A China vai conceder à Rússia um crédito no valor de USD 25 mil milhões/ bilhões em troca de petróleo russo durante 20 anos, anunciou o vice-primeiro-ministro russo, Igor Setchin. Vários pacotes de cooperação económica e financeira foram formalizados esta semana, com a assinatura de contratos entre as duas partes. O crédito chinês será canalizado para as empresas russas Rosneft e Transneft.
No iníco da semana, em Pequim, a Rússia e a China tinham assinado um acordo sobre a retoma da construção do maior oleoduto do mundo – 5.200 km – ligando a Sibéria Oriental ao Pacífico que também será usado para abastecer o Japão e a Coreia do Sul.
Na terça-feira, o presidente russo Dmitri Medvedev sublinhou o interesse de Moscovo em reactivar negociações para o abastecimento de gás russo à China, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês, Hu Jintao. Moscovo pretende fornecer 30 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano à China, através de um gasoduto que atravessará a fronteira na região Noroeste de Xinjiang a partir de 2011.
Segundo um comunicado do Kremlin, na mensagem enviada a Hu Jintao, Medvedev sublinhou a importância de «acelerar as reuniões” entre a companhia estatal de gás russo Gazprom e a petrolífera chinesa CNPC para o abastecimento de gás e de energia eléctrica.
Mais USD 20 mm/bi em armas
O consórcio russo Rosoboronexport, monopólio público que controla a exportação de armas, tem em carteira encomendas de US$ 20 bilhões, revelou na segunda-feira
Nikolai Dimiduk. O administrador do coglomerado industrial russo disse que a maioria das encomendas são da China e da Índia.
Numa situação de crise mundial, a Rosoboroexport oferece uma variedade de formas de financiamento, incluindo empréstimos, permutas ou depósito antecipado de 30% dos recursos para que a empresa adquira metais para cumprir o contrato.
MRA Alliance/Agências