhidos para acompanhar os activos do Novo Banco que podem obrigar a injecção de capital pelo Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução já tem os três nomes para a comissão que vai analisar os activos problemáticos do Novo Banco, que podem obrigá-lo a uma injecção adicional de até 3,9 mil milhões de euros.

 

Segundo adianta na edição desta sexta-feira, 24 de Novembro, o Jornal Económico, e confirmou o Negócios, o presidente da comissão de acompanhamento do Novo Banco é José Rodrigues Jesus, que será coadjuvado por Miguel Athayde Marques e ainda José Bracinha Vieira. O anúncio oficial deverá ser feito no início da próxima semana, sendo que a nomeação é feita em assembleia-geral da instituição financeira comandada por António Ramalho.

José Rodrigues Jesus é revisor oficial de contas e, ao longo dos anos, exerceu funções em diversos conselhos fiscais. Foi nomeado, no final de 2012, para a administração do BCP e respectiva comissão de auditoria em nome do Estado, para o período em que vigorava a ajuda pública, que terminou no início deste ano.

Reformado do Banco de Portugal, onde exerceu diversos cargos, incluindo assessor da administração, José Bracinha Vieira é o actual presidente do Banif “mau”, isto é, dos activos e passivos que restaram do Banif que não foram vendidos ao Santander Totta nem integrados no veículo de gestão de activos Oitante.

Por sua vez, Miguel Athayde Marques, que tem no curriculum passagens pela administração da Caixa Geral de Depósitos e pela liderança da gestora da bolsa nacional Euronext Lisbon, pertence actualmente ao conselho da Galp Energia. Além disso, estava agora no conselho fiscal do CaixaBI.

O mecanismo que vai definir se FR entra com mais 3,9 mil milhões

 

Os três vão compor a comissão de acompanhamento do Novo Banco, um órgão consultivo, e estabelecido nos estatutos, no âmbito do contrato de capital contingente, o mecanismo de capitalização que cobre um conjunto de activos problemáticos da instituição financeira pelos quais o Fundo de Resolução se poderá responsabilizar e que poderá ascender a 3,9 mil milhões de euros. Os créditos concedidos à Petróleos de Venezuela, que estão a ser cumpridos apesar do incumprimento atribuído ao país, são um dos exemplos.

O Fundo de Resolução, cujas receitas são financiadas por contribuições dos bancos, continua a ser dono de 25% do Novo Banco, sendo os restantes 75% detidos pela Lone Star, e terá de dar parecer sobre os activos problemáticos. Aliás, segundo os estatutos do banco, terá o “mesmo nível de acesso a informações” sobre tais activos de que o conselho geral e de supervisão dispõe.

A injecção de até 3,9 mil milhões poderá acontecer com a verificação simultânea de duas condições: o desempenho negativo da carteira de activos e o impacto que tal tenha nos rácios de capital do banco.

Sucessora dos fundos BPN encaixa 9,5 milhões com venda de prédio em Lisboa

Sexta-feira, Novembro 24th, 2017

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Negócios

A venda, levada a cabo pela Worx, é a terceira alienação este ano feita pela consultora em Portugal a family offices. O nome do comprador não foi divulgado.

A sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário Imofundos SGFII, que sucedeu à BPN Imofundos, vendeu um edifício no centro de Lisboa por 9,5 milhões de euros. A transacção, feita através da consultora Worx, foi dada a conhecer esta terça-feira, 21 de Novembro.

Segundo esta consultora, em causa está o Edifício República 26, pertencente à Imofundos SGFII, do universo Parparticipadas S.A., que passa agora para as mãos de um family office nacional. O nome do comprador não foi divulgado.

O edifício localizado na Avenida da República, onde hoje se encontram instalados os serviços da consultora de recursos humanos Randstad, tem 10 pisos e área bruta de construção total de 4.705 m2, de acordo com o comunicado da Worx.

Esta é a terceira transacção levada a cabo este ano pela consultora imobiliária envolvendo os denominados family offices, entidades que proporcionam soluções de gestão de activos específicas para grandes fortunas. As outras duas, também em Lisboa, envolveram a alienação da antiga sede da sucursal portuguesa do banco espanhol Bankia à Primosfera (por três milhões de euros) e os escritórios do Banif ib (antigo banco de investimento do Banif), localizados no 15.º piso da Torre 3 das Amoreiras.

“A conjuntura actual tem sido muito favorável e atractiva para esta categoria de investidores [family offices] que procuram activos de qualidade, com inquilinos credíveis, contratos seguros e valores de renda competitivos”, refere Pedro Valente, do departamento de Capital Markets da Worx.

A BPN Imofundos, criada em 1999, deu origem à Imofundos após o início da reestruturação financeira do BPN após a sua nacionalização, ficando a partir de 2010 sob a alçada da Parparticipadas, uma das três sociedades que receberam activos na esfera daquele grupo bancário. No final do ano passado, os activos administrados por esta sociedade totalizavam 412,36 milhões de euros, de acordo com informação constante do site da Imofundos.

Actualmente a Imofundos gere cinco fundos – Imonegócios, Real Estate, Imoreal, Imomarinas e Mercapital.

CDU organiza debate público sobre o colapso do BANIF

Sexta-feira, Novembro 24th, 2017

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Diário de Notícias da Madeira

A CDU/Madeira organiza um debate público sobre o colapso do BANIF, no próximo dia 2 de Dezembro, no qual intervirá o deputado da Assembleia da República, Miguel Tiago, o deputado que integrou as Comissões de Inquérito ao BES e ao BANIF, e é co-autor do livro ‘BANIF, uma resolução feita à medida’.

O debate público promovido pela CDU, marcado para a Universidade da Madeira, no auditório do Colégio dos Jesuítas, no Funchal, abordará as formas como se utilizou o dinheiro dos depósitos – o dinheiro dos clientes – para a especulação financeira, para financiar projectos das empresas dos “Amigos do Regime”, sem segurança de retorno desses créditos, assim também como o rol de ilegalidades cometidas impunemente, que levaram ao colapso do BANIF, deixando um rasto de destruição de tantas histórias de vidas.

Para a CDU, a descarada promiscuidade e rotatividade entre o poder político e o BANIF, a partilha de quadros e de objectivos, naquele que foi “Banco do Regime” na Região Autónoma da Madeira, as práticas ilegítimas e os negócios que atentaram contra o superior interesse público, obrigam a uma inadiável responsabilização política.

A CDU lança um apelo à mobilização cidadã à volta de um debate que é do interesse público e que contribuirá para o alargamento da corrente de exigência de uma política alternativa ao actual sistema predador e de extorsão.

CMVM assegurou a lesados do Banif que procura soluções “com todos os meios”

Sexta-feira, Novembro 17th, 2017

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Jornal de Notícias

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários assegurou à Associação de Lesados do Banif que está a trabalhar “com todos os meios que tem” para encontrar soluções que minimizem as perdas sofridas.

Em declarações à agência Lusa após o encontro, o presidente da Associação de Lesados do Banif (ALBOA), Jacinto Silva, disse que se tratou de uma reunião de trabalho com o conselho de administração do regulador dos mercados.

Segundo o responsável, a CMVM admitiu tratar-se de “um processo complexo, moroso, mas que de forma nenhuma está esquecido”.

“Estão a trabalhar com todos os meios disponíveis que têm. Compreendem a nossa posição e a ansiedade das pessoas, mas de facto este é um processo extremamente complexo”, admitiu Jacinto Silva.

Para o presidente da ALBOA, o processo tem que ser feito “passo a passo e caminhando no sentido que haja uma solução”.

“É uma maratona e, como tal, prazos e tudo isso não conseguimos dizer. Há muita gente envolvida, esperamos chegar a bom porto, mas temos consciência que vai ser demorado”, disse.

A análise que a CMVM está a fazer “não se cinge apenas a verificar se a documentação foi assinada ou não, abrange também o desenvolvimento de ações de supervisão presencial com vista ao apuramento do cumprimento pelo responsável pela comercialização dos deveres legais a que está sujeito”, afirmou, na altura, fonte oficial do regulador dos mercados financeiros à Lusa.

A investigação da CMVM relaciona-se com as mais de mil reclamações que obrigacionistas do Banif lhe fizeram chegar a dar conta do modo como lhes foram vendidos esses títulos.

O objetivo desses clientes é que se prove que houve vendas fraudulentas (‘misseling’) no Banif (mesmo quando era já maioritariamente detido pelo Estado) e que lhes seja dada uma solução que os compense pelas perdas monetárias sofridas.

Contudo, este processo tem-se arrastado, até pelas dificuldades da CMVM em aceder a toda a informação necessária, pelo que a associação que representa os lesados do Banif tem estado a trabalhar para acelerar este processo, que deverá passar pela criação de uma comissão arbitral mediada pela Ordem dos Advogados.

Ordem dos Advogados propõe comissão arbitral para lesados do Banif

Sexta-feira, Novembro 17th, 2017

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Negócios

O Bastonário da Ordem dos Advogados apresenta esta quarta-feira, 15 de Novembro, no Parlamento uma proposta de constituição de uma comissão arbitral para a eventual resolução da questão dos lesados do Banif.

Guilherme Figueiredo vai ser recebido esta tarde pela Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa para propor aos deputados a constituição de uma comissão arbitral para eventual resolver o problema dos lesados do Banif.

O Bastonário dos advogados invoca a atribuição da Ordem de “defesa do Estado de Direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos” e de “colaborar na administração da justiça”. Em comunicado, Guilherme Figueiredo salienta que “esta prática surge, aliás, na senda da tradição seguida pelas organizações de advogados em todo o mundo, designadamente daquelas que a Ordem dos Advogados Portugueses integra, a UIA, o CCBE, a FBE, a UIBA, com posições assumidas, mesmo nos tempos mais recentes, na defesa tanto do Estado de Direito quanto dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”.

Guilherme Figueiredo vai ser recebido esta tarde pela Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa para propor aos deputados a constituição de uma comissão arbitral para eventual resolver o problema dos lesados do Banif.

“Entende a Ordem dos Advogados que deve estar na primeira linha, quando se trate da defesa dos direitos dos cidadãos, mais ainda quando estamos perante cidadãos mais desfavorecidos e mais carenciados de protecção”, sustenta.

Em 20 de Dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif – Banco Internacional do Funchal, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Os ex-clientes da instituição constituíram então uma Associação de Defesa dos Lesados do Banif (ALBOA) que tem vindo a trabalhar directamente com várias entidades, nomeadamente com o governo e com a CMVM.

Jacinto Silva, presidente da ALBOA, afirmou recentemente, citado pela Lusa, esperar que da “comissão arbitral”, mediada pela Ordem dos Advogados, possa “sair um relatório” que esclareça o perfil de investidores “não qualificados”.

 

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