Após a morte de Ted Kennedy, os democratas perderam uma voz de referência e um voto valioso no Senado dos Estados Unidos e sua substituição será fundamental para o atual debate sobre a controversa reforma do sistema de saúde.
Kennedy, que morreu ontem, aos 77 anos, vítima de um tumor maligno no cérebro, pediu ao Estado de Massachusetts que tomasse providências para o substituir rapidamente no Senado. Conforme a legislação vigente no Estado, o sucessor de Kennedy deverá ser designado por uma eleição especial, no prazo de cinco meses.
Em carta, escrita no mês passado ao governador e aos legisladores daquele Estado, Kennedy solicitou que o seu sucessor seja mais rapidamente escolhido para assumir o cargo na Câmara Alta do parlamento americano. A lei atual, recordou o senador, prevê a organização de eleições especiais para designar o novo legislador, no prazo de 145 a 160 dias.
O Senado em Washington é atualmente cenário de uma dura batalha política em torno do projeto de reforma do sistema de saúde, proposto pelo presidente Barack Obama, e do qual Kennedy era um firme defensor, mas que está a polarizar a cena política do país.
Os democratas precisam de pelo menos 60 dos 100 votos do Senado para ultrapassar os obstáculos legislativos capazes de bloquear a reforma.
MRA Alliance/Agências