Subidas do petróleo e ouro aceleram recessão económica global

  • Bolsas: Os três principais índices bolsistas americanos – Dow Jones Industrial Average, Standard & Poor’s 500 e Nasdaq Composite –coincidiram no tamanho da queda de hoje (- 0,9%) . Nas bolsas novaiorquinas NYSE e NASDAQ a relação perdedores/ganhadores foi de 2/1.
  • PIB: Contrariamente às previsões dos economistas (+ 0,8%) a economia estadunidense apenas cresceu 0,6% no último trimestre de 2007.
  • Subsídios de desemprego: Na semana passada o número de americanos que engrossaram a lista de desempregados cresceu inesperadamente (+ 373 mil) face à semana anterior (+ 354 mil). Os especialistas ficaram assustados pois achavam mais provável uma pequena redução (cerca de 350 mil).
  • Sector financeiro: As quedas bolsistas foram afectadas pelo desempenho das empresas hipotecárias: Freddie Mac teve prejuízos trimestrais de USD 2.5 mil milhões/bilhões (mm/bi); Fannie Mae ainda sofreu mais, com perdas de USD 3.6 mm/bi. As acções da Thornburg Mortgage Asset Corporation (TMA) caíram 15,42% na sessão de hoje devido ao aumento de incidentes de crédito nos segmentos de alto e médio risco. Cinco das principais bluechips financeiras AIG, American Express (AXP) Bank of America (BAC) Citigroup (C) e JP Morgan (JPM) também voltaram a ver as suas cotações afectadas.
  • Sector tecnológico: A pior notícia veio da telefónica Sprint Nextel (S) com prejuízos no último trimestre vs. lucros robustos em igual período de 2006, agravados pela informação de ter perdido 100 mil clientes no trimestre passado. A previsão da empresa de que perderá mais 1.2 milhões de clientes nos primeiros três meses de 2008 desvalorizaram o papel em quase 10%.
  • Petróleo: Os contratos para fornecimento em Abril, fecharam hoje a USD 102.59/barril (+ USD 2.95) na bolsa de mercadorias NYMEX batendo um novo recorde histórico. A tendência é para a continuação da subida do preço. Durante a sessão o preço atingiu os USD 102.97/ barril.
  • Ouro: O preço/onça fechou a USD 967.50 subindo USD 6.50 desde ontem.

Estes indicadores reflectem o sentimento dos analistas e investidores sobre a alta probabilidade de o Fed prossiga a sua política de continuar a injectar fundos nos mercados para tentar evitar uma recessão e a baixar as taxas de juro face à prolongada crise no mercado interbancário. Esta é a razão pela qual, face à inevitável continuação da queda do dólar, os especuladores se virem para os futuros de petróleo como a aposta certa para investir. A pressão é exercida principalmente pelos investidores estrangeiros. Como os contratos futuros são transacionados em USD tornam-se atractivos quando a divisa americana se desvaloriza. (pvc/agências)

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