
A subida mais acentuada registou-se na linha de financiamento a seis anos, que saltou 49,3 pontos base para 12,864%, enquanto os juros da dívida a 10 anos apreciaram 19,2 pontos base para 11,175%.
A taxa de juro da dívida grega subiu 414,8 pontos base (4,148 pontos percentuais) para 44,025% na maturidade de dois anos e a taxa de retorno da dívida a cinco anos avançou 204,4 pontos base para 21,865
A mesma tendência de subida dos juros verificou-se em Espanha e Itália, apesar de o Banco Central Europeu ter estado a comprar dívida dos dois países.
A “yield” da dívida espanhola a dois anos apreciou 1,4 pontos base para 3,321% e na emissão a 10 anos os juros aumentaram 1,9 pontos base ara 5,010%. Também Itália viu os juros da dívida a 10 anos subir 4,1 pontos base para 4,047%.
“Existem receios de que o segundo pacote [de ajuda à Grécia] não se materialize”, disse o estratega do Commerzbank, Christoph Rieger, à Bloomberg. “Se a Finlândia cumprir a sua palavra e exigir garantias, poderemos chegar a um impasse”, acrescentou.
Também a Alemanha viu os seus juros subirem num dia em que em emitiu dívida pública e em que os investidores reduziram a sua exposição à segurança relativa das obrigações norte-americanas. A Alemanha “em geral” não concorda com acordos de entrega de garantias feitos em separado entre dois Estados-membros que ponham alguns governos em vantagem face a outros, disse o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, à imprensa. Os detalhes do acordo requerem aprovação pelos parceiros europeus, referiu o responsável em Berlim.
“Vamos acabar por ter alguma forma de reestruturação na Grécia”, disse o analista do mercado cambial do Société Général, Kit Juckes, à Bloomberg. “Se não conseguimos sequer ter o acordo quanto aos termos do resgate entre os finlandeses e os alemães, então teremos simplesmente reestruturação da dívida”, acrescentou.