A Reserva Federal (Fed) voltou a reduzir a taxa de juro directora de 3,5% para 3% e a taxa dos empréstimos de emergência de 4% para 3,5%. Os cortes de meio ponto percentual aconteceram no espaço de apenas uma semana. A decisão de hoje é interpretada como uma tentativa desesperada do Fed para evitar que a economia dos EUA entre em recessão. “A decisão de hoje, combinada com as anteriores, deverá estimular um crescimento moderado a prazo, reduzindo os riscos de afectar negativamente a actividade económica”, lê-se na nota emitida pela Comissão Federal do Mercado Aberto – Federal Open Market Committee – após a reunião de hoje em Washington. “No entanto, os riscos de uma quebra do crescimento económico mantêm-se”, refere o comunicado. O corte nas taxa de juros, no espaço de uma semana, foi de 1,25% – o mais abrupto desde 1990. Antes, o Departamento do Comércio anunciara que, contrariamente às previsões dos analistas (1,2%), o PIB americano cresceu apenas metade (0,6%) no último trimestre de 2007. O Fed justificou a decisão reafirmando que “os mercados financeiros continuam sob grande stresse e que o crédito continua a reduzir-se para muitas empresas e agregados familiares.” Outros sinais da crise manifestam-se no aprofundamento da recessão imobiliária e no abrandamento dos mercados de emprego. Perante a gravidade da situação, o regulador da política monetária norte-americana assegurou que prosseguirá a sua política anti-recessiva “actuando atempadamente” para salvar o mercado financeiro do colapso. (pvc/agências)
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