Juros da dívida portuguesa aliviam em todas as maturidades ao contrário da Grécia

Segundo dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg,  pelas 10H00, os juros exigidos pelos investidores para transacionar dívida  portuguesa a dois anos negociavam hoje no mercado secundário nos 13,249  por cento, ligeiramente abaixo da média de 13,317 por cento da sessão anterior,  com o ‘spread’ face à dívida alemã (referencial para a Europa) nos 1.259  pontos base. 

Neste prazo, o máximo jamais registado desde a adesão de Portugal ao  euro foi atingido a 18 de julho nos 20,359 por cento. A 10 anos, os juros da dívida portuguesa também cedem, ainda que muito  ligeiramente, passando dos 11,180 por cento da sessão de sexta-feira para  os 11,149 por cento. O ‘spread’ nestes títulos face aos títulos alemães é o mais baixo das  três maturidades analisadas, situando-se nos 896,9 pontos base. Já no prazo a cinco anos, registava-se esta manhã uma ligeira descida  para os 12,393 por cento, face à média de 12,512 por cento da sessão anterior,  com o ‘spread’ nos 1.114 pontos base. 

Na Grécia, depois de na quinta-feira os juros associados aos títulos  soberanos a dois anos terem batido o máximo histórico de 45,884 por cento,  estes negoceiam esta manhã nos 45,827 por cento, acima dos 43,944 por cento  da média do dia anterior. 

Estes valores, que se aproximam do máximo de 25 de agosto,  indicam que os investidores continuam a pressionar a dívida helénica perante  o impasse no segundo plano de resgate à Grécia, que pode não avançar face  às resistências da Finlâdia, que exige garantias bilaterais por parte de  Atenas para aceitar participar no pacote de ajuda. No prazo a cinco anos, os juros da dívida helénica negoceiam hoje nos  22,095 por cento, aproximando-se dos máximos de quinta-feira, dia em que  se posicionaram nos 22,430 por cento. Também na Grécia, os juros dos títulos a 10 anos, que fecharam na quinta-feira  em máximos de 18,278 por cento, negoceiam hoje nos 18,064 por cento.

MRA Alliance/SIC Noticias

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