O ex-chefe do Estado maior de Israel, General Hayem Laskoff, revelou que Telavive segue uma política externa relativamente a África em que o papel do Estado judaico só emerge após a eclosão de conflitos em zonas estratégicas, especialmente depois da descoberta de novos recursos naturais como o petróleo e o urânio. “O sucesso de Israel no aprofundamento das suas relações com Estados africanos – em particular com os fronteiros aos países árabes a sul do Grande Sahara – dar-nos-á vantagens estratégicas importantes, para reduzirmos as nossas vulnerabilidades – o bando de estados árabes que nos rodeia – e os surpreendermos em zonas que eles não esperam”, disse Laskoff, citado por membros de uma rede global de tradutores para promoção da diversidade linguística.
Os autores do texto consideram que o “Sudão pode ser um dos pilares desta estratégia” onde, há meio século, Telavive tenta estabelecer uma plataforma estratégica com particular ênfase “na província sudanesa de Darfur.”
Darfur tem uma importância estratégica fulcral na agenda israelo-americana. A localização geográfica, adjacente a abundantes e inexploradas reservas de petróleo no sub-solo da província sudanesa de Bahr al-Gazal, e em vários países africanos do Chade aos Camarões.
O controlo daqueles recursos energéticos para além de aumentar a segurança energética dos dois aliados geopolíticos globais, permite a extracção e distribuição de petróleo a preços muito baratos por se encontrar a muito pouca profundidade. O Sudão (Darfur) e os estados vizinhos estão acantonados sobre jazidas multimilionárias cuja exploração tem sido impossível devido aos sangrentos conflitos étnicos e religiosos fomentados e financiados por potências ocidentais e respectivas multinacionais, sobretudo desde os anos 80, quando já era conhecido que o ciclo da excassez de petróleo barato, iria acontecer no início do século XXI.
Darfur, por outro lado, detém jazidas de urânio consideradas por especialistas e geólogos como das mais abundantes e ricas do mundo. Esta é a verdadeira razão por detrás da “crise humanitária” que assola a região disputada por tribos rivais financiadas por interesses financeiros, industriais e militares sedeados em Wall Street, City de Londres e Telavive. (pvc/MRA Dep. Data Mining)