Archive for Janeiro, 2016

Centeno admite que notícia da TVI teve impacto na resolução do Banif

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Negócios

O ministro das Finanças reconheceu que a notícia da TVI sobre as dificuldades do Banif “teve impacto” na intervenção no banco. No parlamento, Mário Centeno garantiu que a Apollo nunca fez uma proposta vinculativa para comprar o banco.

“Aconteceram alguns eventos na semana anterior à resolução que tiveram impacto na resolução do Banif”, admitiu o ministro das Finanças, na audiência que decorre esta sexta-feira, 29 de janeiro, na comissão parlamentar de orçamento e finanças.

Mário Centeno referia-se à notícia de 13 de dezembro que dizia que o Banif estava preparado para fechar, depois de ter sido questionado pelo deputado do PSD, António leitão Amaro, sobre o impacto desta informação e sobre se o Ministério tinha sido fonte de informação nesta notícia. No entanto, o governante não referiu especificamente à informação da TVI. “Teve impacto, mas não posso atribuir causalidade”, sublinhou o ministro.

Centeno revelou ainda que durante o processo de venda voluntária do Banif apenas apareceram três ofertas, das quais somente duas eram vinculativas. O ministro adiantou que a proposta da Apollo, gestora norte-americana de private equity, “não era vinculativa”.

“A famosa proposta da Apollo não existe. Era mais um ‘se’. E com ‘ses’ não se vendem bancos. Era uma proposta não vinculativa”, insistiu Centeno, depois de ter adiantando que a exigência de ofertas vinculativas pretendia garantir a venda do Banif.

“No momento de entrega de propostas de compra pediam-se propostas vinculativas. Se não, as ofertas eram ‘ses’ e com ‘ses’ não se vendem bancos”, justificou Centeno.

Afinal porque pagámos 3.000 milhões?

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Negócios Opinião André Veríssimo

Quando os contribuintes são chamados a entrar com 3.000 milhões de euros num banco, manda a probidade que exista total transparência sobre o que se passou e sejam apuradas todas as responsabilidades.

E há muitas questões por responder. Porque se precipitou a resolução do Banif naquele domingo? Não é indiferente. Isso serviu os interesses de alguém. E por alguém se ter servido disso podem …

BES e Banif “talvez signifiquem que o senhor governador não tem condições para continuar”

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Expresso

Governador do Banco de Portugal muito criticado no dia em que se deslocou ao Parlamento no âmbito do caso Banif

Estas fragilidades do sistema financeiro português provocadas pelos banqueiros, com a cobertura do Banco de Portugal [BdP], talvez signifiquem que o senhor governador não tem as mínimas condições para continuar”, afirmou esta sexta-feira o deputado comunista Miguel Tiago durante a audição do governador Carlos Costa na comissão de Orçamento e Finanças.

Miguel Tiago referiu que “desde 2008 os portugueses já enterraram 16 mil milhões de euros na banca sem que tivessem qualquer responsabilidade nisso”. E acusa os próprios banqueiros de criarem “os grandes problemas nos bancos”, apesar de serem “os trabalhadores que, no final, têm de pagar.”

O deputado do PCP acusa o BdP de ter responsabilidade neste processo. “Como é possível que um banco que está já num processo de ajudas públicas chegue a esta situação sem que o BdP tivesse atuado positivamente? Como é que só no dia 17 novembro o BdP tomou conhecimento das imparidades que arruinam o balanço do banco?”

Banif: houve quatro propostas de compra até 18 de dezembro

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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TVI

O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou hoje que a administração do Banif recebeu quatro propostas para a compra do banco até ao dia 18 de dezembro, uma das quais não vinculativa, e deu disso conta ao Governo.

“O plano de venda naquele instante, do Banif e dos ativos postos à venda separadamente, passava por entregas para venda voluntária até ao dia 15 de dezembro. Não chegou nenhuma. Estendemos até dia 18 e chegaram três propostas e uma não vinculativa. Essas propostas foram entregues pela administração do Banif ao Governo, e pelo Governo ao Banco de Portugal”, disse Mário Centeno.

O ministro, que está a ser ouvido na Comissão do Orçamento, no âmbito da venda do Banif, disse que o atual executivo só percebeu a gravidade da situação quando tomou posse.

As dificuldades que o banco enfrentava foram “transmitidas pelo governo anterior e tentamos perceber quais as alternativas existentes”, declarou.

“Atendendo à situação particular do Banif – em profundas dificuldades, com uma ajuda de Estado não autorizada, depois de oito processos de reestruturação, e depois de longas cartas, mas com pouca produtividade – era necessário agir muito rapidamente e foi o que fizemos”, sublinhou Centeno.

O ministro das Finanças garantiu que, nos primeiros contactos com Bruxelas, o atual Governo dei informações sobre o processo de venda em curso, avançando “que tinha de ter uma conclusão muito acelerada, atendendo à situação específica do banco”.

“O processo voluntário de venda teria de ter um preço positivo, mas nessa data era muito complicado alguém dizer se se ia concretizar, se os interesses tinham sido apresentados, eram só ‘ses'”, referiu o governante.

Entre as quatro propostas que chegaram à administração do Banif, a proposta não vinculativa pertencia à Apollo, afirmou Mário Centeno.

Essa proposta não vinculativa “não existe, e como com ‘ses’ não se vendem bancos, não foi possível um outro resultado que não aquele”, explicou.

O ministro das Finanças esclareceu ainda que o Governo foi informado a 04 de dezembro  pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, de que o supervisor “teve de assumir responsabilidades junto da Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia por ausência do Governo”, ou seja, o impasse político que ocorreu até à tomada de posse do atual executivo terá prejudicado o processo de venda do Banif.

“O que o Governo, como entidade responsável pela estabilidade financeira do país fez, foi a preservação da estabilidade financeira”, rematou Mário Centeno.

 

Santander comprou Banif a um quarto do valor

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Observador

“Negócios” escreve que o balanço da atividade comprada valia 600 milhões de euros. Santander comprou por 150 milhões, mas criou provisão de 316 milhões. Mesmo assim, preço foi metade do valor deduzido

O Santander Totta comprou o Banif por 150 milhões, recebendo ativos e passivos que em balanço valem 600 milhões euros, escreve esta sexta-feira o Negócios. Este último valor pode ser deduzido da almofada que o Santander Totta colocou de parte, criando umaprovisão de 316 milhões para precaver “surpresas inesperadas“, mas trata-se, ainda assim, de um pagamento de cerca de metade do valor contabilístico.

A análise do Negócios conclui que, mesmo descontada a provisão de 316 milhões – que ainda não se sabe se já foi usada –, o Banif está avaliado em 283 milhões, o dobro do que o o Santander Totta pagou pela operação. Foram estes 283 milhões de euros que o Grupo Santander registou, por regra contabilística, nas contas anuais divulgadas na última quarta-feira.

Apesar de António Vieira Monteiro ter dito que já foram encontradas “surpresas” no valor dos ativos adquiridos, o Santander Totta garante que o risco associado a essas “surpresas” é integralmente do próprio, já que o banco foi comprado no cenário de resolução e não foi feita uma análise mais aprofundada (due dilligence) aos valores.

Ainda assim, para que a compra do Banif pudesse ter avançado, no cenário de resolução, antes da venda ao Santander, o Estado teve de injetar 1.766 milhões de euros na instituição (valor que, somado ao empréstimo ao Fundo de Resolução, ascende a 2.255 milhões) para precaver “contingências futuras”. Um mecanismo que, como disse a Comissão Europeia, teve como objetivo “apoiar a venda de ativos e passivos do Banif ao comprador”, ou seja, o Santander Totta.

Banif ficaria sem liquidez se operasse mais uma semana”

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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TVI com som

Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, está a ser ouvido no Parlamento sobre o colapso do banco e consequente venda ao Santander Totta

O governador do Banco de Portugal disse, nesta sexta-feira, que o “Banif ficaria sem liquidez se operasse mais uma semana”.

“O Banif não conseguiria fazer face à semana seguinte em termos de liquidez. Imaginem um banco na segunda-feira sem liquidez e de portas abertas”, sublinhou Carlos Costa, apontando “o quadro de urgência” em que a venda inserida na medida de resolução foi concretizada, destacando que o Banco Central Europeu (BCE) já tinha decidido retirar o estatuto de contraparte ao Banif, com efeitos a 21 de dezembro.

O governador garantiu ainda que durante os dias que antecederam a resolução do Banif, feita a 20 de dezembro do ano passado, “houve diálogo e interação com o Governo porque senão não havia recursos necessários”.

Carlos Costa está a ser ouvido no Parlamento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa no âmbito do processo de resolução do Banif, que foi vendido ao Santander Totta.

O responsável disse, também, que os custos com o Banif teriam sido ” muito grandes” caso o banco tivesse sido liquidado.

Em resposta às questões sobre o baixo valor pago pelo Santander Totta, Carlos Costa explicou que o corte de 66% no valor dos ativos do Banif feito no âmbito da resolução resultou das “regras conservadoras” da Comissão Europeia.

“O ‘hair cut’ de 66% deve-se às regras conservadoras aplicadas pela DG Comp [Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia]”, afirmou, referindo-se aos 150 milhões de euros pagos pelo Banco Santander Totta para ficar com a atividade bancária do Banif, verba que é considerada por muitas vozes como um ‘preço de saldo’.

Questionado pelos deputados sobre as razões que levaram o BdP a convidar apenas o Banco Santander e o Banco Popular para participarem no processo de alienação do Banif, o governador voltou a insistir que eram os únicos em condições de concorrer à operação.

“Foram convidadas as duas instituições que eram as duas únicas que permitiam preencher os requisitos. Têm de ter licença bancária ou garantia de concessão da garantia bancária”, disse.

De resto, Carlos Costa reiterou que “o Banco de Portugal não sabia quem eram os interessados no processo de venda voluntária”. “Foi a administração do Banif que conduziu esse processo”, indicou, realçando: “O Banco de Portugal atuou na sua qualidade de garante do dinheiro dos depositantes e do sistema financeiro.”

BdP não autorizou devolução da última tranche da dívida

Carlos Costa revelou que o Banco de Portugal não autorizou a devolução da última tranche dos instrumentos híbridos de capitais (‘CoCo’) subscritos pelo Estado no valor de 125 milhões de euros.

“O BdP não autorizou a devolução da última tranche dos ‘Coco’. A instituição tem de pedir autorização ao BdP para que o reembolso dos ‘Coco’ seja feito”, disse, justificando que esta opção de “reembolso dos ‘CoCo’ iria debilitar o capital do banco”.

Em 2013, o Estado português subscreveu 400 milhões de euros de obrigações convertíveis em capital (‘CoCo’) do Banif, tendo o banco devolvido 275 milhões de euros.

Paralelamente, o Tesouro investiu nessa data 700 milhões diretamente em ações especiais do banco, que lhe deram uma posição acionista de 99% no Banif.

O PS confrontou Carlos Costa com o facto de ter afirmado há três anos no parlamento que o Investimento do Estado no Banif ia dar retorno e que não havia motivo para preocupação.

Em resposta ao deputado socialista João Paulo Correia, o governador do BdP afirmou que “o Banif não foi o único banco a apresentar um plano de reestruturação”.

Carlos Costa referiu ainda, a propósito, que “os planos de recapitalização implicam o pagamento de taxas de juros e constituem uma vantagem para o prestamista”.

“No caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), do BCP e do BPI, seguramente, que foi um negócio interessante para o prestamista”, sublinhou o governador.

A 20 de dezembro, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, sendo que 1.766 milhões de euros saem diretamente do Estado e 489 milhões do Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas.

No total, e tendo em conta os valores até agora conhecidos e retirando o valor pago pelo Santander Totta, o resgate ao Banif pode custar ao Estado – e, logo, aos contribuintes – até 3.700 milhões de euros.

Apollo vai manter marca Açoreana após fusão com Tranquilidade

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Económico

Apollo promete replicar na Açoreana a estratégia de recapitalização, foco no cliente e valorização dos recursos da empresa, que implementou na Tranquilidade. Marca será mantida.

A Apollo pretende manter a marca Açoreana, se concretizar a compra da seguradora. Ao que o Diário Económico apurou, na proposta pela Açoreana a gestora de fundos americana propõe replicar a mesma estratégia de recapitalização, enfoque no cliente, valorização e optimização de recursos que implementou na Tranquilidade, a seguradora que comprou ao Novo Banco no ano passado.

Este processo será levado a cabo de forma concertada com os principais ‘stakeholders’ da Açoreana, como os funcionários, o supervisor, os corretores e os grandes clientes. A prioridade será assegurar a normalidade do funcionamento da Açoreana.

A região dos Açores, onde a companhia tem uma importante presença, merecerá forte atenção no âmbito deste processo, sabe o Económico.

O objectivo final da Apollo é integrar a Açoreana na Tranquilidade, mantendo a marca da companhia fundada em 1892. A proposta da Apollo não exclui eventuais rescisões, no processo de fusão, mas a terem lugar será no âmbito de uma estratégia que se assume como de valorização da companhia e não da sua destruição. Recorde-se que, nos últimos dias, a possibilidade de rescisões tem causado polémica, com o sindicato do sector a exigir a manutenção dos postos de trabalho e o PSD a pedir esclarecimentos sobre a venda, no Parlamento.

Na semana passada, a Apollo foi seleccionada para iniciar negociações exclusivas para a compra da Açoreana, no processo de venda que está a ser conduzido pelo Citi, debaixo da alçada do supervisor dos seguros. O contrato de exclusividade prevê que a oferta vinculativa da Apollo permanece válida até ao fim de Janeiro. Se até ao dia 31 (domingo) não for possível concluir o negócio, a concorrente Caravela deverá ser chamada à mesa das negociações, substituindo a Apollo. Na quarta-feira, o presidente da Caravela, Diamantino Marques, concedeu uma entrevista ao Económico onde defendeu que a sua proposta é a única das três que assegura a continuidade da Açoreana.

A terceira concorrente, a Allianz, estava interessada apenas na carteira da Açoreana, pelo que só deverá ser chamada em último recurso.

Oferta da Apollo incide sobre a totalidade do capital
Ao contrário do que, por lapso, o Diário Económico noticiou na terça-feira, a oferta da Apollo incide sobre a totalidade do capital da Açoreana e não apenas sobre os 52% que são detidos pela SOIL, da família Roque. Ou seja, abrange também a participação de 48% que está nas mãos do Oitante, o veículo pertencente ao Fundo de Resolução. E não é possível, ainda, estimar o encaixe a que os accionistas terão direito com a venda, dado que esse valor dependerá das necessidades de capital que forem identificadas na seguradora. O valor oferecido pela Apollo – que não foi possível apurar, até ao fecho da edição – será dividido em duas parcelas: uma servirá para cobrir as necessidades de capital da Açoreana e outra servirá para pagar aos accionistas.

As necessidades de capital poderão ascender a 50 milhões de euros, segundo foi noticiado. Mas o cálculo final estará dependente das contas de 2015, que estão a ser fechadas por estes dias (ver texto ao lado). Só aí se saberá quanto receberão os accionistas, do montante oferecido pela Apollo.

Fusão dará origem ao segundo maior ‘player’ nacional
Se a fusão entre a Tranquilidade e a Açoreana avançar, dará origem à segunda maior seguradora no ramo Não-Vida, tal como o “Jornal de Negócios” noticiou há dias, com prémios anuais na casa dos 600 milhões de euros.

De acordo com os dados disponibilizados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em 2015 a Açoreana foi a quarta maior seguradora neste segmento, tendo registado prémios no valor de 274,56 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 3,4%.

Já a Tranquilidade, que até à resolução do BES (Agosto de 2014), pertencia ao antigo Grupo Espírito Santo, registou prémios no valor de 320,29 milhões de euros no ano passado, valendo-lhe o terceiro lugar neste mercado. A Apollo adquiriu a Tranquilidade em Janeiro de 2015, comprando-a ao Novo Banco.

A Allianz, com um volume de prémios no valor de 338,92 milhões, ocupa a segunda posição, atrás da Fidelidade, a líder de mercado, com prémios no valor de mil milhões de euros.

A Caravela, uma seguradora criada no ano passado, está também interessada na Açoreana, cuja aquisição lhe permitiria entrar directamente para a “primeira liga” no sector. Liderada por Diamantino Marques, a Caravela teve prémios no valor de 28 milhões de euros, em 2015, o que lhe vale o 19º lugar no ´ranking’ das seguradoras não-Vida em Portugal.

Até ao fecho, não foi possível obter esclarecimentos de fonte oficial da Apollo.

CGD admite “grande afluência” na abertura de contas após resolução do Banif

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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Observador

O vice-presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Nuno Fernandes Thomaz, admitiu que a resolução do Banif terá contribuído para a “grande afluência” na abertura de contas na instituição pública.

“Se dissesse que não estaria a mentir”, declarou o responsável aos jornalistas na Presidência do Governo Regional da Madeira, a Quinta Vigia, depois da assinatura de um protocolo com o executivo madeirense, quando instado a comentar se os problemas com o Banif representaram um aumento na abertura de novas contas na CGD.

Nuno Fernandes Thomaz adiantou que “houve muitas contas abertas na CGD”, considerando que idêntica situação se terá registado noutros bancos.

O responsável salientou que a Caixa tem vindo a “incrementar a relação com o Governo Regional há dois anos”, apontando que “as coisas têm corrido bastante bem” e que “não foi porque houve a resolução do Banif que a Caixa decidiu agora vir assinar o protocolo”.

Escusando-se a revelar mais pormenores sobre o conteúdo do acordo, Nuno Fernandes Thomaz referiu apenas que vem “estreitar ainda mais a relação entre a Caixa Geral e a Região Autónoma da Madeira [RAM]” e “traduz a excelente relação” entre as duas instituições, decorrente do papel que o banco desempenhou “no apoio ao processo de reestruturação financeira da Madeira”.

Instado a pronunciar-se sobre a sua permanência na CGD, respondeu: “Eu estou na Caixa e até o ultimo dia em que estiver vou continuar a trabalhar da mesma forma, desde o dia em que comecei, de forma empenhada e séria”, remetendo uma posição para um momento posterior.

Por seu turno, o Secretário Regional das Finanças e Administração Pública da Madeira destacou o “papel muito importante na consolidação financeira da Madeira” desempenhado por esta instituição bancária, ao permitir soluções compatíveis com as possibilidades da região, numa altura em que esta estava descredibilizada perante os mercados.

Segundo o governante insular, a Madeira tem até “uma dívida de gratidão” para com este banco, porque, embora tenha sido “um negócio, percebeu as limitações e que a Madeira precisava de apoio numa altura muito difícil”.

“Hoje, as contas [do arquipélago] estão muito melhores”, declarou Rui Gonçalvez, salientando que a CGD vai continuar a ser “um parceiro importante para o desenvolvimento da Madeira, quer ao nível da economia, quer no apoio aos funcionários e também ao Governo Regional, no financiamento das políticas públicas”.

O responsável mencionou que, em 2015, a Caixa “liderou o consórcio bancário que garantiu o financiamento para a RAM para 2016, os 185 milhões de euros” e que foi fechado um outro “contrato de financiamento de apoio à tesouraria, de 25 milhões de euros, em condições financeiras extraordinárias”.

O secretário regional afirmou igualmente que está “garantido o financiamento do Orçamento Regional de 2016 a 100%”, argumentando que tal é “muito importante” para assegurar aos fornecedores que a “Região vai conseguir pagar quer as despesas na área da Saúde e Educação sem atrasos” e admitiu renegociar a taxa de juro de 3,3% agora aplicada à região.

PSD vai chamar instituições europeias à comissão do caso Banif

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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TSF

O partido não revela para já em concreto que instituições internacionais, mas salienta a necessidade de esclarecer de forma cabal o que aconteceu sobretudo nas últimas quatro semanas em relação ao banco. E insiste na realização de uma auditoria externa independente ao caso.

Sem adiantar ainda que instituições europeias pretende chamar para prestar esclarecimentos sobre o caso Banif, o PSD assume a intenção de chamar várias instituições à comissão. À conversa com os jornalistas, António Leitão Amaro diz ter havido um grande volte face de posições das instâncias nacionais e europeias a propósito do caso que tem de ser esclarecido.

Ministro revela detalhes de propostas para a compra do Banif

Sexta-feira, Janeiro 29th, 2016

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SIC com som

O ministro das Finanças revelou esta sexta-feira alguns detalhes das propostas do Banco Popular e do Santander Totta, que previam o despedimento de centenas de trabalhadores do Banif, que entretanto transitaram para o veículo que gere os ativos tóxicos.