A ideia foi ontem reforçada pelo presidente do Santander Totta, Nuno Amado, na apresentação de resultados da instituição financeira ao referir que “se as condições se mantiverem os spreads vão aumentar”.
O cenário já tinha sido apresentado em entrevistas à RTP pelo presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, que admitiu a possibilidade de o aumento dos spreads ser de 0,5% ou mais e ocorrer ainda este mês. Na segunda-feira, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, e José Maria Ricciardi, do BES Investimentos, admitiram o mesmo cenário.
Portugal continua colado ao grupo de países com economias deprimidas e com falta de capacidade política para corrigir as contas públicas, o que tem levado a uma pressão dos títulos de dívida pública e, consequentemente, ao um aumento dos custos de financiamento.
O presidente do Santander Totta destacou, no entanto, o facto de a subida do spread, a ocorrer, se verificar apenas nos novos empréstimos – uma vez que os spreads nos stocks de crédito estão fixados até ao fim do contrato -, além de ser acompanhada pela subida dos juros pagos pelos depósitos a clientes.
Em 2009, o lucro do Santander Totta ascendeu a 523,3 milhões de euros em 2009, o que representa um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. O resultado é justificado pelo aumento dos proveitos – o produto bancário recorrente cresceu 4,8% -, o que permitiu compensar a quebra de 2,4% das comissões.
MRA Alliance/ionline