Em breve o número de portugueses sem médico de família poderá ascender a um milhão pois, tal como noutras profissões, são muitos os profissionais a pedirem a reforma antecipada, refere hoje a Rádio Renascença online.Rui Nogueira, da Associação Médicos de Família, faz previsões preocupantes para os próximos tempos: “Com a saída de 400 médicos de família, tendo em conta que cada um tem 1500 utentes em termos médios, quer dizer que 600 mil cidadãos vão ficar sem médico de família”.
A corrida às reformas está a concentrar neste ano de 2010 aquilo que deveria acontecer nos próximos cinco anos.
Rui Nogueira justifica os pedidos de reforma antes do tempo: “Não houve um rejuvenescimento do grupo de médicos de família. Apenas 1 em cada 10 médicos de família tem menos de 35 anos, dois terços tem mais de 50, ao contrário daquilo que acontece nas especialidades hospitalares”.
Também a formação e avaliação dos médicos pode estar em causa, uma vez que são os profissionais mais velhos, agora de saída, que desempenham estas funções.
MRA Alliance/RR
