Dívida dos EUA sob forte ataque da China

A China “tem agora todos os direitos de exigir que os Estados Unidos tratem do problema estrutural da sua dívida”, após a diminuição do rating da dívida soberana pela Standard & Poor’s, argumentou ontem a agência oficial Nova China, citada pelo Diário Económico.

“Os dias em que o Tio Sam, cheio de dívidas, podia facilmente esbanjar quantidades infinitas de empréstimos do estrangeiro parecem contados”, adiantou a Nova China, num primeiro comentário depois da agência de notação financeira ter diminuído para ‘AA+’ a classificação da dívida norte-americana. A S&P mantém o ‘outlook’ negativo, o que indicia a possibilidade de novas descidas.

A China, de longe o maior credor estrangeiro dos Estados Unidos, já tinha criticado o plano que evitou o incumprimento no pagamento aos credores do Tesouro dos EUA, afirmando que os problemas estruturais da dívida permanecem sem solução.

A S&P, a maior agência de notação do Mundo, deu a notação máxima [‘triple A’] aos EUA, pela primeira vez, em 1941, e não mais mexeu na avaliação da sua qualidade. Até à passada sexta-feira o ‘rating’ da dívida manteve a nota máxima ‘AAA’.

A S&P tinha avisado em 14 de Julho de que poderia castigar os EUA pelo contínuo decontrolo da despesa federal. Na altura, a agência ameaçou cortar o ‘rating’ “face à inexistência de um plano credível para baixar o défice” após o Congresso ter aprovado a subida do tecto de endividamento, superior a 14,3 biliões/triliões de dólares.

“A decisão de baixar o ‘rating’ reflecte a nossa opinião de que o processo de consolidação orçamental recentemente aprovado pelo congresso e pela Administração não é suficiente para estabilizar a dinâmica da dívida a médio prazo”, justificou agência numa nota enviada aos mercados.

MRA Alliance

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