A União Européia (UE), incentivada pelas “mudanças empreendidas pelo presidente Raúl Castro” em Cuba, decidiu hoje, por unanimidade, suspender as sanções diplomáticas que havia imposto ao regime cubano. A República Checa manteve que as medidas restritivas poderão ser retomadas daqui a um ano. A suspensão, adoptada durante a presente cimeira da UE, em Bruxelas, visa melhorar a situação política e dos direitos humanos na ilha e facilitar um processo de diálogo político “recíproco, incondicional, não discriminatório e voltado para obtenção de resultados”. Embora a UE tenha dito que a decisão foi unânime, os defensores do fim das sanções tiveram que convencer República Checa, Suécia e Alemanha, que demonstraram sérias reservas quanto o estreitamento dos laços com Havana. As medidas restritivas aprovadas pela UE em 2003 – após a prisão de 75 opositores cubanos – limitaram as visitas governamentais de alto nível, reduziram a participação das nações europeias em manifestações culturais cubanas e estreitaram os laços com a oposição. MRA/Agências