Os juros das obrigações portuguesas estão hoje de novo em alta, elevando o “spread” da dívida portuguesa face à alemã para valores próximos dos 150 pontos base. A “yield” das obrigações do tesouro (OT) a 10 anos sobe seis pontos base para 4,506%, alargando o diferencial face aos títulos alemães com a mesma maturidade para 146 pontos base.
As obrigações gregas estão a ser mais pressionadas, com o “spread” face à Alemanha no prazo a dez anos a superar os 430 pontos base.
O ressurgir da tensão na dívida pública portuguesa surge numa altura em que vários economistas voltam a insistir na comparação de Portugal com a crise grega. Foi o caso de Peter Boone, investigador da London School of Economics (LSE) e Simon Johnson, antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, que advertiram que, depois da Grécia, Portugal é o “próximo no radar” dos mercados.
Já o economista Nouriel Roubini, questionado pela CNN sobre a questão de o euro poder não sobreviver, admitiu seu “uma possibilidade” e especulou: “Pode acontecer que os Estados mais fracos, como Portugal ou a Grécia, acabem por sair da união monetária e isso enfraquecerá a moeda única”.
MRA Alliance/Agências