A implosão do mercado britânico está a provocar a erosão do preço de 60 mil imóveis por mês e a transformar em prejuízo os activos hipotecados atirando a Grã-Bretanha para a maior crise desde o colapso dos anos 90, informa hoje o Sunday Times online. “As tendências actuais indicam que, até 2010, dois milhões de agregados familiares entrarão no vermelho”, mais 200 mil do que na última crise, diz o jornal. O número indica que as hipotecas dos imóveis já superam o valor de mercado das propriedades. “Os bancos estão a confiscar agressivamente as habitações de mutuários que falharam o pagamento de hipotecas em poucas centenas de libras”, acrescenta o Sunday Times, citando um estudo da agência de rating Standard & Poor’s. As penhoras aumentaram para 19 mil no primeiro semestre, mais 40% que no semestre anterior, devendo subir para 26 mil nos últimos seis meses de 2008. O periódico refere que a previsão dos economistas aponta para uma queda de 35% do preço das habitações até 2010, mais 15% do que no início dos anos 90. Os números aumentam a pressão para o governo alargar às famílias os apoios concedidos à banca, para combater a crise financeira, o que agrava as perspectivas orçamentais britânicas nos próximos anos. Porém, o titular das Finanças, Alistair Darling, em declarações hoje ao Sunday Telegraph, prometeu investimentos públicos multimilionários em projectos infraestruturais e de revitalização económica. “É agora que temos de apoiar a economia. Vamos mudar as prioridades para áreas que fazem a diferença”, disse Darling. Habitação e PME, juntamente com energia, defesa, transportes e os Jogos Olímpicos de 2012 foram áreas apontadas. MRA Dep. Data Mining