Archive for Setembro, 2016

Miguel Albuquerque já enviou proposta sobre lesados do Banif ao Governo

Quinta-feira, Setembro 29th, 2016

Citamos

TVI

Proposta é “viável, realista, justa”, defende o presidente do Governo Regional da Madeira. Proposta prevê a criação de um fundo fechado e de um crédito fiscal que permitem recuperar em 10 anos os valores perdidos

O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou que a solução para resolver a situação dos lesados do Banif que enviou para o Primeiro-Ministro é “viável, realista, justa”, sem implicações orçamentais, e que beneficia todas as partes.

“Foi uma solução pensada, estudada, já articulada com a Associação dos Lesados”, disse o governante madeirense aos jornalistas à margem da cerimónia de atribuição de medalhas de mérito turístico a várias entidades públicas e privadas da Região Autónoma.

Na opinião do líder insular, a solução que apresentou a António Costa “não só é viável, como justa”, porque faz com que os lesados obrigacionistas do Banif “possam ser ressarcidos sem prejuízo para o Estado e para ninguém”.

“É completamente viável, realista porque esse sistema é bom para o Santander, é bom para os lesados, porque têm possibilidade de ser ressarcidos das suas poupanças e é bom para o Estado, porque não implica agravamento do défice do Estado. Fica toda a gente a ganhar e não tem grandes implicações em termos orçamentais”, argumentou Albuquerque.

O chefe do executivo madeirense explicou que sugeriu na missiva enviada a António Costa a “criação de um fundo que faz um empréstimo a 10 anos aos lesados, permitindo-lhes serem ressarcidos até 75% dos investimento que tinham feito em obrigações no Banif”, sendo os restantes 25% cobertos “através de crédito fiscal concedido pelo Estado”.

Miguel Albuquerque adiantou que discutiu a proposta com “algumas pessoas ligadas à área financeira e com a Associação de Lesados”, destacando que “a ideia não é estarem a inventar soluções não realistas na atual conjuntura que o país está a viver”.

“É fundamental termos algum sentido de equidade e justiça para com as pessoas que foram prejudicadas e meteram as poupanças das suas vidas na instituição”, num Estado de Direito, e hoje vivem “um drama terrível”, sublinhou.

A missiva que o presidente do governo madeirense enviou a António Costa propondo uma solução para os lesados do Banif, datada de 26 de setembro, foi hoje divulgada e prevê a criação de um fundo fechado e de um crédito fiscal que

Fundo e IRS são soluções para os lesados do Banif

Quarta-feira, Setembro 28th, 2016

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Diário de Notícias da Madeira

A manchete da edição impressa do DIÁRIO, hoje, dá conta de uma proposta de Miguel Albuquerque ao Primeiro-Ministro que prevê uma solução a 10 anos para os lesados do Banif: a criação de um fundo privado garantido pelo Santander para ressarcir 75% das perdas, complementado por um crédito fiscal em IRS.

Merece destaque também uma entrevista à líder do BE, Catarina Martins, que afirma que a “república não pode recuar no compromisso com a Região” em temas como a mobilidade, o novo hospital e a democracia.

Em reportagem está a atitude abusiva dos taxistas na angariação de clientes que gera queixas dos turistas.

E do ponto de vista do Turismo, o DIÁRIO informa que a etapa da Madeira das ‘Extreme Sailing Series’ foi vista por milhões em todo o mundo. Um impacto notável para o destino.
Saiba igualmente que o suplemento mensal ‘Ponto e Vírgula’ está de volta. Versão digital e concurso reforçam publicação de e para estudantes.

Na secção Casos do Dia, pode ler a agressão de um utente a um médico no hospital.

Mas há mais para ler, como Paulo Portas ter aceitado o convite para efectuar uma palestra do CINM ou que a ‘Recepção ao caloito’ na UMa dura até 8 de Outubro.

Açores: Bloco desafia governo e autarquias a deixar de privilegiar o Santander

Terça-feira, Setembro 27th, 2016

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Esquerda Net

Zuraida Soares desafiou este domingo o governo regional, as autarquias, e as instituições regionais a deixarem de ter uma “relação privilegiada” com o Santander optando por estreitar ligações com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) que é um banco público.

Lembrando que o Santander – comprador do Banif, que enganou milhares de açorianos – a candidata do Bloco Açores às eleições regionais, acompanhada por Mariana Mortágua, reuniu-se este domingo, em Ponta Delgada, com a Associação de Lesados do Banif.

“Há uma linguagem que os bancos entendem: a linguagem do dinheiro. E a única forma de fazer pressão sobre um banco é retirar-lhe dinheiro”, justificou Zuraida Soares, manifestando apoio à petição com este objetivo, que está a decorrer, e que dará entrada no parlamento na próxima legislatura.

Justiça aos lesados

“Esta atitude por parte das instituições da Região seria uma forma de “honrar e trazer justiça a todos os que foram lesados”, sublinhou.

é necessário fazer pressão sobre o Santander para que faça aquio que prometeu: encontrar uma solução digna para estas pessoas que foram lesadas

Mariana Mortágua salientou, por seu turno, que “o Banif era uma instituição muito importante para a economia local nos Açores”, e que “por isso nunca devia ter sido vendida ao Santander, mas sim mantida em mãos públicas, junto da Caixa Geral de Depósitos, para proteger a economia local”.

A dirigente nacional bloquista que teve uma papel importante na comissão de inquérito sobre o Banif, defendeu que é necessário “fazer pressão sobre o Santander para que faça aquilo que prometeu: encontrar uma solução digna para estas pessoas que foram lesadas”.

Mariana Mortágua lembrou ainda que entre os lesados do Banif “há muita gente que foi enganada, que investiu as poupanças de uma vida e que perdeu tudo o que tinha, em muitos casos, pessoas idosas que ficaram numa situação muito complicada”.

A deputada no parlamento nacional disse ainda acreditar que o Bloco vai fazer a diferença no parlamento dos Açores, tendo afirmado: “cada deputada e deputada eleitos pelo Bloco contam para tirar a maioria absoluta ao PS, para criar transparência na administração pública, e para impor a discussão dos assuntos que têm que ser resolvidos, sem nenhum medo, e com uma voz clara”.

Lesados do Banif: Mortágua pede pressão sobre o Santander

Terça-feira, Setembro 27th, 2016

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Negócios

A dirigente nacional do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua defendeu hoje ser necessário fazer pressão sobre o Santander para que encontre uma solução digna para os lesados do Banif.

“(…) Nós defendemos e achamos que era importante o Santander ter tido respeito por estas pessoas e ter uma atitude de respeito para com a região e entendemos, por isso, que é necessário fazer pressão sobre o Santander para que o Santander possa fazer aquilo que prometeu, que é encontrar uma solução digna para estas pessoas que foram lesadas”, afirmou Mariana Mortágua.

A dirigente do BE falava aos jornalistas após reunir com elementos da Associação de Lesados do Banif, em Ponta Delgada, Açores, na qual estiveram também candidatos do partido às eleições regionais.

Para Mariana Mortágua, a solução que o Santander “acabou por apresentar era uma solução que até feria a susceptibilidade das pessoas porque obrigava-as a investir um montante igual àquele que perderam no mesmo tipo de produtos”.

“As pessoas sentem-se enganadas, sentem que brincaram com a sua cara e com a sua vida, e aquilo que nos pedem e aquilo que o Bloco acedeu com solidariedade é concordarmos que o Santander tem que oferecer uma solução digna, porque beneficiou com a compra do Banif”, declarou, considerando que “o Banif foi entregue praticamente de graça ao Santander e o Santander ficou com um banco importantíssimo na região”.

Questionada sobre a apreciação que o ex-primeiro-ministro José Sócrates fez sobre o novo imposto sobre o património imobiliário, Maria Mortágua declarou que o partido não se deixa distrair por questões acessórias.

“Nós não nos desviamos, nem nos deixamos distrair por questões acessórias ou que não têm nenhuma importância, o importante aqui é que possamos trazer justiça fiscal, aumentar as pensões dos idosos mais pobres e pedir um contributo àqueles que têm património milionário, ao mesmo tempo que defendemos, por exemplo, as poupanças daqueles que perderam tudo por terem sido enganados no caso do Banif”, acrescentou.

Já a cabeça de lista do BE por São Miguel às eleições regionais, Zuraida Soares, disse que “há uma linguagem que os bancos entendem, é a linguagem do dinheiro e a única forma de fazer pressão sobre um banco é retirar-lhe dinheiro, depósitos, negócios”.

“Há uma forma de fazermos isso na região, no sentido de honrar e de alguma maneira trazer alguma justiça a todos os lesados nesta região por esse banco, é o Governo Regional, as autarquias, instituições regionais deixarem de ter uma parceria privilegiada com quem roubou objectivamente tantos e tantas centenas de açorianos e açorianos e passarem o dinheiro para o banco público, por exemplo para a Caixa Geral de Depósitos”, desafiou Zuraida Soares.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates considerou na sexta-feira “absolutamente inacreditável que a sociedade e os comentaristas” televisivos “rebolem de fúria” pela criação de um novo imposto sobre património imobiliário, pondo-se ao lado da deputada bloquista Mariana Mortágua.

Em 20 de Dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif — Banco Internacional do Funchal, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Governo da Madeira está a preparar proposta sobre o Banif

Terça-feira, Setembro 20th, 2016

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TVI

Será enviada ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, segundo o representante da associação de lesados do banco, a ALBOA, que foi quem anunciou que Miguel Albuquerque está a preparar o documento

O presidente do Governo da Madeira está a preparar uma proposta para enviar esta semana ao chefe de Estado e ao primeiro-ministro sobre a situação dos lesados do Banif, segundo anunciou o representante da Associação de Lesados do Banif (ALBOA), Jacinto Silva, depois de uma reunião que manteve, no Funchal, com Miguel Albuquerque.

Jacinto Silva adiantou que o encontro aconteceu “por solicitação” do presidente do Governo da Madeira e que serviu para “tentar desenhar uma proposta que irá apresentar junto das entidades competentes nacionais, no sentido de vir a ter, brevemente, algum desenvolvimento da situação”.

Tanto quanto ficou combinado, o presidente do Governo Regional da Madeira esta semana irá enviar para o Governo e outras entidades uma carta com uma hipótese de uma solução que venha a satisfazer e a resolver em parte os problemas dos associados”.

Recentemente, quanto confrontado com um protesto de lesados, Miguel Albuquerque prometeu tentar ajudá-los.

Quanto à proposta em curso, Jacinto Silva escusou-se a avançar pormenores antes de ser oficialmente apresentada. “Passa sempre por um processo negocial” e uma solução para o problema “depende da negociação e da vontade das partes”, realçou.

Seja como for, aplaudiu a iniciativa de Miguel Albuquerque: “É um passo importante”, sendo necessária “a ajuda” de todas as entidades.

Um terço dos lesados está na Madeira, o que tem um impacto muito forte na situação económica e social da região. Até agora, do Santander, o que houve foi uma proposta de umas obrigações que de forma alguma satisfaz minimamente os nossos interesses [lesados do Banif]”.

“Não tem viabilidade”, disse, acrescentando que, “obviamente, com pressões das entidades políticas, o Santander poderá reconsiderar”.

Também apontou que “começam a surgir conclusões, nomeadamente, através da comissão parlamentar de inquérito que responsabiliza o Estado português pela resolução do Banif”, indicando que se “começa a perceber como foi feita e, provavelmente, de uma forma algo incorreta”. “Brevemente virão a público mais desenvolvimentos”, anunciou, citado pela Lusa.

“Queremos que o Governo resolva o problema”, dizem lesados do Banif

Sexta-feira, Setembro 16th, 2016

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RTP com som

A Associação de Lesados do Banif dizem que a grande responsabilidade do que aconteceu é do Estado português. Dezenas de pessoas manifestam-se esta sexta-feira para exigir uma solução para os seus problemas, deixando críticas sobre a forma como o processo está a ser conduzido.

Banif: Clientes lesados anunciam participação ao Ministério Público

Sexta-feira, Setembro 16th, 2016

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Observador

O anúncio foi feito aos jornalistas, em Lisboa, durante uma manifestação promovida pela associação, que reuniu algumas dezenas de lesados em Lisboa esta sexta-feira.

O presidente da Associação dos Lesados do Banif (ALBOA), Jacinto Silva, anunciou esta sexta-feira a intenção de fazer uma participação ao Ministério Público para que seja aberto um processo de investigação sobre a falência do banco.

O anúncio foi feito aos jornalistas, em Lisboa, durante uma manifestação promovida pela associação, que reuniu algumas dezenas de lesados que começaram a manifestar-se junto à Praça do Comércio e percorram as ruas da baixa lisboeta para protestarem em frende a agências do Santander Totta (que comprou parte da atividade bancária do Banif) e instalações do Banco de Portugal.

“Temos indícios, que vamos participar ao Ministério Público. Queremos saber por que razão não houve uma assembleia de acionistas antes da resolução do Banif? E porque razão não se abriu um concurso público?”, afirmou Jacinto Silva, criticando ainda a falta de “seriedade” de o Banco de Portugal ao “ter dado 24 horas” para ser apresentada uma proposta de compra do banco.

“Estes comportamentos não são admissíveis. Exigimos um esclarecimento, para apurar os responsáveis/ladrões. Não vamos desistir enquanto não se apurar a verdade. O Estado tem de assumir as suas responsabilidades”, acrescentou.

A associação lembrou que passaram oito meses desde a resolução do Banif e que até hoje não se sabe quem foram os responsáveis pela resolução do banco.

“Esta resolução foi um circo, por isso estamos [os manifestantes] com narizes vermelhos de palhaço”, explicou.

O protesto de hoje foi a primeira manifestação dos lesados do Banif a nível nacional, uma vez que as anteriores ocorreram nas ilhas dos Açores e da Madeira.

A 20 de dezembro do ano passado, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif com a venda da atividade bancária ao Santander Totta por 150 milhões de euros e a criação da sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não quis comprar.

Continua a existir ainda o Banif, agora ‘banco mau’, onde ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido.

Além de vários protestos para dar a conhecer a sua indignação com o que se passou no Banif, a ALBOA anunciou este mês que vai avançar com uma ação judicial contra a TVI, que avançou em dezembro de 2015 com a notícia do encerramento do banco.

Banif: Clientes lesados manifestam-se em Lisboa

Sexta-feira, Setembro 16th, 2016

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Dinheiro Vivo

O resgate ao banco foi precipitado e isso prova-se por os seus ativos estarem “a dar lucro ao Santander Totta”, contestam os lesados

Clientes lesados do Banif manifestam-se esta sexta-feira em Lisboa pela defesa dos seus direitos e para criticar as atuações tanto do Banco de Portugal como do Santander Totta, quando pedem uma intervenção do Governo no seu caso.

O protesto é organizado pela Associação dos Lesados do Banif (ALBOA), que representa cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados do banco que perderam 263 milhões de euros no processo de resolução e venda do banco, bem como 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a participação no banco), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas.

“O objetivo consiste em manifestarmos publicamente a nossa total indignação pela tremenda injustiça que contra nós foi cometida e que está a afetar severamente a vida de todos os lesados do Banif”, disse este mês à Lusa Jaime Alves, representante da Associação dos Lesados do Banif (ALBOA), que organiza o protesto. Para estes clientes e investidores do Banif, o resgate ao banco foi precipitado e isso prova-se por os seus ativos estarem “a dar lucro ao Santander Totta”, a quem consideram que o banco foi oferecido “de bandeja”.

leia aqui: Lesados avançam contra TVI e exigem demissão de Sérgio Figueiredo

O protesto servirá ainda para os clientes criticarem a proposta apresentada pelo Santander aos detentores de obrigações subordinadas do Banif, que ficaram no ‘banco mau’, e que seria uma forma de os clientes que perderam dinheiro com dívida do Banif recuperarem parte do investimento. Os clientes dizem que “repudiam” essa proposta, uma vez que passa pela aquisição de obrigações subordinadas (menos protegidas) do Santander Totta com um prazo de vigência de dez anos, a uma taxa anual bruta de 7%, com juros não capitalizáveis.

A manifestação tem ponto de encontro marcado na Praça do Comércio, pelas 11h30, e seguirá depois para as instalações do Banco de Portugal e do banco Santander Totta. Esta é a primeira manifestação dos lesados do Banif a nível nacional, uma vez que as anteriores ocorreram nas ilhas dos Açores e da Madeira. A 20 de dezembro do ano passado, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif com a venda da atividade bancária ao Santander Totta por 150 milhões de euros e a criação da sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não quis comprar.

Continua a existir ainda o Banif, agora ‘banco mau’, onde ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido. Além de vários protestos para dar a conhecer a sua indignação com o que se passou no Banif, a ALBOA anunciou este mês que vai avançar com uma ação judicial contra a TVI, que avançou em dezembro de 2015 com a notícia do encerramento do banco.

Financial Times destingue Cuatrecasas por solução encontrada para resolver o Banif

Sábado, Setembro 10th, 2016

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Económico

Há quem tenha esteja candidato a um prémio pela solução que foi aplicada ao Banif no fim do ano passado: a Cuatrecasas. “Foi a primeira vez que um banco foi dividido em três partes, com a venda ao Santander Totta do negócio de retalho, a criação de um “banco mau” e a transferência de activos contingentes para uma gestora de activos”, e foi por isso que o Financial Times seleccionou o escritório de advogados, pelo sei “carácter pioneiro”

A Cuatrecasas, Gonçalves Pereira está nomeada para os FT Innovative Lawyers Awards 2016 pelo trabalho desenvolvido para o Banco de Portugal na resolução do Banif – Banco Internacional do Funchal e venda de parte dos activos ao Banco Santander Totta, avança o escritório em comunicado.

O Financial Times seleccionou a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira como finalista dos prémios por reconhecer o carácter pioneiro da assessoria prestada ao Banco de Portugal na preparação, estruturação e implementação das medidas de resolução do Banif, em 2015. Foi a primeira vez que um banco foi dividido em três partes, com a venda ao Santander Totta do negócio de retalho, a criação de um “banco mau” e a transferência de activos contingentes para uma gestora de activos.

No fim do ano passado a Resolução ao Banif levou à venda da actividade e da maior parte dos activos e passivos ao Santander Totta por 150 milhões de euros; à transferência de alguns activos do Banif para um veículo de gestão de activos (Oitante); ficando o Banif apenas com activos maus, cuja licença será revogada e o banco entrará em liquidação.

O Estado teve que injectar 1.766 milhões injectados directamente na instituição financeira, imediatamente antes da venda ao Santander Totta, para “cobrir contingências futuras”, e ainda teve de emprestar 489 milhões de euros do Fundo de Resolução bancário, que também conta para o défice.

O Financial Times seleccionou a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira como finalista dos prémios por reconhecer o carácter pioneiro da assessoria prestada ao Banco de Portugal na preparação, estruturação e implementação das medidas de resolução do Banif, em 2015. Foi a primeira vez que um banco foi dividido em três partes, com a venda ao Santander Totta do negócio de retalho, a criação de um “banco mau” e a transferência de activos contingentes para uma gestora de activos.

A assessoria foi coordenada pela sócia Maria João Ricou e envolveu uma equipa multidisciplinar com mais de 12 advogados incluindo, na área de Direito Bancário & Financeiro, os sócios Manuel Requicha Ferreira e Paulo Costa Martins, na área de Contencioso, os sócios Miguel Esperança Pina e Rita Gouveia, na área de Direito Público, o sócio Lourenço Vilhena de Freitas, na área do Direito do Trabalho, a sócia Maria da Glória Leitão, na área da Concorrência o consultor Ricardo Bordalo Junqueiro e ainda, na área Fiscal, o sócio Diogo Ortigão Ramos.

Os prémios serão dados a conhecer no dia 5 de Outubro, numa cerimónia em Londres, e visam reconhecer a inovação no mercado jurídico europeu.

A organização refere ter recebido este ano 620 candidaturas de 140 sociedades de advogados e empresas de serviços jurídicos diferentes. Já na sua décima primeira edição, o relatório FT Innovative Lawyers é um dos anuários e rankings de referência na Europa e os prémios que acompanham a sua publicação são tidos como dos que têm por base uma pesquisa mais exaustiva.

Já em 2015, a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira tinha sido eleita pelo Financial Times como a sociedade de advogados que presta os serviços jurídicos mais inovadores da Europa na área de direito Societário e Comercial. Foi também distinguida na categoria de Responsabilidade Social e na categoria gestão estratégica de recursos. Ocupou nesse ano o 4.º lugar das mais inovadoras da Europa continental.

Banco de Portugal paga 200 mil euros à Cuatrecasas por assessoria no Banif e BES

Quinta-feira, Setembro 8th, 2016

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Negócios

A resolução do Banif e a posterior litigância jurídica estão a ser trabalhadas pela sociedade de advogados Cuatrecasas, que também está a assessorar nos processos devido ao veículo Oak Finance.

O Banco de Portugal fez um contrato de 200 mil euros com o escritório de advogados Cuatrecasas. A litigância geral decorrente do Banif e os problemas jurídicos advindos do veículo Oak Finance, montado pelo Goldman Sachs, são os objectivos do ajuste directo.

 

O contrato tem um valor máximo de 200 mil euros, “reporta os seus efeitos a 1 de Setembro de 2015 e mantém-se em vigor pelo prazo de três anos”, indica o documento publicado no Portal Base, onde constam as várias contratações públicas.

 

O ajuste directo (sem concurso) para a contratação de serviços de apoio jurídico foi feito devido à “ausência de recursos próprios”. O regulador adjudicou o contrato a 16 de Fevereiro deste ano, apesar de ele ter-se iniciado a 1 de Setembro.

 

“A Cuatrecasas prestou aconselhamento jurídico ao Banco de Portugal na aplicação da medida de resolução ao Banif e continua a prestar assessoria, tendo para o efeito sido contratada, no contencioso com ela relacionada, bem como no contencioso relativo à Oak Finance, relacionado ainda com a aplicação da medida de resolução ao BES”, justifica o regulador liderado por Carlos Costa a perguntas do Negócios. A Oak Finance foi o veículo a que o Banco de Portugal associa o Goldman Sachs e que ajudou a financiar o BES – veículo que o regulador retirou do Novo Banco e transmitiu para o BES “mau”.

 

O escritório de advogados não quis comentar, alegando confidencialidade ainda que, por exemplo, se saiba que a Cuatrecasas está nomeada para os FTInnovative Lawyers Awards 2016 pelo trabalho desenvolvido na resolução do Banif.

 

Contrato anterior foi executado na totalidade

 

Em relação aos 200 mil euros do contrato, o Banco de Portugal ressalva que o valor pode não ser atingido: “O preço final a pagar a cada entidade dependerá da exacta dimensão dos serviços a prestar, pelo que só quando terminar a relação contratual, ou seja, depois de se terem esgotado todas as tarefas para as quais se considerou ser necessário a assessoria jurídica em causa, se poderá afirmar qual será o montante em causa”.

O último contrato feito entre as duas entidades – regulador e escritório de advogados – foi igualmente de 200 mil euros, reportando os efeitos por três anos a partir de Abril do ano passado. Um outro, publicado em Julho de 2015 no Base, tem como tecto máximo 45 mil euros. De acordo com os dados de execução deste último contrato, já concluído, os 45 mil euros foram totalmente utilizados. Neste caso, os serviços estenderam-se por três meses, entre 5 de Janeiro e 31 de Março de 2015 para assessoria e representação jurídicas.

O Banco de Portugal tem feito várias contratações de escritórios de advogados para assessoria jurídica e várias consultoras para assessoria financeira nos processos decorrentes da resolução de bancos (Novo Banco e Banif). Ainda em Julho foi conhecida a contratação da empresa de serviços jurídicos Enyo Law para ajudar a autoridade a responder aos processos em Londres – neste caso, o contrato era de 850 mil euros.

Em relação a assessores financeiros, o BNP Paribas foi contratado pelo Banco de Portugal para o primeiro concurso internacional de venda do Novo Banco, que falhou. O montante máximo do contrato era de 15 milhões de euros. Não se sabe, depois de ter falhado o concurso, qual foi o valor efectivamente pago – a execução do contrato ainda não consta do Portal Base. Da mesma forma, ainda não se sabe com que valor o regulador se comprometeu a pagar ao Deutsche Bank, o novo assessor financeiro para a alienação do Novo Banco.