Na cimeira que hoje decorreu em Nova Deli, José Sócrates, na qualidade de primeiro-ministro de Portugal, à margem da cimeira Índia-UE, sublinhou que portugueses e indianos devem acelerar a cooperação para recuperarem pelo menos os últimos 60 anos perdidos.O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh apontou a cooperação na área do comércio bilateral como a grande prioridade das relações indo-portuguesas. As áreas do petróleo e do gás, das energias renováveis, do turismo, da biomedicina, da ciência e tecnologias e da recuperação do património foram referidas pelo primeiro-ministro indiano como alguns dos principais sectores nos quais essa cooperação será reforçada no curto prazo. Singh agradeceu a Portugal a forma «aberta e tolerante» como acolhe a comunidade indiana em Portugal, a terceira maior comunidade indiana na Europa, obtendo como resposta de Sócrates que a comunidade “está bem integrada, é constituída por bons cidadãos, os seus filhos estudam e contribuiu, em muito, para o desenvolvimento do país.” Foi um primeiro-ministro português, visivelmente orgulhoso, que ouviu o primeiro-ministro indiano dizer que a Índia se sente muito honrada com a presença da história portuguesa em Goa, Damão e Diu.Na conferência de imprensa que se seguiu à cimeira, José Sócrates disse que, na sequência da visita de Cavaco Silva à Índia em Janeiro, há sinais evidentes de que quer as autoridades portuguesas, quer os homens de negócios perceberam as novas oportunidades que se abrem na cooperação bilateral, apontando a parceria assinada pela Galp e pela ONGC. (pvc/agências)