O vice-ministro dos negócios Estrangeiros chinês, He Yafei, afirmou que o dólar deve manter-se ainda durante muitos anos como a principal moeda do reserva do mundo, em declarações proferidas em Itália, onde participará na reunião do G8, na próxima quarta-feira, em Átila.
“O dólar norte-americano ainda é a mais importante e principal moeda de reserva, e nós cremos que essa situação deve continuar por muitos anos”, disse He durante uma conferência de imprensa, em Roma, numa altura em que muitos analistas e políticos questionam a legitimidade do G8 para continuar a impôr as suas decisões políticas ao resto do mundo.
Pequim, juntamente com os outros países do bloco BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China – tem defendido a ideia da criação de um cabaz de moedas que sirva de alternativa ao dólar como divisa global de reserva e uma repartição mais equitativa das decisões entre os países ricos e em desenvolvimento.
A questão da representatividade do G8 foi abordada ontem, em Aix-en-Provence, no sul da França, pela ministra da Economia, Christine Lagarde. Sendo um dos nomes mais importantes do governo do presidente Nicolas Sarkozy, as declarações da ministra, durante uma reunião de economistas, surpreenderam os analistas pelo inesperado alcançe político.
“O G8 deve imperativamente ser modificado e ampliado para se adaptar à realidade dos tempos.” (…) “O G8 é uma instituição muito mais antiga e sem dúvida muito menos pertinente dada a sua composição e a evolução do mundo”, disse Lagarde.
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