UE-África: Algumas reservas de dirigentes africanos

Tomás Salomão - secretário executivo da SADCO secretário executivo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Tomás Salomão, afirmou hoje que africanos e europeus «olham de maneira diferente para os acordos de parceria económica», em declarações à imprensa à margem da cimeira UE/África. «O objectivo da Europa em função da forma como compreende África é a conquista do mercado africano», criticou considerando a cimeira um evento «desigual» entre países desenvolvidos e em desenvolvimento ou pobres. O antigo ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano sublinhou que os interesses africanos na «parceria com a Europa» assentam numa «cooperação entre iguais» para desenvolver, modernizar e tornar África «mais competitiva». A Europa nos acordos de parceria económica joga com «o seu nível de desenvolvimento», enquanto que «os africanos estão num outro nível», salientou Salomão, para quem só programas de «financiamento e infra-estruturas» geram uma parceria equilibrada. «É preciso haver mais tempo para que os europeus se aproximem mais daquilo que os africanos, de facto, necessitam», alertou Salomão, dando a entender que a Europa deve flexibilizar e tornar pragmática a sua aproximação à África para que a parceria seja mutuamente vantajosa.
A divergência mais radical
foi assumida pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, qeu abandonou os trabalhos, com um apelo ao boicote contra os acordos de parceira económica (APE). Sobre este assunto ver notícia do Público.

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