Banif pediu empréstimo de 500 milhões à Caixa dois dias antes da resolução

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A notícia é avançada pela TSF que avança que o pedido era fundamentado na “incerteza sobre a venda” e em “notícias alarmistas”

O Banif quis uma garantia do Estado para um empréstimo de 500 milhões da Caixa Geral de Depósitos, dois dias antes da resolução, avança a TSF. O pedido era fundamentado na “incerteza sobre a venda” e “notícias alarmistas”.

Em carta enviado ao Banco de Portugal, com data de 18 de Dezembro, a que a TSF teve acesso, a administração do Banif pediu autorização para obter um empréstimo extraordinário de 500 milhões de euros junto da Caixa Geral de Depósitos com garantia do Estado.

A equipa de gestão do Banco Internacional do Funchal fundamentou a operação com a necessidade de “mitigar o impacto da situação excepcional” vivida pelo banco devido à “incerteza em torno do processo de venda” que ainda decorria, e com aquilo que descreveu como “notícias alarmistas e infundadas difundidas pela comunicação social, que provocaram forte instabilidade e desconfiança junto dos clientes do banco”.

A carta não refere especificamente a notícia da TVI, que quatro dias antes dava conta de dificuldades graves no banco, que poderiam mesmo culminar no fecho da instituição.

O Banif não conseguiu calcular o impacto dessa notícia, que acabaria por levar a administração do banco a ameaçar processar a estação, que depois pediu desculpa à instituição.

Na documentação consultada pela TSF não consta nenhuma resposta do regulador àquele que foi, talvez, o último acto de gestão do Banif, cuja resolução seria anunciada por António Costa dois dias depois.