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Prejuízo de 2015 terá sido agravado pela crise do Banif e pela fusão da Rentipar Seguros.
A Açoreana terá fechado o exercício de 2015 com um prejuízo superior a cem milhões de euros, apurou o Diário Económico junto de fontes do mercado. As contas ainda não estão fechadas, mas as perspectivas são de fortes perdas com a resolução do Banif e com a fusão da Rentipar Seguros. Isto apesar do bom desempenho operacional da companhia liderada por José Gomes, que cresceu acima do mercado em vários segmentos.
Questionada pelo Diário Económico, fonte oficial da seguradora recusou fazer comentários sobre as contas de 2015, dado que as mesmas ainda não foram publicadas.
Até Dezembro do ano passado, Açoreana era detida em 48% pelo Banif, mas ao mesmo tempo era também accionista do banco fundado por Horário Roque. Com a resolução, decretada há cinco semanas, a seguradora terá sofrido prejuízos na ordem dos 45 milhões de euros.
Por outro lado, os resultados do ano passado terão sido afectados também pelo reconhecimento de prejuízos relacionados com o ‘goodwill’ de cerca de 85 milhões de euros da integração da Rentipar Seguros, que teve lugar em 2014.
Estes impactos negativos ajudam a explicar a necessidade de reforço dos rácios de capital da seguradora, já que os capitais próprios terão sido afectados.
Segundo noticiou recentemente o “Negócios”, as necessidades de capital rondarão os 50 milhões de euros. Mas os números finais só estarão definidos nos próximos dias, quando se fecharem as contas de 2015. O contrato de negociações exclusivas que foi assinado com a Apollo protege o lado vendedor – os accionistas SOIL (52%) e o Oitante (48%), do Fundo de Resolução – na medida em que mantém a validade da proposta americana até ao fecho das contas, ou seja, até ao dia 31 de Janeiro (próximo domingo). Até essa altura, serão conhecidas as necessidades de capital da seguradora e saber-se-á quanto vai a Apollo injectar para reforçar os rácios e quanto vão receber os accionistas.
Se o acordo com a Apollo não for concluído no prazo previsto, a negociação poderá continuar, passando para a segundo interessada, a seguradora portuguesa Caravela, liderada por Diamantino Marques.