Se nada de fundamental entretanto mudar, a economia portuguesa prepara-se para viver mais uma década perdida: endividada, com crescimento residual e elevado desemprego. É para este cenário sombrio que apontam as projecções da OCDE que tentam antecipar como estarão as economias desenvolvidas dentro de cinco e de quinze anos.
Os cálculos da organização sedeada em Paris acompanham as novas previsões macroeconómicas para 2010 e 2011, projectando como estarão as economias desenvolvidas em 2015 e 2025, assumindo que os parâmetros actuais se manterão inalterados.
No caso de Portugal, o OCDE calcula que a taxa de crescimento real acelere ligeiramente nos próximos anos para depois manter-se travada numa média anual de 1,6% até 2025, um pouco abaixo da média da Zona Euro (1,7%) que promete ser severamente penalizada pelo mau desempenho dos seus “motores”: Alemanha deverá crescer 2,3% entre 2012 e 2015, para depois desacelerar para 1,2% até 2025, ao passo que a França crescerá 2,1% até 2015, para depois estabilizar em 1,5%.
Depois da tormenta, Grécia deverá crescer acima de 3% entre 2012 e 2015, mas a partir daí também regressará a progressões anémicas em torno de 1,7%. Já o horizonte traçado para Espanha (2,2%) e Irlanda (3,2%), que estão neste momento igualmente sob grande pressão dos mercados financeiros, é mais risonho.
MRA Alliance/JdN