Paquistão. Presidente Musharraf desafia impugnação parlamentar

Pervez MusharrafO presidente paquistanês Pervez Musharraf deu a conhecer através dos seus assessores que pretende conhecer as acusações formais do governo, no âmbito do processo de impugnação ao cargo, antes de tomar uma decisão sobre a sua especulada demissão. O ex-general é tido pelos militares como um lutador por instinto que dificilmente aceitará a desonra de terminar a carreira devido à iniciativa de políticos que sempre desprezou. Até agora foram inconclusivas as negociações com a coligação governamental para o presidente obter a imunidade que o impeça de ser julgado em tribunal por alegadas práticas de abuso de poder. Os governantes receiam que Musharraf não se demita após a concessão formal da imunidade. A coligação é composta pelos dois maiores partidos políticos do Paquistão – Partido Popular do Paquistão (PPP) e Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) liderada respectivamente por Asif Ali Zardari, ex-marido da assassinada primeira-ministra Benazir Bhutto, e por Nawaz Sharif que lidera a iniciativa de impugnação. Sharif foi afastado do cargo de primeiro-ministro, em 1999, na sequência de um golpe militar chefiado por Musharraf. O parlamento analisará a proposta de impugnação esta semana. Devido ao impasse alguns analistas começam a admitir a possibilidade de uma intervenção do general Ashfaq Parvez Kayani, que sucedeu a Musharraf na chefia do Estado-Maior do Exército. Sobre a possibilidade de os EUA concederem asilo político ao presidente do Paquistão, numa entrevista à cadeia de televisão FoxNews, a secretária de Estado Condoleezza Rice, por enquanto, foi peremptória: “Esse assunto não está em cima da mesa.” Musharraf sempre negou o desejo de se exilar devido ao afastamento forçado do cargo. MRA Dep. Data Mining

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