Mansoor Dadullah, comandante veterano dos talibãs foi ferido e capturado na semana passada, após três horas de tiroteio com comandos paquistaneses. Segundo o jornal escocês Scotsman, o mujahedin foi traído pelos seus superiores alegadamente por ter mantido contactos com os serviços secretos britânicos MI6. O ataque teve lugar no seu esconderijo, uma casa situada numa área tribal na fronteira afegano-paquistanesa.
Mansoor fora responsável por dezenas de ataques contra as tropas ocupantes britânicas, na província de Helmand, uma zona controlada por tribos afegãs hostis aos invasores da NATO. A operação foi desencadeada 24 horas depois de o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, ter avisado que os santuários dos guerrilheiros islâmicos nas zonas tribais constituem um sério perigo para o Paquistão.
Radicais islâmicos, fiéis ao líder espiritual talibã Mullah Omar, sentenciaram a sorte de Mansoor, após ter perdido o controlo militar de Musa Qala, em 2007. As tropas regulares afegãs e britânicas passaram a controlar militarmente o refúgio secreto talibã.
Oficiais paquistaneses, citados pelo diário escocês, admitiram “ter informações acerca do esconderijo, fornecidas por agentes secretos.” Segundo o jornal
“Mansoor deverá ter sido traído como parte de um acordo entre os novos talibã da linha dura, no Paquistão, e as forças de segurança locais.”
Na semana passada, foi a vez do comandante da al-Qaeda, Abu Laith al-Libi, ter sido mortalmente atingido por um míssil norte-americano, na província pauistanesa do Waziristão Norte. Especialistas em terrorismo, segundo o Scotsman, acreditam que os serviços secretos do Paquistão (ISI) forneceram ao exército americano as informações sobre o paradeiro de Libi, com o objectivo de aliviarem a pressão dos EUA sobre o governo de Islamabade descontentes com as actividades dos radicais islâmicos no Paquistão. (pvc)