Archive for Agosto, 2016

Miguel Alçada: “Já estão em estudo soluções para capitalizar o Banif Brasil”

Domingo, Agosto 28th, 2016

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Económico

O presidente do Banif, “banco mau”, disse ao Económico, que em concertação com o Ministério das Finanças, com o Banco de Portugal e com o Banco Central do Brasil estão a procurar uma solução que evite a liquidação do Banif Brasil. “Esperamos ter uma solução a curto prazo para recapitalizar o banco”, diz Miguel Alçada.

“O Banif Portugal, o Ministério das Finanças, o Banco de Portugal e o Banco Central do Brasil estão concertados para encontrar uma solução que evite a liquidação do Banif Brasil”, disse ao Económico o presidente do Banif que ficou com os activos maus do banco que era da família Roque.

O Banif Brasil encontra-se numa situação complicada em termos de capitais e Miguel Alçada confessa que “o único obstáculo à capitalização do banco tem sido o facto de o Banif Portugal, na sequência da medida de resolução que foi aplicada no fim do ano passado, estar impedido de investir num aumento de capital do seu banco do Brasil”.

Mas quis tranquilizar os clientes garantindo que “estão em estudo soluções criativas que permitirão recapitalizar o banco”, disse ao mesmo tempo que adianta que “espera uma solução no curto prazo”.

O tema foi noticiado pelo Económico, o banco central do Brasil começou a apertar a exigência de provisões ao Banif Brasil depois de ter falhado a venda ao BTG Pactual.

“Os pressupostos teóricos da notícia estão correctos, mas não está decidida a liquidação e vamos tentar evitá-la”, disse o presidente do banco mau do Banif.

Ao Económico Miguel Alçada realça “o trabalho excelente do Conselho de Administração do Banif Brasil presidido pelo Dr. Gladstone, que foi nomeado pelo Dr. Jorge Tomé, e que tem feito um trabalho notável na recuperação e saneamento do Banif Brasil”.

Miguel Alçada faz questão de salientar que “até agora não há razões para alarme por que há soluções em estudo para recapitalizar o banco”.

“Quero deixar uma mensagem de tranquilidade e confiança a todos os clientes do banco no Brasil”

Albuquerque enfrenta manifestação de lesados do Banif e diz não poder resolver problema

Sexta-feira, Agosto 26th, 2016

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Negócios

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, enfrentou uma manifestação dos lesados do Banif, a quem disse que não pode resolver o problema, apenas fazer as diligências para ajudar as pessoas.

“Eu não posso mentir a vocês. Eu já vos recebi lá em cima [na Quinta Vigia, sede da presidência do governo]. Vocês entregaram-me cartas e eu mandei as cartas ao senhor Presidente da República e ao senhor primeiro-ministro. E vou continuar a fazer as diligências”, disse Miguel Albuquerque (na foto), presidente do Governo Regional da Madeira.

Várias dezenas de pessoas participaram esta quinta-feira, 25 de Agosto, numa manifestação, promovida pela Associação dos Lesados do Banif (ALBOA), que começou junto à Quinta Vigia e terminou à porta da principal agência do Santander Totta, instituição que adquiriu o Banif em Dezembro de 2015 por 150 milhões de euros.

Pelo caminho, os manifestantes passaram pelo Palácio de São Lourenço, sede do representante da República para a Madeira, onde, naquele momento, cerca das 12:30, se encontrava também o presidente do Governo Regional.

Os lesados não arredaram pé e solicitaram, de megafone em punho, que Miguel Albuquerque tivesse a “amabilidade” de vir falar com eles, porque, diziam, “nós não somos criminosos”.

“Estamos a falar de poupanças das pessoas, confiadas a um banco estatal”, salientou o dirigente da ALBOA Daniel Caires, vincando que as pessoas estão “completamente desesperadas”.

O presidente do Governo Regional acabou por sair do Palácio de São Lourenço e dirigiu-se aos manifestantes, a quem disse que nada pode prometer, a não ser que vai “tentar ajudar”.

Depois, falando aos jornalistas, o chefe do executivo explicou que há diligências no sentido de “tentar que as pessoas sejam ressarcidas”, mas sublinhou que a situação é “complicada” e que depende das instituições financeiras e do Banco de Portugal.

Miguel Albuquerque disse, por outro lado, que não dispõe de qualquer indicação do Governo da República sobre o caso dos lesados do Banif.

Quanto ao facto de o Santander Totta ter oferecido 500 mil euros à região autónoma, para ajudar no processo de reconstrução após os incêndios da segunda semana de Agosto, e simultaneamente manter-se inflexível no caso dos lesados, Albuquerque respondeu: “não podemos colocar em termos tão simplistas uma situação que é tão complexa”.

Os manifestantes atravessaram várias ruas do centro do Funchal batendo tachos e empunhando cartazes com inscrições como “Não queremos esmolas, apenas aquilo que é nosso”, “No roubar é que está o ganho” e “De que serve poupar? Mais vale roubar!”

Daniel Caires lembrou que 30% dos lesados do Banif são da Madeira, o que representa cerca de 800 famílias.

“Precisamos que o Governo Regional bata com o murro na mesa e diga que estas pessoas precisam de ajuda”, declarou, realçando que o Estado, enquanto entidade que era dona do banco, deve assumir os custos com o processo dos lesados.

A ALBOA representa 3.500 obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no processo de venda do banco, bem como 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil accionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

Madeira: Lesados do Banif exigem indemnização do Santander Totta

Sexta-feira, Agosto 26th, 2016

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TVI com som

No Funchal dizem que não faz sentido que não sejam também ajudadas já que, em muitos casos, também ficaram sem nada, como as vítimas dos incêndios

Dezenas de lesados do Banif concentraram-se esta manhã no centro do Funchal a exigir uma solução para os seus investimentos no banco que foi alvo de resolução.

Os manifestantes foram à sede do Governo Regional da Madeira pedir ajuda para convencer o Santander Totta a indemnizar os investidores no antigo Banif.

Os lesados no Banif, na Madeira, mostra-se indignados com o fato de, no âmbito dos incêndios, o Santander Totta ter disponibilizado cerca de meio milhão de euros para a reconstrução, bem acima das doações de cinco e 10 mil euros de outros bancos.

No entendimento destas pessoas não faz sentido que não sejam também ajudadas já que, em muitos casos, também ficaram sem nada, concretamente arriscam perder as casas.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, acabou por falar com estes lesados, a quem prometeu ajuda, no sentido de fazer algumas diligências. De resto, a mesma afirmação que já tinha feito em julho.

Em primeiro lugar o que é importante é apoiar as pessoas [a Segurança Social já está a tratar disso] algumas em grande fragilidade psicológica e material e, acredito, em alguns casos a situação terá que ser resolvida pela via judicial. Posso fazer diligências mas não posso estar a prometer coisas”, disse Miguel Albuquerque.

Em junho o Santander Totta lançou uma emissão de obrigações subordinadas destinadas aos clientes do Banif que detinham estas aplicações, que ficaram no banco mau, e que, por isso, poderão não reaver o investimento feito.

A 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal (BdP) anunciaram a resolução do Banif com a venda da atividade bancária ao Santander Totta por 150 milhões de euros e a criação da sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não quis comprar.

Entre BPN e Banif, as perdas do Estado já somam 5828 milhões de euros

Quarta-feira, Agosto 17th, 2016

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Público

Relatório do Tribunal de Contas revela que a factura do BPN em 2015 foi de 591 milhões, elevando o custo para 3237 milhões. Ao juntar os 2591 milhões perdidos com o Banif, a conta dispara.

Todos os anos, a conta paga pelo Estado na sequência da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) vai subindo. Só no ano passado, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas (TdC) ao acompanhamento da execução orçamental da administração central, a perda efectiva com a instituição intervencionada em 2008 foi de 590,8 milhões de euros.

Juntando este valor ao dos anos anteriores (a conta começou a ter impactos em 2011), chega-se a um saldo negativo acumulado de 3237,5 milhões de euros. E a factura com a instituição, reprivatizada em 2012 (foi comprada pelo BIC Portugal), tende a continuar a subir.

Somando ao BPN a perda de 2591 milhões de euros com o Banif, alvo de resolução em Dezembro do ano passado, o custo, até agora, do Estado com este dois bancos dispara para 5828 milhões de euros, dos quais 3182 milhões dizem respeito apenas a 2015.

Nas contas que implicam o Banif estão os 1766 milhões injectados directamente na instituição financeira, imediatamente antes da venda ao Santander, e os 825 milhões que o Estado tinha aplicado no capital do banco em 2013.

Depois, há ainda 489 milhões que o Estado emprestou ao Fundo de Resolução, mas a expectativa do Governo é a de que este dinheiro seja devolvido. Quem detém os activos para venda e reembolso do dinheiro é a Oitante (que ficou com vários activos do Banif). O PÚBLICO pediu à empresa um balanço dos activos já alienados, mas foi respondido que não era possível prestar essa informação.

Também a intervenção no BES em 2014 levou a um empréstimo estatal de 3900 milhões, via Fundo de Resolução, ao Novo Banco (do total de 4900 milhões). Neste caso, falta ainda saber qual o valor de venda da instituição financeira (e se é mesmo alienado) e como será pago o empréstimo caso o montante fique abaixo dos 3900 milhões.

Por fim, há ainda os 450 milhões que o Estado tinha registado como despesa com o BPP em 2010, por efeitos da execução de uma garantia bancária. O actual executivo já veio afirmar que o valor será reembolsado, e conta com esse dinheiro para baixar o défice do ano que vem.

As contas do BPN

De acordo com o relatório do TdC divulgado ontem, o saldo negativo obtido em 2015 pelo BPN é o maior desde 2012 (ano em que se registou a factura mais elevada, chegando aos 966 milhões), apesar de as despesas terem descido face a 2014. A questão é que, embora os custos tenham diminuído 2,9%, para 678 milhões, as receitas tiveram uma queda mais pronunciada devido à menor venda de activos (muitos já foram alienados, faltando resolver questões como a do BPN Brasil e finalizar o processo do Efisa).

Se em 2014 as receitas tinham sido de 222,4 milhões de euros, atenuando assim o impacto das despesas, no ano passado esse valor sofreu um recuo, para 87,5 milhões (-61%).

Os dados do TdC são os que contabilizam, numa óptica de contabilidade pública, quanto é que o país já perdeu efectivamente com esta instituição financeira.

Na sua análise, o TdC refere que as sociedades-veículo criadas para gerir os activos do BPN considerados tóxicos, ou seja, a Parvalorem, Parparticipadas e Parups, “apresentavam capitais próprios negativos” que, alerta, são encargos “a suportar eventualmente pelo Estado no futuro”.

As contas do TdC, que excluem os empréstimos do Estado, referentes a 2014 (essa análise não está disponível para o ano passado), apontavam para capitais negativos de 2281 milhões de euros.

Na altura em que o relatório do TdC foi finalizado ainda não eram conhecidas as contas de 2015 destas três sociedades, mas, entretanto, e conforme noticiou o PÚBLICO, estas já foram divulgadas. E os relatórios e contas em causa mostram que os capitais próprios continuaram a deteriorar-se, embora não seja possível nesta altura expurgar os empréstimos do Estado.

No caso da Parparticipadas, esta sofreu um prejuízo de 32,7 milhões em 2015 (contra 5,3 milhões do ano anterior) e o capital próprio está agora negativo em 124,3 milhões. A Parups teve um resultado líquido negativo em 82,1 milhões em 2015 (contra os 74,5 milhões de 2014) e o capital próprio negativo agravou-se para 875,5 milhões.

Chineses ficam com o banco de investimento do Banif

Sexta-feira, Agosto 12th, 2016

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TVI

Valor do negócio não foi divulgado. Nova dona, Bison Capital, compromete-se a injetar 10 milhões de euros. Em janeiro, o BBI já tinha passado para a sociedade-veículo no âmbito da resolução do Banif. Nessa altura foi realizado um aumento de capital

A Oitante anunciou hoje que vendeu o Banif – Banco de Investimento (BBI) à Bison Capital, sem revelar o montante do negócio, e que a nova dona do banco se comprometeu a injetar 10 milhões de euros na entidade.

“A Oitante selecionou a proposta apresentada pela Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited, por ser aquela que apresentava as condições mais favoráveis à maximização da venda do BBI, incluindo a oferta de um valor de compra superior ao valor contabilístico dos capitais próprios do BBI”, anunciou a sociedade-veículo que ficou com os ativos ‘problemáticos’ do Banif no âmbito da resolução, sem adiantar o valor da alienação.

Em janeiro, o Banif – Banco de Investimento, que já tinha passado para a sociedade-veículo Oitante no âmbito da resolução do Banif, realizou um aumento de capital de 29,4 milhões de euros, ficando com um capital próprio de 114,4 milhões de euros.

Ainda na informação hoje divulgada sobre a venda do Banco de Investimento do ex-Banif, a Oitante acrescenta que a Bison Capital “comprometeu-se a aumentar o capital social do BBI no valor de 10 milhões de euros no prazo de um ano a contar da efetiva transmissão das ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas”.

A Oitante estava a tentar alienar o BBI desde abril e, na semana passada, a 03 de agosto, celebrou um contrato de compra e venda de ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas com a Bison Capital tendo em vista a alienação da sua participação no BBI, que correspondia a 100% do capital.

“As condições para a entrada em vigor do contrato foram, no dia 9 de agosto, verificadas na sua totalidade, encontrando-se agora a efetiva transmissão das ações, prestações acessórias e obrigações subordinadas dependentes da obtenção das autorizações regulatórias aplicáveis”

A 20 de dezembro do ano passado, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif.

Parte dos ativos do banco passaram para Santander Totta por 150 milhões de euros e foi criada a sociedade-veículo Oitante para a qual foi transferida parte dos ativos que o Totta não quis, caso da Açoreana Seguros, que foi comprada recentemente pela Tranquilidade, ou o Banif – Banco de Investimento, agora alienado.

Já no Banif S.A. – o banco mau – ficaram as posições dos acionistas e obrigacionistas subordinados do Banif e as operações que o banco tinha no Brasil e em Cabo Verde.

Apollo injecta 22 milhões na Açoreana após absorção de prejuízos

Segunda-feira, Agosto 8th, 2016

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Revista Sábado

ASF, Ministério das Finanças, Banco de Portugal, Oitante, Apollo, Soil: ninguém revela quais os valores que envolveram a venda da Açoreana. A Tranquilidade, da Apollo, aumenta o capital da Açoreana mas ambas vão manter-se separadas.
A Apollo, através da Tranquilidade, fez um aumento de capital de 22,7 milhões de euros na Açoreana. Este é, aliás, o valor actual do capital social da seguradora porque o comprador utilizou o capital anteriormente existente para absorver os prejuízos acumulados: 135,6 milhões de euros era o valor do capital social, usado para a limpar a empresa. A chamada operação harmónio (uma redução de capital seguida de um aumento) faz com que a seguradora que pertencia ao Banif e aos herdeiros de Horácio Roque siga, com o novo accionista, sem perdas herdadas e com capital.

“A grande prioridade passa por estabilizar a Açoreana através da injecção de capital para reforçar a sua solidez e retomar o desenvolvimento sustentável do seu negócio. Em função dos crescimentos verificados ao longo do tempo, os níveis de solvência serão sempre os adequados”, assinala a Tranquilidade, que pertence ao fundo americano Apollo, ao Negócios. A seguradora tinha fechado 2015 com um capital próprio negativo de 6 milhões de euros.

Não é revelado, pela seguradora, o montante da injecção. E os 22,7 milhões não mostram todo o esforço feito pelo comprador, já que não se sabe qual o valor final do acordo de compra e venda. A Açoreana era detida em 52,31% pela Soil SGPS (que tinha dívidas a saldar perante a Caixa Geral de Depósitos e o Santander Totta) e em 47,69% pela Oitante (veículo que herdou os activos do Banif que o Totta não quis).

O valor do aumento de capital e da redução não foram revelados pelas empresas envolvidas: são os montantes disponíveis no portal de justiça, publicados na sexta-feira passada. Nenhuma das entidades e autoridades envolvidas quis responder às perguntas do Negócios sobre os números.

Um muro de silêncio

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões remeteu-se sempre ao silêncio, apesar de ter estado sempre a acompanhar o processo dada a situação deficitária com que a Açoreana ficou após a queda do Banif. O mesmo tinha já acontecido com a Tranquilidade quando foi adquirida, no arranque de 2015. A Apollo/Tranquilidade não responderam a questões sobre os valores. “Não temos por hábito divulgar ou comentar detalhes de operações financeiras que envolvem ou envolveram outros accionistas. Além de mais, o contrato contém cláusulas de confidencialidade”, indica a resposta dada ao Negócios pelo comprador.

O Ministério das Finanças, garante último da estabilidade financeira, também não deu resposta ao Negócios. O mesmo aconteceu com o Banco de Portugal, junto do qual funciona o Fundo de Resolução, accionista único do veículo Oitante, que tinha 48% da Açoreana. “Enquadra-se na prossecução do objectivo com que a Oitante foi criada de maximização do valor de venda dos seus activos”, é como o veículo, liderado por Miguel Artiaga Barbosa (que foi o representante do Estado no Banif), comentou, em comunicado, a operação de venda. Instada a fazer mais comentários sobre a operação, nomeadamente aos valores da operação, a Oitante não quis comentar. Não foi possível também obter resposta da Soil SGS.

Empresas separadas
 
Nesse mesmo comunicado, a Oitante afirmou que a alienação da sua participação, em conjunto com a da accionista maioritária, “visa permitir a capitalização da Açoreana em linha com os requisitos prudenciais aplicáveis, bem como a criação de condições para a sustentabilidade desta entidade e, consequentemente, a preservação de postos de trabalho”. A Açoreana terminou o ano passado com 665 trabalhadores.
Já a Tranquilidade defende que as duas empresas têm “estratégias e objectivos específicos” mas que “passam a ter um forte accionista comum”, a Apollo. “As marcas das empresas seguradoras são um valor importante que importa salvaguardar e gerir”, assinala a companhia. Juntas, sobem ao número dois do ramo não vida, segundo tinha dito já na sexta-feira passada a compradora.

Neste momento, e depois de uma autorização antecipada do regulador dos seguros liderado por José Almaça (na foto), Jan Adriaan de Pooter, que é o líder da Tranquilidade, fica como presidente da administração da Açoreana.

Relatório preliminar Banif Assembleia da República Comissão de Inquérito

Segunda-feira, Agosto 8th, 2016

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Relatório Banif VRascunho_21072016

Banif/Madeira: Lesados prometem manifestações “mais fortes e acentuadas” durante o verão

Domingo, Agosto 7th, 2016

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O dirigente da Associação de Lesados do Banif disse que a instituição pretender endurecer e disseminar as manifestações de protesto por toda a Região Autónoma da Madeira durante a época estival.

O dirigente da Associação de Lesados do Banif (ALBOA) Daniel Caires disse esta quinta-feira, no Funchal, que a instituição pretender endurecer e disseminar as manifestações de protesto por toda a Região Autónoma da Madeira durante a época estival.

“Queremos manifestações não só na sede do Santander, mas também em toda a ilha, junto da Quinta Vigia [sede da presidência do Governo Regional], e também queremos tornar as manifestações mais fortes, mais acentuadas”, disse Daniel Caires à agência Lusa, na sequência de uma reunião dos lesados.

O encontro, que contou com a presença de um advogado da ALBOA, juntou cerca de 80 ex-clientes do Banif e serviu para traçar o ponto da situação e programar novas ações de rua.

Daniel Caires disse que em termos judiciais não há qualquer novidade e, por outro lado, as propostas de solução apresentadas pelo Santander, que adquiriu o Banif em 2015, não agradam aos lesados.

“O Santander apresentou uma proposta em que os lesados, basicamente, tinham de entrar com mais dinheiro para recuperar uma parte daquele que perderam”, explicou, sublinhando que o problema é que as pessoas “não têm mais dinheiro e estão com graves problemas”, além de que muitas têm 70 e 80 anos e já não têm possibilidade de trabalhar.

A ALBOA foi criada há seis meses na sequência de manifestações espontâneas dos lesados do Banif, levadas a cabo sobretudo nas regiões autónomas da Madeira e Açores, onde o banco detinha uma quota de mercado significativa, antes de ser vendido ao Santander Totta por 150 milhões de euros.

A associação representa 3.500 obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no processo de venda do banco, bem como 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.