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O grupo Banif acaba de se lançar no projecto das lojas financeiras, com a abertura de um destes espaços nos Açores, sob a marca BCA – Banco Comercial dos Açores, controlado em 68,79 por cento pelo Banif. O objectivo destas novas lojas é disponibilizar todos os serviços relacionados com o mercado de capitais, mediante o acesso a informações de bolsa e controlo de execução das operações desenvolvidas por uma equipa especializada em mercados financeiros. Longe de constituir a primeira de uma série de aberturas de lojas noutros pontos do país, a loja açoriana vai funcionar como uma experiência para o grupo, a partir da qual, caso os resultados sejam positivos, se poderá estender à Madeira e ao Continente.Horácio Roque, presidente do Banif, disse ao PÚBLICO que este é um dos projectos que o grupo tem neste momento em marcha, na sequência da criação do Banif Banco de Investimento (BBI). Este novo banco, que já está a funcionar nas áreas do “corporate finance”, mercado de capitais, “private banking”, corretagem e gestão de activos, foi formalmente apresentado na passada segunda-feira em Ponta Delgada. Idênticas apresentações já foram feitas em Lisboa e no Funchal.Neste encontro, Horácio Roque referiu que a constituição do BBI representa “mais um passo no seguimento da estratégia que o Grupo Banif tem vindo a adoptar ao longo dos últimos dez anos”, nomeadamente na “criação de uma rede de infra-estruturas sob a forma de empresas especializadas em diversos ramos de actividade financeira”. “Vamos entrar num mercado-alvo que é o das pequenas e médias empresas e esperamos também funcionar como intercâmbio entre Portugal e o Brasil. Penso que vamos ter um crescimento razoável”, disse ao PÚBLICO.O Banif considera também necessárias alianças a nível internacional, sobretudo na área da gestão de activos, à semelhança da associação que já tem com a italiana Cisalpina, para os fundos de investimento.Para este ano, está prevista a abertura de 22 novas agências em Portugal, o que aumentará o número total de balcões para 138. O BCA fez recentemente um aumento de capital, através do qual o Banif aumentou a sua participação de 64,79 para 68,79 por cento. O restante capital encontra-se nas mãos do Governo Regional dos Açores, prevendo-se, no entanto, que o Banif adquira esta participação, ou que ela seja vendida a um parceiro estratégico.Na área seguradora, o grupo tem a decorrer estudos de mercado para avaliar se se irão manter as duas marcas de seguros, a Açoreana e a O Trabalho. À partida, a O Trabalho deverá manter-se no continente, mantendo-se a Açoreana nos Açores. A O Trabalho já se encontra totalmente integrada no grupo, tendo as duas seguradoras o mesmo conselho de administração.Horácio Roque, que considera o Banif “uma noiva apetecível”, sempre adianta que, como em qualquer relação, só há noivado e casamento se a potencial noiva assim entender. Mas a quem considera que só as grandes instituições terão espaço para sobreviver responde que a ideia do grupo é alargar os serviços que já presta actualmente aos seus clientes, tendo em conta a sua actuação nos nichos de mercado que são as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e numa lógica de especialização.O grupo lançou-se na banca de investimento em 1999, com a aquisição do Banco Primus, no Brasil, e a constituição do BBI em 2000, tendo passado pela criação da Banif Finantial Services, em Miami, e da Finab -International Corporate Management Services, nas ilhas Caimãs. No horizonte está, também, a criação da Banif Securities, em Nova Iorque, em princípio até ao final do primeiro semestre. Além do Brasil, o Banif “tem uma grande influência na Venezuela” e a sociedade em Miami pretende servir os clientes da América Latina, uma vez que nesta zona se concentram muitas pessoas oriundas dessa região.
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