Cumprindo determinações da Justiça, a Oi, TIM, Brasil Telecom, Telefônica, Vivo e Claro realizaram no ano passado o espantoso número de 409 mil “grampos” telefônicos. As escutas se banalizaram de tal forma que as concessionárias, ao receber a ordem judicial, passaram a entrar em contato com os juízes, para confirmar os nomes e os números das pessoas a serem “grampeadas”, e realizam as escutas em salas exclusivas e com câmeras de vigilância.
Entre 2006 e 2007, houve um crescimento de 10% nas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Mas as próprias operadoras reconhecem que o número de pessoas que tiveram seus telefones “grampeados” é bem maior por causa das escutas clandestinas. A situação chegou a tal ponto que, ao depor recentemente na CPI das Escutas Telefônicas, instalada há três meses, o diretor de relações institucionais de uma operadora confirmou que o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e membro do Supremo Tribunal Federal (STF), teve conversas telefônicas gravadas clandestinamente em 2005.
Fonte: Estado de São Paulo