Archive for the ‘talibã’ Category

CFR aconselha Obama a assumir Afeganistão como segundo Vietname

sábado, novembro 13th, 2010

Especialistas do “Governo Sombra” dos Estados Unidos, o poderoso Council on Foreign Relations (CFR), esboçaram ontem a imagem de uma pré-derrota americana e da NATO na guerra do Afeganistão e aconselharam Barack Obama a reduzir fortemente o envolvimento militar no país asiático, face ao fiasco verificado no terreno.

Actualmente os Estados Unidos têm cerca de 100 mil homens estacionados no Afeganistão. O estudo defende que, a partir de meados do próximo ano, a força expedicionária americana seja reduzida para 10/20 mil homens.

Um painel do CFR, liderado por Richard Armitage e Samuel Berger, destacados conselheiros dos presidentes George W. Bush e Bill Clinton, num estudo ontem publicado em Washington informou que “caso se registem progressos, a partir de Julho de 2011, os EUA deverão reduzir as suas forças em sintonia com as condições no terreno. (…) Porém, se os esforços americanos não atingirem os resultados desejados, deverá optar-se por reduzir as forças no terreno de forma substancial sob a forma de uma missão militar  adequada a um conflito anti-guerrilha”.

O estudo do CFR evendencia as crescentes dificuldades da Administração Obama em financiar o multi-bilionário esforço de guerra e o interesse em salvaguardar as tensas relações com o vizinho Paquistão.

MRA Alliance

Pentágono receia crescimento do protagonismo «talibã»

sábado, junho 28th, 2008

Os talibãs tentarão aumentar sua presença no norte e no leste do Afeganistão, enquanto mantém combates no sul e no leste,disse o Pentágono num relatório sobre o país.”Os talibãs desafiarão o controle do governo afegão em áreas rurais, especialmente no sul e no leste. Mesmo assim, os talibãs tentarão, provavelmente, aumentar sua presença no oeste e no norte”, escrevem os autores. “No primeiro trimestre de 2008, a ameaça mais significativa nas regiões leste e norte do país veio dos chefes tribais, dos criminosos e dos traficantes de droga”, segundo o texto distribuído à imprensa. Em 2007, apesar das dificuldades causadas aos jihadistas por tropas da NATO e afegãs, “os talibãs podem querer aumentar ainda mais a escala e o ritmo de seus ataques, em 2008”, diz o Departamento de Defesa dos EUA. As tropas ocupantes, registaram em 2007, mais de 2 600 atentados bombistas em estradas (1 931, em 2006). Pelo menos 106 soldados estrangeiros morreram no Afeganistão desde Janeiro, a maioria vítima de engenhos explosivos, segundo cálculos da AFP feitos a partir de comunicados militares. Para o Pentágono, “o maior desafio para a segurança a longo prazo no Afeganistão” reside na existência de santuários dos radicais islâmicos nas zonas tribais do noroeste do Paquistão que fazem fronteira com o Afeganistão. O secretário americano da Defesa, Robert Gates, queixou-se ontem, da permissividade paquistanesa contra os líderes radicais islâmicos na fronteira entre os dois países. MRA Dep. Data Mining

Comandos talibã cooperam com EUA e Inglaterra para eliminação de radicais islâmicos

segunda-feira, fevereiro 18th, 2008

Mansoor DadullahMansoor Dadullah, comandante veterano dos talibãs foi ferido e capturado na semana passada, após três horas de tiroteio com comandos paquistaneses. Segundo o jornal escocês Scotsman, o mujahedin foi traído pelos seus superiores alegadamente por ter mantido contactos com os serviços secretos britânicos MI6. O ataque teve lugar no seu esconderijo, uma casa situada numa área tribal na fronteira afegano-paquistanesa.

Mansoor fora responsável por dezenas de ataques contra as tropas ocupantes britânicas, na província de Helmand, uma zona controlada por tribos afegãs hostis aos invasores da NATO. A operação foi desencadeada 24 horas depois de o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, ter avisado que os santuários dos guerrilheiros islâmicos nas zonas tribais constituem um sério perigo para o Paquistão.

Radicais islâmicos, fiéis ao líder espiritual talibã Mullah Omar, sentenciaram a sorte de Mansoor, após ter perdido o controlo militar de Musa Qala, em 2007. As tropas regulares afegãs e britânicas passaram a controlar militarmente o refúgio secreto talibã.

Oficiais paquistaneses, citados pelo diário escocês, admitiram “ter informações acerca do esconderijo, fornecidas por agentes secretos.” Segundo o jornal
“Mansoor deverá ter sido traído como parte de um acordo entre os novos talibã da linha dura, no Paquistão, e as forças de segurança locais.”

Na semana passada, foi a vez do comandante da al-Qaeda, Abu Laith al-Libi, ter sido mortalmente atingido por um míssil norte-americano, na província pauistanesa do Waziristão Norte. Especialistas em terrorismo, segundo o Scotsman, acreditam que os serviços secretos do Paquistão (ISI) forneceram ao exército americano as informações sobre o paradeiro de Libi, com o objectivo de aliviarem a pressão dos EUA sobre o governo de Islamabade descontentes com as actividades dos radicais islâmicos no Paquistão. (pvc)

Governo do Paquistão não quer tropa dos EUA no país

segunda-feira, janeiro 7th, 2008

Manifestação anti-americana no PsquistãoUm representante do governo do Paquistão disse à BBC ontem à noite que Islamabade não irá permitir que a CIA e o exército dos Estados Unidos procurem membros da Al-Qaeda e simpatizantes Taliban no país. O jornal norte-americano The New York Times, noticiou ontem que, numa reunião realizada na sexta-feira, os líderes americanos discutiram a possibilidade de serem ampliadas as operações militares e dos serviços secretos em regiões tribais, na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Aquelas regiões, disse um analista da BBC “têm sido palco de um número crescente de episódios de violência nos últimos seis meses, o que tem levado a frequentes escaramuças entre os mudjahedin e tropas do Paquistão.”

Segundo NYT, na reunião – que contou com a presença do presidente George W. Bush, do vice-presidente Dick Cheney, e da Secretária de Estado, Condoleezza Rice – foi sugerido que o risco dos radicais islâmicos desafiarem o governo paquistanês é muito sério. Por isso, foi defendida a tese de que o presidente paquistanês Pervez Musharraf deveria considerar a possibilidade de permitir acções das forças estadunidenses no país.

“O governo americano sabe (…) que não permitiremos que nenhum país do mundo realize tais operações em território paquistanês”, disse o porta-voz do Ministério do Exterior do Paquistão Muhammad Sadiq, citado pela emissora britânica. O porta-voz sublinhou que Islamabade tem “a capacidade e a determinação” para combater os jihadistas através dos meios adequados. O NYT informou que na reunião da Casa Branca foi avaliada a estratégia de Washington no Paquistão face ao assassínio da ex-primeira-ministra paquistanesa, Benazir Bhutto, que desejava concorrer às eleições, inicialmente marcadas para amanhã, dia 8. Todavia face à situação interna de grande tensão política entre os militares e o governo Musharraf, por um lado, e os partidos políticos que querem a rápida democratização do país, por outro, o sufrágio foi adiado para o dia 18 de Fevereiro. Fonte: BBC

Assassínio de Benazir Bhutto: Algumas reacções e uma intrigante premonição

sexta-feira, dezembro 28th, 2007

Premonição da Guerra Civil, 1936, Salvador DaliEx-agentes da CIA, membros de influentes lóbis dos Estados Unidos, editoralistas e académicos prevêm que, com o assassínio de Benazir Bhutto, “os Estados Unidos terão que repensar a estratégia de influenciar o processo democrático no Paquistão. (…) Um dos especialistas considerou mesmo que 27/12/2007 foi “um dia mau para os Estados Unidos” prevendo consequências negativas para a administração Bush/Cheney, no futuro próximo, pela forma como geriu as suas relações com a pró-americana ditadura militar paquistanesa .

Porém, no mínimo, é perturbante o artigo escrito pelo editorialista de um influente diário israelita. Não pelo conteúdo, mas pela data. Mais…

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UE e Rússia dificilmente resolvem divergências na cimeira de Mafra (Parte I)

quarta-feira, outubro 24th, 2007

Bandeiras UE e RussaA cimeira União Europeia-Rússia deve confirmar as várias divergências entre as duas partes, mas pode terminar com a declaração de “vontade política” de continuar o investimento na aproximação estratégica de europeus e russos. Esta é a opinião de dois alto-responsáveis político-diplomáticos, um russo e um europeu, ouvidos pela Lusa, em Moscovo, nas vésperas da cimeira UE-Rússia, marcada para a próxima sexta-feira, em Mafra, Lisboa.Acordos prejudicados pelos mísseis americanosApesar do provável aparato da delegação russa, liderada por seu presidente, Vladimir Putin, e do peso político da delegação da UE, dirigida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, Mafra não deverá ser o cenário para a assinatura de acordos concretos. Na melhor das hipóteses, segundo os representantes das duas potências, deve ser assinada uma declaração sobre a cooperação futura entre o bloco europeu e o seu maior vizinho.

Palácio de Mafra“Não vale a pena esperar a assinatura de novos tratados. Na cimeira, serão analisados, antes de tudo, os resultados do trabalho até agora realizado para avaliar o futuro”, reconheceu à Lusa Marc Franco, representante da Comissão Europeia em Moscovo. A cimiera de Mafra, poderá preparar o estabelecimento de uma nova parceria estratégica, reforçada e ampliada, entre a UE e a Rússia, disse Franco.

A chave euro-russaAs sérias divergências ainda existentes entre Bruxelas e Moscovo ainda estão longe de serem superadas. Elas acontecem nos domínios económico, comercial e energético, bem como nas disputas de influência geo-estratégica e militar no Velho Continente. No campo da cooperação energética, por exemplo, a União Europeia e a Rússia projectam tomar medidas unilaterais que ameaçam dificultar ainda mais um acordo fundamental. Moscovo viu, nas propostas sobre energia feitas pela Comissão Européia, no mês passado, uma forma de impedir a entrada de empresas russas no mercado europeu. Em resposta, o Parlamento russo deve aprovar uma lei que limita os investimentos europeus na economia russa , mas, enquanto isso, Putin tenta aproveitar a actual inexistência de uma política energética comum na UE, para fechar acordos bilaterais com Estados-membros da União. O “pano de fundo” das conversações da cúpula de Mafra é a celebração entre UE e Rússia de um novo Acordo Estratégico e de Parceria entre os dois blocos económicos e políticos que, concretamente, depois só progredirá após os resultados da reunião de sexta-feira.

“Give me a break, Georgie boy…”Segundo Vassili Likhatchov, vice-presidente do Conselho da Federação (Câmara Alta) do Parlamento russo, nas conversas com os dirigentes da UE, Vladimir Putin vai levantar as sensíveis questões do projeto norte-americano de instalação de um sistema de defesa antimíssil no espaço europeu e da ratificação do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa pelos Estados da UE. “A bola está do lado dos parceiros europeus e ninguém pode dizer que as pretensões russas não têm fundamento”, considerou Likhatchov.

Na terça-feira, em Berlim, o primeiro-ministro português, José Sócrates, reconheceu que o momento não é ainda o mais adequado para se resolverem alguns dos problemas mais sensíveis das relações UE-Rússia. Em alternativa, Sócrates defendeu que, em Mafra, as duas partes deverão “procurar desenvolver outros temas, na área da economia e da cultura”.

comércio florescenteApesar do vasto leque de divergências políticas, militares e econômicas, o comércio entre as duas partes é próspero. Segundo o senador russo Vassili Likhatchov “as trocas comerciais bilaterais representaram, no ano passado, US$ 230 mil milhões/bilhões e 70% dos investimentos europeus foram feitos na Rússia”. “Muito se fala das divergências entre a Rússia e a Polônia, mas se esquecem que ela é o nosso quarto parceiro comercial na União Européia”, frisou Likhatchov. Por isso, Moscovo investe os seus esforços empresariais e diplomáticos no Fórum Económico UE-Rússia, a realizar na quinta-feira, em Lisboa.

Comitiva russa: Chefiada por Vladimir Putin, inclui Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores; Serguei Iastrmjembski, assessor do Kremlin para as relações com a União Européia, e Andrei Fursenko, ministro da Educação e da Ciência da Rússia, entre outros. Destes destaca-se, à frente da comitiva empresarial russa, Anatoli Tchubais, o “pai das privatizações” na Rússia e actual diretor-executivo da Companhia de Energia Elétrica do país.

Comitiva da UE: Liderada por José Sócrates, inclui o presidente da Comissão Européia, Durão Barroso; o alto-representante para a Política Externa europeia, Javier Solana; o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado (presidente do Conselho de Ministros da UE); a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, e o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson. (pvc)

Nova lista de aliados dos talibã sujeitos a medidas restritivas

terça-feira, agosto 21st, 2007

Foi publicado o Regulamento (CE) nº 969/2007 da Comissão, de 17 de Agosto de 2007, que altera pela 83.a vez o Regulamento (CE) nº 881/2002 do Conselho que institui certas medidas restritivas específicas contra determinadas pessoas e entidades associadas a Osama Bin Laden, à rede Al-Qaida e aos talibã, e que revoga o Regulamento (CE) nº 467/2001 do Conselho.
Uma nova lista é publicada em anexo.