Japão e China querem ser “parceiros e não uma ameaça”

Hu Jingtao (esq.) e Jasuo Fukuda (dir.)O primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda, e o presidente da China, Hu Jintao, comprometeram-se hoje, em Tóquio, a transformar seus países, que têm um passado de históricas e complexas disputas, “em parceiros que cooperam e não são uma ameaça mútua”. Hu Jintao, na declaração assinada entre as duas partes, reconheceu que o vizinho asiático é um “Estado pacífico”. Para trás ficam os tempos em que a China foi invadida e colonizada pelo Japão nos anos 30 e 40.

Os mais altos dirigentes dos dois países concordaram em estabelecer visitas regulares “em princípio todos os anos”, pondo fim a um longo gelo nas relações bilaterais, devido ao expansionismo e militarismo nipónico durante os séculos XIX e XX. No final do encontro, os dois governantes afirmaram que pretendem solucionar o mais rápido possível o contencioso pela exploração de gás no Mar da China Oriental, mas não estipularam um prazo.

Hu Jintao foi o segundo chefe de Estado chinês a visitar o Japão desde que os dois países restabeleceram as relações, em 1972. O seu antecessor, Jiang Zemin, visitou Tóquio em 1998. Durante os mandatos do primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi, entre 2001 e 2006, o Pequim tinha praticamente congelado os encontros ao mais alto nível por causa das visitas anuais daquele ao santuário Yasukuni, dedicado aos soldados japoneses mortos, entre os quais diversos criminosos de guerra. Fonte: MRA/Agências

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