Governo do Paquistão não quer tropa dos EUA no país

Manifestação anti-americana no PsquistãoUm representante do governo do Paquistão disse à BBC ontem à noite que Islamabade não irá permitir que a CIA e o exército dos Estados Unidos procurem membros da Al-Qaeda e simpatizantes Taliban no país. O jornal norte-americano The New York Times, noticiou ontem que, numa reunião realizada na sexta-feira, os líderes americanos discutiram a possibilidade de serem ampliadas as operações militares e dos serviços secretos em regiões tribais, na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Aquelas regiões, disse um analista da BBC “têm sido palco de um número crescente de episódios de violência nos últimos seis meses, o que tem levado a frequentes escaramuças entre os mudjahedin e tropas do Paquistão.”

Segundo NYT, na reunião – que contou com a presença do presidente George W. Bush, do vice-presidente Dick Cheney, e da Secretária de Estado, Condoleezza Rice – foi sugerido que o risco dos radicais islâmicos desafiarem o governo paquistanês é muito sério. Por isso, foi defendida a tese de que o presidente paquistanês Pervez Musharraf deveria considerar a possibilidade de permitir acções das forças estadunidenses no país.

“O governo americano sabe (…) que não permitiremos que nenhum país do mundo realize tais operações em território paquistanês”, disse o porta-voz do Ministério do Exterior do Paquistão Muhammad Sadiq, citado pela emissora britânica. O porta-voz sublinhou que Islamabade tem “a capacidade e a determinação” para combater os jihadistas através dos meios adequados. O NYT informou que na reunião da Casa Branca foi avaliada a estratégia de Washington no Paquistão face ao assassínio da ex-primeira-ministra paquistanesa, Benazir Bhutto, que desejava concorrer às eleições, inicialmente marcadas para amanhã, dia 8. Todavia face à situação interna de grande tensão política entre os militares e o governo Musharraf, por um lado, e os partidos políticos que querem a rápida democratização do país, por outro, o sufrágio foi adiado para o dia 18 de Fevereiro. Fonte: BBC

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