UE: Bancos à beira da falência em Inglaterra e na Bélgica

O banco hipotecário britânico Bradford & Bingley deverá ser nacionalizado hoje na sequência da tentativa falhada das autoridades reguladoras e do Tesouro da Grã-Bretanha em encontrar um comprador para impedir a falência, revelou hoje o Financial Times. Nos últimos 12 meses as acções da instituição registaram uma quebra superior a 93%. O elevado grau de exposição a créditos de alto risco e a corrida aos depósitos, nas últimas semanas, colocaram-no na mesma situação do banco Northern Rock, nacionalizado desde Fevereiro. A forte contracção do mercado hipotecário britânico deixa pouca margem de manobra às autoridades. Ou assumem o controlo da instituição, e dão garantias aos depositantes que o seu dinheiro está em boas mãos, ou é decretada a falência. Na Bélgica, o banco Fortis também suscita preocupações. Ontem, o ministro belga das Finanças, Didier Reynders, reconheceu as condições adversas do mercado e informou os media que “se fôr necessário” o governo tomará as medidas adequadas à situação. “Garantimos que nenhum cliente, nenhum depositante, será abandonado”, prometeu. As acções do banco belga-holandês caíram a pique depois de terem surgido notícias sobre a corrida aos depósitos. Na sexta-feira, a instituição, que opera na área da banca e dos seguros, viu as suas acções registarem uma quebra de 20%. As perdas acumuladas nas últimas 52 semanas ultrapassam os 30%. A descapitalização do banco começou em 2007, com o investimento de EUR 24,2 mil milhões na compra do banco ABN Amro da Holanda, em consórcio com o Royal Bank of Scotland e o Banco Santander. A crise financeira global agravou-se desde então e atirou o banco belga-holandês para a lista dos condenados. O Fortis é o maior empregador privado da Bélgica e gere contas de um 1,5 milhões de particulares. MRA Dep. Data Mining

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