O Governo mexicano confirmou hoje que uma nova estirpe do vírus da gripe causou pelo menos 16 mortos nas últimas semanas, estando a ser investigadas as causas de morte de outras 50 pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de vítimas mortais ultrapasse já a meia centena.
A OMS confirmou que entre os casos analisados foi identificada uma estirpe desconhecida do vírus influenza A (H1N1), que afecta sazonalmente os humanos e que atinge também aves e suínos.Só no México, foram hospitalizadas mais de 800 pessoas suspeitas de estarem infectadas com a nova estirpe, que provocará mais vómitos e diarreia do que a gripe sazonal. As autoridades anunciaram um plano maciço de vacinação.
Na Cidade do México, onde residem 20 milhões de pessoas, todas as escolas foram encerradas e a população aconselhada a evitar o metro. Além da capital, foram detectados outros dois surtos, na região central e em Mexicale, junto à fronteira com os Estados Unidos.Na Califórnia e no Texas foram identificadas sete pessoas infectadas também com uma nova estirpe da gripe mas nenhum dos pacientes corre risco de vida.
A OMS garante estar em contacto permanente com as autoridades americanas e mexicanas e convocou o seu comité de emergência, para determinar se esta situação constitui uma ameaça à saúde pública mundial. Foi também activado um centro de operações para centralizar as informações recebidas.
Segundo as agências noticiosas internacionais “os peritos” temem que “o vírus sofra uma mutação”, passando a “transmitir-se facilmente entre humanos” à semelhança da gripe sazonal, podendo dar origem a uma pandemia de gripe.
Há cerca de dois meses, alertámos os leitores para o fenómeno do vírus da gripe, em uma das suas versões mais recentemente mediatizadas, com ramificações políticas e económicas ao medicamento Tamiflu, patenteado pela Gilead Sciences, empresa fundada por um homem poderoso – Donald Rumsfeld, ex-chefe do Pentágono.
MRA Alliance/Agências/pvc