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O Banco de Portugal revela que o recurso a ajuda pública e a integração no banco estatal foram cenários analisados.
O Banif foi vendido ao Santander Totta por 150 milhões de euros, no âmbito de um processo de resolução, a 20 de dezembro. Mas o governador chegou a sugerir alternativas a este cenário ao Executivo de António Costa. “O Banco de Portugal apresentou [ao governo] a recapitalização pública e a integração numa instituição bancária”.
Mas, esclarece o governador, “a integração na CGD não era possível porque “a Caixa estava sujeita ao regime de recapitalização pública”.
Recorde-se que o banco estatal recebeu 900 milhões de euros do Estado, que ainda não foram devolvidos. O prazo termina no verão de 2017. Desconhecimento de Jorge Tomé prende-se com razões de segurança O governador refere, na Comissão de Orçamento e Finanças, que se questionam muitas vezes as razões pelas quais a entidade resolvida fica à margem do processo de resolução. E responde: “Um processo de resolução tem de se processar de uma forma cuidadosa, do ponto de vista da circulação da informação, por uma questão de segurança”.
Carlos Costa justifica, desta forma, o facto de Jorge Tomé, presidente do Banif à data da resolução, só ter tido conhecimento da resolução e venda do Banif ao Santander Totta pela comunicação social. “O Banco de Portugal não tem nada a dizer sobre uma fuga de informação”, sublinha.
Recorde-se que a notícia da TVI, no dia 13 de dezembro, conduziu a uma perda de depósitos no valor de 960 milhões de euros numa única semana. O governador descarta ainda qualquer hipótese de a fuga ter tido origem no Banco de Portugal. “O Banif não tinha liquidez para mais uma semana”, garante.