China aceita a reunificação pacífica das duas Coreias

O fim da separação entre a Coreia do Norte (comunista) e a Coreia do Sul (capitalista) foi tema de conversa entre diplomatas chineses e americanos e poderá acontecer a prazo, de acordo com documentos revelados pela Wikileaks, a organização fundada pelo australiano Julian Assange.

Quarenta e oito horas após a organização ter iniciado a publicação de milhares de documentos diplomáticos americanos, confidenciais e secretos, ontem as surpresas continuavam a suceder-se. Ao que parece, para Pequim, a Coreia do Norte já não tem valor como um estado-tampão com o Ocidente.

O conteúdo dos telegramas diplomáticos, tornados públicos pela organização do cidadão australiano, revela conversas pormenorizadas entre responsáveis dos Estados Unidos e diplomatas chineses, e entre responsáveis sul-coreanos e os seus homólogos do Império do Meio.

O documento referenciado avança que tal diálogo aconteceu, em Junho de 2009 e durante um jantar de três horas em Astana, capital do Cazaquistão. Então, e referindo-se às Coreias, o diplomata chinês em Astana confiou ao embaixador americano Richard Hoagland que Pequim “deseja uma reunificação pacífica a longo prazo, mas espera que os dois países se mantenham separados para já”.

A perspectiva de uma intervenção militar da China em caso de colapso da Coreia do Norte foi também posta de parte por diplomatas que sublinham que as estratégias económicas de Pequim estão agora mais vocacionadas para EUA, Japão e Coreia do Sul.

MRA Alliance/DN

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