Depois de se ter aliado a Hugo Chávez, da Venezuela, e a Mahmoud Ahmadinejad, do Irão, nas críticas aos EUA, o ex-presidente Lula da Silva deu ontem nova demonstração de rejeição das políticas de Washington.
Sem cerimónias, recusou o convite para o almoço em homenagem ao presidente norte–americano, Barack Obama, que chegou ontem a Brasília em visita oficial e que passa o dia de hoje no Rio de Janeiro.
Sem se preocupar com o constrangimento da presidente Dilma Rousseff, Lula disse que ia passar o dia em casa com a família. Elogiado várias vezes por Obama em discursos pelo mundo, Lula, quando ainda era presidente, respondeu com críticas ao homólogo dos EUA e chegou a afirmar que Obama era uma decepção.
Mostrando que, apesar de ser a herdeira política de Lula, não pensa como ele, Dilma acolheu Obama de forma cordial. “A sua visita enche-me de alegria e desperta os melhores sentimentos do nosso povo”, afirmou Dilma após reunião com Obama, acrescentando: “Vejo com optimismo o futuro comum. No passado, esse relacionamento foi encoberto por uma retórica vazia, que escondia o que estava realmente em jogo.”
Em resposta, Obama realçou a importância das parcerias EUA-Brasil, que reconheceu como o grande líder da América do Sul, e acompanhou Dilma Rousseff no optimismo quanto ao futuro das relações bilaterais.
MRA Alliance/CM